OS METAIS Clerisvaldo B. Chagas, 8/9 de dezembro de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.811          Vamos hoje ...

 

OS METAIS

Clerisvaldo B. Chagas, 8/9 de dezembro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.811

      


 Vamos hoje mudar o foco Sertão, falarmos sobre metais e que talvez você goste. Com a revolução industrial ocorrida na segunda metade do século XVIII, o extrativismo mineral ganhou grande importância, devido ao consumo cada vez maior de produtos industrializados. Os minerais são utilizados principalmente na produção de metais e na obtenção de energia. Dentre os metais mais utilizados no mundo, destacam-se o ferro, o manganês e o alumínio.

O ferro, um dos metais mais abundantes da crosta terrestre, é bastante utilizado nas indústrias siderúrgicas para a fabricação do aço. São considerados minérios de ferro somente aqueles que possuem mais de a 40% do conteúdo metálico. Minerais do ferro que se destacam:

Magnetita – com mais de 70% de teor ferrífero;

Hematita – com 50 a 65 de teor ferrífero;

Limonita – Com 55 de teor ferrífero;

Siderita – com 40 a 50% de teor ferrífero.

São principais produtores de ferro: União Soviética, estado Unidos, França, Canadá e a Suécia.

O manganês também é de grande importância na fabricação do aço. Muito utilizado na indústria química. Suas jazidas têm destaques na União Soviética, África do Sul, Brasil e Austrália.

A bauxita – é o principal minério do alumínio.

Destacam-se ainda:

O cobre, o estanho e o níquel.

Cobre, de grande utilidade na fabricação de cabos e fios, devido a sua propriedade de conduzir calor. É encontrado na crosta terrestre sob forma metálica.

Estanho, extraído da cassiterita.

Níquel, utilizado na fabricação de aço inoxidável. Seus principais minérios dividem-se em três classes: sulfetos, silicatos e arsenietos.

Inúmeras profissões estão ligadas a esses assuntos, com muitas delas, tão específicas que o conhecimento comum nunca ouviu falar. Estão engajadas na Geologia, Geografia, Química, Metalurgia e outras afins que a curiosidade da vida revela.

 

 

 

  CACIMBAS DO IPANEMA Clerisvaldo B. Chagas, 7 de dezembro de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.810   Não é ques...

 

CACIMBAS DO IPANEMA

Clerisvaldo B. Chagas, 7 de dezembro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.810

 



Não é questão de saudosismo, mas sim, de detalhes da história santanense. A foto apresentada, raríssima dos tempos em que Santana era abastecida de água por profissionais em jumentos, parece só existir com outra parecida, dos anos 60. Esta foto foi descoberta por nós na página 95 do livro do saudoso geógrafo Ivan Fernandes Lima, “Geografia de Alagoas”, publicado em 1965. Vamos a descrição:

Vê-se na fotografia, em primeiro plano, um buraco na areia, na verdade, uma cacimba. Como a boca é arredondada, supõe-se que ali era usado um tonel cilíndrico sem fundo para que a água da cacimba aflorasse e não fosse facilmente mexida e aterrada (costume da época). Vários jumentos e até um cavalo, mais distante, em outra cacimba, aguardam pela decisão dos botadores d’água. A foto foi tirada na pior hora para o tal livro: meio-dia em ponto, observe as sombras sob os animais.

O local é no rio Ipanema no trecho urbano vizinho a antiga estrada que seguia para Olho d’Água das Flores, região das olarias. Do lado direito da foto vê-se parte da cidade em galeria, perto do rio. Do lado esquerdo, a fotografia mostra uma casa à margem do Ipanema, caiada de branco. Pertencia o terreno ao senhor Marinho Rodrigues, pai do Dr. Clodolfo Rodrigues, primeiro médico santanense a clinicar na cidade.

No trecho urbano por onde o rio Ipanema passava, esse era o melhor para se apanhar água. Havia também no trecho urbano outro lugar muito utilizado pelos botadores d’água, era mais acima, no largo chamado poço do Juá, cujas cacimbas funcionavam bem, quando o poço secava.

A água dependia do lugar onde fosse retirada. Quase sem sal, salobra e excelente. Acima da barragem, muito acima, existe um sítio banhado pelo Ipanema chamado Marcela. Pagava-se um preço muito maior por uma carga d’água da Marcela, pois, além de ser longe da cidade, a água era excelente, sendo das mesmas areias do rio. A luta diária pelo líquido precioso envolvia toda a população, ricos e pobres viviam o mesmo drama diário. É certo que havia grandes cisternas em algumas casas, mas a venda era pouca. E o bom de tudo isso, é que o Ipanema nunca deixou faltar água para os seus filhos. Os transportes rudes também não faltavam, pois havia muito mais de cem botadores d’água em jumentos.

Valeu a foto?

 

 

  CURRAL DO MEIO Clerisvaldo B. Chagas, 6 de dezembro de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.809   Há muito sem tra...

 

CURRAL DO MEIO

Clerisvaldo B. Chagas, 6 de dezembro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.809

 



Há muito sem transitar pela zona rural, domingo passado tivemos a oportunidade de novamente visitá-la. O objetivo era localizar mais uma romeira do padre Cícero Romão Batista e   colher graças alcançadas. Penetramos no mundo rural deixando a AL120 e rodando pelo antigo sítio Cipó, hoje engolido pela zona urbana. Fomos chegando ao sítio Curral de Meio (I) onde tem uma reserva ambiental do governo do estado, antiga estação agrícola experimental Sementeira. Isso em estrada de terra paralela a AL-120 e acabada pelas chuvas. Mas, antes de prosseguirmos cabe aqui não confundir com o sítio Curral do Meio (II) que fica mais distante da cidade. Além da alegria de estar rodando pelo paraíso, cheio de verde, de árvores, de riachos escorrendo e atravessando a estrada, víamos mangueiras em plena safra, completamente carregadas de frutos, ornando o caminho da Sementeira.

Fomos encontrar a pessoa indicada na associação comunitária onde iria começar uma reunião. Reservadamente conversamos com a mulher romeira que falava muito alto e entusiasmada com as graças que havia alcançado com o padre Cícero. Quem estava comigo, tomou a frente de tudo completamente embriagado pela beleza e os ares da zona rural. Acostumado em Maceió, foi como se tivesse rompido as amarras que a capital impõe, gozando o “clima” da Natureza plena. Nunca vimos tanta felicidade numa criatura que elogiava o sítio constantemente. 

Naqueles momentos éramos todos felizes: a senhora entrevistada, falando alto, só faltava flutuar de tanto contentamento. A associação comunitária recebendo visita de gente da rua e, o meu amigo também entrevistando a devota com entusiasmo, pois também alcançara milagre com o padre Cícero. Viagem curta e profícua em que foram, após, registrados mais duas graças do padre do Juazeiro, avançando assim em nossa proposta dos 100 milagres inéditos.

No retorno, mais uma pesquisa curta, na Rua São Pedro para fechar o outro trabalho: “Santana: Reino do Couro e da Sola”.

Pense num domingo de alto nível.

PESQUISANDO GOSTOSO EM ESTRADA DE BARRO (FOTO: B. CHAGAS)