SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
SUMÁRIO DE APARECIDA Clerisvaldo B. Chagas, 12 de outubro de 2020 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.398 APARECIDA E SUA...
SUMÁRIO DE APARECIDA
Clerisvaldo B. Chagas, 12 de outubro de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.398
“Em
1717 três pescadores, Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedrosa, moradores
das margens do rio Paraíba, do município de Guaratinguetá, desanimados por não
terem apanhado peixe algum, depois de várias horas de trabalho, já estavam
rumando de volta para casa, quando lançaram mais uma vez a rede, retiraram das
águas o corpo de uma imagem sem cabeça e, num segundo arremesso, encontraram
também a cabeça da imagem de terra cozida. Impressionados pelo evento,
experimentaram mais um lance da rede e, naquele momento foi tão abundante a
pescaria que encheram as três canoas. Limparam a imagem com muito cuidado e
verificaram que se tratava de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor
escura. Colocaram-na na capela de sua pobre vila e diante dela começaram a
fazer suas orações diárias. Não tardou a Virgem a mostrar por novos sinais que
tinha escolhido esta imagem para distribuir favores especiais aos sus devotos.
A devoção e a afluência do povo cresciam todos os dias e por isso impunha-se a
construção de duma capela em lugar apropriado a fim de facilitar a devoção dos
fiéis. Estava aí o morro dos Coqueiros, o mais vistoso de todos os altos que
margeiam o rio Paraíba. Em cima deste morro foi construída a primeira capela em
1745 e foi celebrada a primeira missa. \a imagem de Nossa senhora da Conceição,
já chamado pelo carinhoso nome de Aparecida, estava em seu lugar definitivo,
dando origem à cidade do mesmo nome.
A
Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida,
também conhecida com Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida é um templo
religioso católico localizado no município brasileiro de Aparecida no interior
do estado de São Paulo. É o maior templo católico do Brasil e o segundo maior
do mundo, menor apenas que a Basílica de São Pedro, no Vaticano. maior catedral
do Mundo visto que a Basílica do Vaticano não é uma catedral. Também é o maior
espaço religioso do país, com mais de 143 mil m2 de área construída
ao longo de todo o Santuário”.
(Fonte: Wikipédia)
O CONTO DA CIGANA Clerisvaldo B. Chagas, 9 de outubro de 2020 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.397 (CRÉDITO: JOGOABERT...
O CONTO DA CIGANA
Clerisvaldo B. Chagas, 9 de outubro de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.397
Algumas
décadas atrás, a população rural era maior do que a da cidade, no município de
Santana o Ipanema. Os candidatos a vereador e prefeito agiam com muita
segurança quando possuíam bases ruralistas. Com a chegada do progresso nas
cidades e os contatos juvenis com escolas diversões e facilidades citadinas,
começaram esses jovens a deixarem o campo e a vida mais dura da roça. A zona rural
foi ficando cada vez mais despovoada. Os pais viam os filhos migrando para a
cidade e já não contavam mais com a mão de obra familiar para produzirem. Gente
para trabalhar nos roçados também foi desaparecendo e se sustentando em
aposentadorias. Resultado: Muitas fazendas fecharam as porteiras, o campo virou
deserto e sua população começou a se abrigar nas periferias da sede ou em
povoados.
A
obrigação do povo vindo da roça, em trabalhar no campo logo cedo e retornar ao
povoado ou cidade à tardinha, também foi desaparecendo. A produção rural caiu e
um vazio de muitos quilômetros tomam conta dos sítios. As capoeiras cobrem os
terrenos e tomam conta do abandono. A nossa cidade passou a ter um equilíbrio
populacional com o campo quase meio a meio na balança.
Surgiu
assim uma nova mentalidade entre os jovens que vieram da roça e que absorveram
todas as informações através de escolas, rádios, televisão e nos acessos às
redes sociais. Assim, ou candidatos mudam a forma em pedir votos aos cidadãos
ou afundam com as mesmas ideias retrógradas dos tempos dos seus pais e avós.
Além disso, os rigores da lei na pandemia, obriga a mudanças de táticas e
somente os prestigiosos e mais espertos conseguirão o êxito dos seus
propósitos. Isso faz lembrar o eleitor que deixou um belo cartaz na porta da
sua casa: “Cuidado com o Cachorro bravo, conhece e ataca políticos”. E outro:
“Prezado candidato, passe por longe, todos estamos com convid-19”.
Começa
hoje o rasga-rasga. os vitoriosos irão se lambuzar no mel e entre os
desavisados, apenas choro e ranger de dentes.
A
cigana continuará gargalhando sob o véu da crendice dos ambiciosos
VOU LHE LEVAR PARA A INTENDÊNCIA Clerisvaldo B. Chagas, 8 de outubro de 2020 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.396 FO...
VOU LHE LEVAR PARA A
INTENDÊNCIA
Clerisvaldo B. Chagas, 8 de outubro de
2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.396
Foi noticiado mais um acidente no Sertão em que
uma pessoa perdeu a vida ao bater num cavalo. Cidadão conhecido em Olivença não
resistiu ao colidir com sua moto em animal na pista. Esse tipo de acidente não
é raro em nossas rodovias. É uma coisa tão comum que virou negócio sem
importância a vigilância rígida nas estradas e o recolhimento desses causadores
de acidentes. Quem viaja, principalmente à noite, está sujeito às colisões
fatais. Causam mortes nas estradas com
mais frequência: jumentos abandonados, cavalos e vacas. São as batidas
frontais, cujos vultos só são percebidos já em cima. Esses animais se confundem
com a noite, sendo os bichos mais escuros quase invisíveis aos faróis. Já o
cachorro, mata mais pelo desvio do veículo com as capotagens que terminam às
margens das vias.
Lembramos que na era de 60, havia verdadeira
busca pelos animais que perambulavam sem condutores pelas estradas e pela Zona
Urbana. Em Santana do Ipanema, pelo hábito do tempo dos intendentes, ainda se
conduziam esses animais para a “Intendência”. O termo desvirtuava completamente
o que fora denominado Intendência, uma coisa muito remota para a juventude dos
anos 60. Qualquer animal solto, de porte, podia ser levado para a intendência
que não era o gabinete do intendente, sombra do passado. Nesse período, a
intendência era popularmente, apenas um curral cercado de arame onde o animal
apreendido ficava preso até o aparecimento do dono que pagava multa para ter o
bicho de volta. Lembramos ainda que o senhor Duda Bagnani, figura folclórica da
cidade, parecia ter um prazer enorme em descobrir e conduzir os animais para a
prisão provisória.
A
famigerada intendência, ficava no lugar vizinho à chamada Matança onde é hoje é
piso do Bairro Artur Morais. Até motivo de chacota foi o lugar quando se dizia
como brincadeira: “Vou lhe levar para a intendência”. Os caçadores de animais
vadios não eram apreciados pelo povo. “Hem, hem, os bichinhos!”, diziam muitas
senhoras com pena. Quanto aos donos dos animais capturados, reagiam desde à
submissão à multa, aos argumentos recusados, ao ódio, discussão e ameaças a
esses funcionários públicos “desalmados”.
Mesmo assim, a “intendência” de Santana do
Ipanema, foi uma grande precursora na prevenção de acidentes nas estradas e no
paisagismo urbano mais civilizado.

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.