SOBRE MIM
Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
VAMOS QUE VAMOS Clerisvaldo B. Chagas, 28 de outubro de 2022. Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.791 Mais outra surp...
VAMOS QUE VAMOS
Clerisvaldo B. Chagas, 28 de outubro de 2022.
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.791
Mais
outra surpresa repentina do mês de outubro no Sertão de Alagoas. Dias vinte e
cinco e 26 amanhecem completamente nublados “bonitos para chover” com se diz
por aqui. Até uma pingadeira formou-se na noite do dia vinte e cinco. Ora,
depois de seis meses mofando com chuva e frio, o tempo clareia, o sol aparece e
o calor é iniciado. O mês que tradicionalmente não chove nunca, ameaça chuva
por dois dias seguidos. Achamos que a Natureza começa a dar nó em cabeça de
meteorologista e entrar em cumplicidade com os campos sofridos do Sertão. Essa
mudança “azoada” do tempo, faz iniciar a safra do grilo que chega à cidade
surfando no vento. E assim começa também a surgir o tal mosquito que estava
inibido com a frieza.
Se é mosquito da dengue ou de qualquer mazela já conhecida, fica
difícil saber e os bichos começam a atormentar a população, com aspecto
diferente, pequenos, esverdeados e famintos. Por outro lado, também nos
aproximamos do tempo da manga e do caju, cujas espécies precoces já exibem
floradas e no caso dos cajus, os tais “maturis”, assim chamados os primeiros e
pequeninos frutos do cajueiro. Ontem mesmo, ao mostrar o céu a uma agricultora
que estava na cidade, ela soltou um “Valha-me, Deus! Não aguento mais tanta
água e tanto frio!” E novamente aproveitamos o chove-não-molha para resolvermos
negócios nas imediações do Colégio Estadual, boca de Rua das Pedrinhas e
Complexo da Saúde. O povo parecia agitado igual à formiga quando vê chuva.
“Outubro é o décimo mês no calendário gregoriano, tendo a duração
de 31 dias. Deve seu nome a palavra latina octo (oito) dado que era o
oitavo mês do calendário romano, que começava em março. Na religião católica, o
mês de outubro é dedicado à Virgem do Rosário e anjos da guarda. A Igreja
reconheceu sempre uma eficácia particular ao rosário, confiando-lhe, mediante a
sua recitação comunitária e a sua prática constante, as causas mais difíceis.
Outubro é mês de outono no hemisfério norte e primavera no hemisfério sul.
Outubro começa sempre no mesmo dia da semana que o mês de janeiro, exceto
quando o ano é bissexto”.
Outubro nunca foi um mês ruim, mas que está muito estranho, não se
tem como negar.
NUVENS NO CÉU, NOITES MAIS ESCURAS (FOTO: B. CHAGAS).
NATAL VEM AÍ Clerisvaldo B. Chagas, 26/27 de outubro de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.790 Final do m...
NATAL
VEM AÍ
Clerisvaldo
B. Chagas, 26/27 de outubro de 2022
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.790
Final
do mês de outubro, um mês que marcou a nossa região com chuvas inesperadas e
presença de ventos que antecipam o mês de novembro no sertão. O Sol que se
escondeu, praticamente por seis meses, finalmente nessa última metade de
outubro chega com céu limpo e já inicia na região com um pouco de calor que
estava desaparecido. Mesmo assim ainda não vimos nenhum movimento de
carro-pipa, na área amplamente bafejada pelo inverno antecipado e prolongado.
Nenhuma choradeira foi captada no período nos vários segmentos econômicos,
salvo a carestia generalizada que tomou conta desta nação. No campo, fim de
safra, estoque e venda. No Comércio, entrada de verba do agronegócio. E, a
aproximação do Natal em dois meses, reforça a ideia otimista de bons negócios
para o estado das Alagoas.
Não
temos como não falar em chuvas, novamente. É que, com inverno ou sem ele, as
denominadas trovoadas costumam acontecer a partir de novembro com esperanças
até o mês de fevereiro. Mesmo assim, sem esperar por nova leva de nuvens
cinzas, as flores das árvores e as cactáceas da caatinga já iniciaram a prévia
de enfeites do Natal. Algumas espécies deixam para mais próximo os ornamentos,
mas o geral está sendo realizado mesmo nos quintais e nas avenidas em árvore
que bota flor. As árvores são moças que se preparam com antecedência para o
baile. São seguidas pelas casas comerciais que enfeitam as prateleiras de
motivos natalinos e atrai os olhares dos transeuntes.
A
política do segundo turno pareceu desviar o foco de muitíssimos outros
acontecimentos. Entretanto, a expectativa não é vã porque o destino de
segmentos diversos depende de um bom administrador nos cargos chaves do País.
Mesmo assim, esse mês atípico estar chegando ao final e com ele o chamego
oficial e benéfico da democracia. E não tendo no momento um dia chamativo para o
setor econômico, em breve a política sairá de cena com o brilho imorredouro e
prévio do período natalino. Ótima quadra para uma visita turística dos “praianos”
ao Sertão de Alagoas e ao Sertão do São Francisco para surfarem no clima, na
história, na geografia e na culinária típica nordestina. Vamos?
O SERTÃO LHE ESPERA (FOTO: ÂNGELO RODRIGUES)
LITORAL Clerisvaldo B. Chagas, 25 de outubro de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.789 Caso o amigo ou amiga ...
LITORAL
Clerisvaldo
B. Chagas, 25 de outubro de 2022
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.789
Caso
o amigo ou amiga more na capital, deixe que esse sertanejo fale dos seus mares.
Vejamos o Litoral. Litoral é o limite entre o oceano e o continente: representa-se
pela faixa coberta e descoberta pelas marés.
As
costas constituem os vários aspectos paisagísticos que acompanham este
limite. Por isto temos costas altas, com falésias, costas baixas, com as
praias, além de manguesais, lagunas e recifes.
As formas de litorais são
resultadas dos processamentos efetuados pelos ventos, vagas e as correntes
litorâneas movimentando as águas do mar. Deve-se considerar a influência dos
rios trazendo sedimentos. Surgem, dessa maneira, as praias, as restingas, (às
vezes exibindo dunas), os cordões litorâneos, os mangues, os estuários, as
pontas triangulares. Em meio destas são encontrados os terraços marinhos também
chamados estáticos.
Os tipos de costas
definem-se pelo aspecto geral de todos elementos constitutivos das paisagens
junto ao mar, sendo que para isto haja mais a influência de um elemento
fundamental. Para o caso das costas de Alagoas, cabe um litoral de “rias”, pois
há um afogamento generalizado dos nossos rios da vertente atlântica, assim nós sabemos
que seus vales são invadidos pelas águas do mar até certa distância terra a
dentro. Para complementar o estudo de um litoral, têm sido objeto dos
estudiosos, ultimamente, os movimentos de “levantamento” e “rebaixamento do
nível do mar. Seu ramo de pesquisas denomina-se “glaciologia”.
Texto
adaptado do professor Ivan Fernandes Lima, Geografia de Alagoas, págs. 74-75
É bom saber que o estado de Alagoas possui
um dos mais belos litorais do mundo e com uma formação paisagística altamente
diversificada. Tem quem diga que é o mais belo do planeta. Entretanto, estudar
o litoral alagoano, nem que seja superficialmente, não pode ser apenas missão
de aconselhamento; até porque têm pessoas que estão completamente satisfeitas
em apenas contemplar os caprichados cenários de preferência. Todavia, para quem quer arriscar alguns passos
na compreensão dos fenômenos naturais e as interferências humanas no meio
ambiente, as praias alagoanas funcionam como laboratórios privilegiados e
altamente compensadores.
Eu, Alagoas e nós.
FALÉSIA ALAGOANA NA PRAIA DO GUNGA (FOTO:
PINTEREST).
Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.