SOBRE MIM
Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
ESTAR BONITO E ESTÁ RUSSO Clerisvaldo B. Chagas, 6 de maio de 2024 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.040 Aproveit...
ESTAR
BONITO E ESTÁ RUSSO
Clerisvaldo B. Chagas, 6 de maio de 2024
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
3.040
Aproveitando a tarde fastidiosa do último
sábado fui resolver negócio no centro do Bairro São José. A festa do humilde
trabalhador esposo de Maria, já havia terminado e apenas várias peças de um
parque de diversões permanecia interditando a Avenida principal – um erro que
se repete sempre causando transtorno aos transeuntes – O foguetório que animava
a festa também estava silencioso e pude apreciar com mais tranquilidade os
montes da Zona Sul que circundam Santana. Vistos da chã do Bairro São José, fez
gosto em apreciar o verdume das colinas, dos serrotes e das serras que na
cidade representam a situação rural. E
no meio daquele bonito verde, consequências das últimas chuvas de verão e
início de outono, deu para enxergar
parte superior das obras do santuário que está sendo construído no topo da
serra Aguda.
A imagem à Senhora Santa Ana, será a maior
imagem sacra do planeta e o santuário aos seus pés será obra de primeiro mundo.
Ora, se da chã do Bairro São José será visível, imagine a imagem vista do entorno
do hospital regional da Cajarana, um dos melhores mirantes artificiais da
cidade e bem próximo à serra Aguda. Mas, por outro lado também fomos à Ponte do
Padre, para uma olhada ao Largo do Juá, trecho mais largo do rio Ipanema onde
prestavam serviços os antigos canoeiros. Água nova havia chegado, porém, não o
suficiente para remover o tapete de plantas aquática que se formou por causa da
poluição. E mais abaixo, o poço dos Homens se encontrava nas mesmas condições
do poço do Juá.
Assim, amiga e amigo, o que passa de bom na
serra, passa de ruim no rio Ipanema seco. O Dia do Rio Ipanema, oficialmente
falando, ainda não conquistou o respeito e a seriedade dos escalões mandatários
do estado. Quanto custa um mutirão de limpeza no trecho urbano do rio,
Barragem/Bebedouro? Ingratidão ao pai do filho desnaturado! Ingratidão do
santanense ao acidente geográfico que ajudou a povoar o Sertão e fez nascer com
toda pujança o núcleo habitacional de senhora Santa Ana! Mas bem diz o ditado:
“Pão dormido é esquecido”.
Mas quem sabe! Um dia aparecerá um filho da
Natureza, um verdadeiro filho de Deus, cuja missão divina ganhará troféu aqui e
de onde foi enviado!
IGREJA DE SÃO JOSÉ, FUNDADA 1993. (FOTO: B.
CHAGAS/LIVRO 230)
JARAMATAIA E O AÇUDÃO Clerisvaldo B. Chagas, 3 de maio de 2024 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3. 039 Não há dúv...
JARAMATAIA E O AÇUDÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de maio
de 2024
Escritor Símbolo do Sertão
Alagoano
Crônica: 3. 039
Não há dúvidas em que a maior atração da cidade de
Jaramataia é o seu enorme açude. Aliás, o açude de Jaramataia é considerado o
maior do Sertão Alagoano e se estende da cidade ao povoado São Pedro em cerca
de cinco quilômetros. Foi construído pelo DNOCS – Departamento Nacional de
Obras Contra a Seca – na década de 60. Esse cartão postal do povo
jaramataiense, é formado pelo riacho do Sertão, afluente do famoso rio Traipu
que é um dos grandes afluentes do rio São Francisco. Vale salientar que a
cidade de Jaramataia é a porta de saída do sertão para quem vai para Arapiraca
e a primeira retornando ao semiárido O açude foi construído para minorar os
períodos de seca com abastecimento para humanos e animais daquela região.
Apesar do tempo construído, o açude continua
prestando relevantes serviços à população da cidade e do seu entorno com
irrigação, como bebedouro e lugar de criação de peixes, que até já possui uma
colônia de pescadores. Ali se pesca corvina, piaba, xira, piau e tilápia,
proteína animal que auxilia no cardápio cotidiano. A cidade também lucra nas
visitas turísticas que procuram o açude como atração sertaneja. Afinal, são
mais de 19 milhões de metros cúbicos de água. Mas têm razão as autoridades em
inspecionar as condições de manutenção e segurança da obra seguindo o ditado do
povo: “É melhor prevenir do que remediar”. Bastam as tragédias em reservatório
de água que pipocam por esse Brasil inteiro, sobressaindo obras de mineração em
Minas Gerias.
Enquanto isso, o Açude do Bode, formado pelo riacho
do Bode em Santana do Ipanema, continua praticamente sem serventia. Também foi
construído pelo DNOCS na década de 50 e nunca tivemos uma notícia de associação
de pescadores, de limpeza, de manutenção. Apesar de ser um agradabilíssimo
ponto turístico, é como se não existisse. Não é extenso como o de Jaramataia,
indo em torno de 1 quilômetro. A última vez que estivemos por ali, a grama do
paredão que evita as erosões, era quase uma floresta que deu trabalho
encontrarmos alguma brecha para uma foto do espelho d’água. Após a construção
pelo DNOCS, ali foram colocados alevinos do cará-zebu, mas hoje nem sabemos de
nada, porque nem sequer notícias você tem do açude do Bode. Afastado da cidade
em torno de 2 Km, o citado açude está ameaçado pela expansão do Bairro Lagoa do
Junco. Dizem que “C. de bêbedo não tem
dono.
AÇUDE DO BODE
(FOTO: B. CHAGAS – Livro 230).
HOMENAGEM A CLERISVALDO Clerisvaldo B. Chagas, 24 de abril de 2024 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.036 Fiquei dever...
HOMENAGEM A CLERISVALDO
Clerisvaldo B. Chagas, 24 de
abril de 2024
Escritor Símbolo do Sertão
Alagoano
Crônica: 3.036
Fiquei devera feliz com a homenagem recebida pela prefeitura local
através da Escola Durvalina Pontes. Uma turma de nono ano, atenta e estudiosa,
era a plateia preparada para homenagem ao escritor Clerisvaldo B. Chagas.
Apresentação do autor, observações diversas e curtas, perguntas e respostas e
um resumo relevante de passagens do autor pela história santanense. Alguns
alunos também apresentaram seus dotes poéticos e foram apontados aqueles que
nutrem vontade de se tornarem escritor no futuro. As homenagens aos escritores
estavam distribuídas pelas diversas escolas municipais neste dia que antecede a
Emancipação Política do município. Além de um diálogo franco e sereno, trouxe
para casa um troféu relativo à cidade, uma camiseta estampada com várias obras da
minha autoria, uma chuva de aplausos que bem tocou meu coração e o
reconhecimento literário do autor.
No momento estamos fazendo essa crônica de agradecimento, mas esse
trabalho diário irá escasseando diariamente uma vez que agora que lançamos o
livro O BOI, A BOTA E A BATINA, HISTÓRIA COMPLETA DE SANTANA DO IPANEMA,
voltamos nossas atenções para deixar no ponto de publicações os quatro romances
ainda inéditos: DEUSES DE MANDACARU, FAZENDA LAJEADO, PAPO-AMARELO (rifle) e O
OURO DAS ABELHAS, todos do ciclo do cangaço, assim como os dois já publicados
RIBEIRA DO PANEMA E DEFUNTO PERFUMADO. Quem não adquiriu O BOI, A BOTA E A
BATINA, não adquire mais. Foram todos vendidos. Estão esgotados. Também não se
cogita uma 20 edição. Vamos para mais um ditado popular sertanejo: “Quem viu
vovó, viu; que não viu não mais verá!”.
Também estamos trabalhando com o documentário: O FANTÁSTICO MUNDO RURAL
SANTANENSE, trabalho inédito no Brasil e tão profundo e de alto nível quanto o
BOI e a BOTA. Daí a falta de tempo para se dedicar totalmente a crônicas
diárias. Entretanto, o reconhecimento aos nossos trabalhos, nos dá forças para
continuarmos a produzir o conhecimento e o belo para deleite das almas
brasileiras.
Agradecemos profundamente aos que nos ajudaram a publicar a História de
Santana, aos que esgotaram o nosso estoque e aos que nos homenagearam. Abraços
e beijos!
ESTAMPA EM CAMISETA DE HOMENAGEM (FOTO: B. CHAGAS).
Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.