DIA DA BIBLIOTECA             Clerisvaldo B. Chagas, 14 de março de 2019 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.073 ...

DIA DA BIBLIOTECA



DIA DA BIBLIOTECA
            Clerisvaldo B. Chagas, 14 de março de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.073

CLERISVALDO (CAMISA PRETA) NA ATUAL BIBLIOTECA.
     “Um decreto brasileiro datado de 9 da abril de 1980 instituiu no país a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, bem como o Dia do Bibliotecário. Por este motivo, o dia 9/4 é conhecido como o Dia da Biblioteca”. Em Santana do Ipanema, Alagoas, chama atenção do historiador sobre a fundação da biblioteca municipal. É que o então, prefeito Coronel José Lucena de Albuquerque Maranhão – como ele próprio dizia – era homem de poucas letras. Mesmo assim fundou a Biblioteca Pública Municipal no primeiro ano da sua gestão, em 4 de outubro de 1948. Portanto a nossa Biblioteca estará completando 71 anos de existência no próximo mês de outubro. Interessante é que a Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas já se prepara para homenagear a data histórica.
     Uma vez fundada, a biblioteca de Santana do Ipanema passou a funcionar em uma das salas da prefeitura. Em seguida foi para o primeiro andar de um prédio alugado no centro comercial. No térreo funcionava a loja de tecidos Casa Esperança, de Benedito V. Nepomuceno. Após muitos anos, a biblioteca subiu novamente a avenida principal e foi parar à frente da prefeitura, precisamente no primeiro andar da Cooperativa Agrícola de Santana do Ipanema – CARSIL. Continuando sua trajetória, a biblioteca retornou ao Comércio, indo para o primeiro andar do conhecido Prédio da Esquina, lugar onde funcionara por muitos anos o Hotel Central de Maria Sabão. Tempos depois, a caminhante biblioteca mudou-se para o prédio defronte, onde funcionaram os bancos PRODUBAN e Brasil. Depois, passou a funcionar nos fundos da CARSIL. Parece que finalmente encontrou a paz: hoje atende sua clientela na Casa da Cultura, edifício próprio do município.
     Seus frequentadores tinham o direito de levar um livro para leitura em casa por um prazo de 15 dias. Era preenchida uma ficha com nome do livro e autor, data de empréstimo, devolução e mais assinatura. Podia-se renovar o empréstimo do próprio livro ou de todos os das estantes. O silêncio na sala de leitura era cumprido rigorosamente e, o atendimento dependia da paciência, amor à causa e educação da bibliotecária.
Virgem Maria, que tempo bom!

  

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O PADRE QUE MORREU NA IGREJA Clerisvaldo B. Chagas, 12 de março de 2019 Escritor Símb olo do Sertão Alagoano Crônica: 2.072 CA...

O PADRE QUE MORREU NA IGREJA

O PADRE QUE MORREU NA IGREJA
Clerisvaldo B. Chagas, 12 de março de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.072
CAPITULINO (Foto: História de Santana).
Em março de 2014 publicamos artigo sobre o padre Capitulino, a igreja de São Benedito e o próprio santo. História religiosa e política que se inicia em Piaçabuçu, passa pelo Sertão alagoano e deságua na capital do estado.
No final do século XIX, proveniente do lugar ribeirinho de Piaçabuçu, chega a Santana do Ipanema o padre Manoel Capitulino de Carvalho. Veio dirigir os serviços religiosos da Ribeira. Foi em 1900 que o padre Capitulino reformou a capela de Senhora Santana. Casou uma irmã com membro da família Gonzaga e que um deles foi intendente por muitos anos, neste município. Após o reinado dos Gonzaga, o próprio padre Capitulino entrou na política, sendo intendente também.
I. SÃO BENEDITO. (F. B. CHAGAS).
Com funções acumuladas em Santana do Ipanema, Capitulino estava sempre viajando e não eram poucas as reclamações de parte do povo sobre o padre politiqueiro. Como político sua gestão não foi longa.  Como religioso galgou muitos degraus da hierarquia católica. Sempre que se dirigia a Maceió, era a cavalo até à cidade de Viçosa, onde tomava o trem até a capital. O padre chegou a substituir o, então, governador, Fernandes Lima, quando este se afastou do cargo por alguns meses, para tratamento. Aproveitando a ocasião, o governador em exercício, elevou à cidade a vila de Santana. Uma espécie de compensação pelos transtornos administrativos santanenses. Ficou vivendo em Maceió.
Lembramos a igreja de São Benedito situada à Rua Barão de Alagoas, em Maceió. Ainda em 2014 era a única igreja da capital que recebia cadáveres a serem velados em prédios católicos. Foi ali onde faleceu o padre Manoel Capitulino de Carvalho, com enfarte fulminante, após celebrar a Santa Missa.
Em Santana do Ipanema, ainda hoje existe uma igrejinha/monumento, construída por Manoel, como marco de passagem do século XIX para o século XX. A igrejinha abriga a imagem de Nossa Senhora Assunção que veio de Portugal e, de Viçosa (trem) até Santana, em lombo de jumento. O lugar virou bairro chamado Monumento, tornando-se a fatia nobre da cidade. Em seus degraus externos, foram apresentadas as cabeças de Lampião, Maria Bonitas e seus asseclas (1938) após a hecatombe de Angicos.


O HELENA PROMETE Clerisvaldo B. Chagas, 11 de março de 2019 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.071 JORNADA PEDAGÓG...

O HELENA PROMETE

O HELENA PROMETE
Clerisvaldo B. Chagas, 11 de março de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.071

JORNADA PEDAGÓGICA NO HELENA. (FOTO: B. CHAGAS).
       Passada e euforia do carnaval, o retorno às aulas vem cumprir o seu dever. Quinta e sexta passadas, a Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas, reabriu suas portas para os professores. A chamada Jornada Pedagógica iniciou e chegou ao fim com o êxito esperado por todos. As orientações diversas, perguntas, debates, vídeos e outras estratégias, encontraram no pátio da escola o melhor lugar para o encontro. Professores animados, com energia renovada, tomaram conhecimento das novas diretrizes da escola. “O Helena” – como é conhecido pela população santanense – é uma escola da Zona Oeste que atendia, ano passado, do sexto ao nono ano. Começou um novo período com a implantação do primeiro ano do Curso Médio e que pretende expandi-lo com sucesso.
       “O Helena” foi fundado em 1985, pelo então prefeito Isnaldo Bulhões, em convênio com o estado, portanto aniversaria neste período fevereiro/março com os seus bem vividos 25 anos de história. Sendo pioneiro na zona oeste da cidade, atende a clientela dos Bairros São José, Camoxinga, Barragem, Clima Bom e os sítios Salobinho e São Salvador. Situada na principal via do Bairro São José, Avenida Castelo Branco, faz esquina com a Rua Manoel Medeiros. A Rua Manoel Medeiros (antiga Rua da Poeira) ficou famosa quando construiu trincheiras para conter um possível ataque de Lampião e seus asseclas, à cidade de Santana do Ipanema.
       Sendo uma escola de bairro e com apenas quatro salas de aulas em cada turno, O Helena concorre em qualidade de ensino com as escolas maiores e centrais pela dedicação dos que fazem a unidade. Ali estão lotados os escritores Clerisvaldo B. Chagas e Marcello Fausto, sob o comando do paraibano Ivanildo Ramalho, que emprega todos os esforços para uma escola modelo. Os apelos do diretor Ramalho nessa Jornada Pedagógica teve rápido reflexo no corpo docente que promete esforço dobrado no cumprimento do dever e na qualidade do ensino. Agora é somente colocar na prática tudo que foi esclarecido, debatido e combinado.
Sem educação o Brasil não tem futuro.