SOBRE MIM
Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
DEUSES DE MANDACARU Clerisvaldo B. Chagas, 10 de maio de 2024 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.043 Entre as cact...
DEUSES
DE MANDACARU
Clerisvaldo B. Chagas, 10 de maio de 2024
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.043
Entre as cactáceas do semiárido, duas se
destacam pela elegância e porte. Ambas caracterizam o interior nordestino e há
muito já se tornaram símbolos do Nordeste. Muitas vezes uma espécie é
confundida com a outra, principalmente se forem observadas de longe. São elas o
mandacaru e o facheiro. Enquanto o mandacaru tem os gomos grossos e suculentos,
o facheiro tem os braços finos e esguios. Mas temos outras espécies famosas e
queridas do sertanejo como o alastrado, o xique-xique, a favela, a coroa-de-frade,
o caroá, o rabo-de-raposa e outras mais. Pois foi baseado na resistência do
mandacaru às secas, que escrevemos o romance “Deuses de Mandacaru” e que no
momento está em fase de pré gráfica. Vai dar em torno de 500 páginas de muita
aventura e emoções.
O romance é do Ciclo do Cangaço com o preâmbulo
da expulsão dos holandeses de Penedo, Alagoas. A continuação de uma luta à
parte, na defesa de uma arca recheada, chega até a época do cangaceirismo onde
três cabras de Lampião disputam baú com arqueólogo, poeta, jogador de baralho e
outros civis armados. Os ingredientes emocionam o leitor que se sentirá no meio
da aventura com sexo, paixão, emboscada, tiroteios, ternura, amor, ódio e
vingança. Os cenários do romance de aventura e ação acontecem na paisagem
penedense, maceioense, do agreste e do Sertão, culminando com o desfecho à
margem do rio São Francisco. Um surpreendente final também não esperado pelo
leitor.
Acompanhando ”Deuses de Mandacaru”, mais três
romances do Ciclo do Cangaço que deverão ser lançados ao mercado livreiro de
uma só vez: “Fazenda Lajeado”, “Papo-Amarelo” e “O Ouro das Abelhas”. Você vai
se apaixonar pelos seus personagens como Seu Calixto, negra Gonga, Apolônio,
Tenente, João Tetê, Cololô, Mocinha, Bala Verde, Eliseu, João Dedé, Faustino,
Balinha e muitos outros que não sairão tão cedo da sua mente. Portanto fique
esperto porque mandaremos imprimir apenas uma pequena quantidade, devido ao
alto custo e a falta de patrocínio.
O mandacaru (Cereus jamacaru) que significa espinhos agrupados, danosos, é excelente
para o gado em tempo de seca e sua flor branca e viçosa é uma das mais bonitas
do Brasil.
MANDACARU FLORANDO (AUTOR NÃO IDENTIFICADO).
RESTO NÃO É RESTO Clerisvaldo B. Chagas, 9 de maio de 2024 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.042 Muito importante...
RESTO
NÃO É RESTO
Clerisvaldo B. Chagas, 9 de maio de 2024
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.042
Muito importante
para os estudos da Arqueologia, da História, da Sociologia, primordialmente, as
recentes descobertas dos vestígios de nossos ancestrais, à margem do rio São
Francisco na cidade de Traipu. Sítio arqueológico é coisa que encanta tanto os
estudiosos quanto o leigo humilde e curioso. Parece, no entanto, que é muito
mais fácil achar do que conservar um sítio. Não são muitos os que se dedicam a
esses tipos de descobertas. Até mesmo pela falta de oportunidades fartas para o
exercício desses conhecimentos, muitos cérebros são desviados para outras
atividades. Não restam dúvidas de que as margens do “Velho Chico”, sempre
surpreendem a Ciência, tanto pelas belezas naturais quanto pelas descobertas. Com ocorrência mais raras, também são
encontrados vestigios em lugares mais distante do rio e muitas vezes nem sequer
são estudados.
Em Capelinha mesmo, povoado de Major Isidoro,
apresentaram-me uma pedra polida, achada na região do rio Ipanema, por ali. Peça pequena, pesada, de pedra lisa
proveniente da correnteza. Tudo indica que era u’a mão-de-pilão de macerar
grãos ou folhas, mas não sendo especialista no ramo preferi encaminhar a peça
para os entendidos. Bem assim fomos conhecer as inscrições rupestres do Sítio
Pedra Rica, município de Santana do Ipanema. Depois de enfrentarmos o exército
de maribondos guardiões do tesouro, reproduzimos os vários desenhos encontrados
na barriga de um enorme lajeiro. Infelizmente na época a cúpula do Jornal de Alagoas,
com Encarte Jornal do Sertão, resolveu não publicar o nosso trabalho. Cultura
sempre foi tratada em último lugar.
A nossa admiração por esses profissionais
estudiosos, pesquisadores de alto gabarito, sempre esteve em evidência, muito
embora a nossa área Geografia, seja interligada, sempre procuramos
complementá-la com Geologia, coisa que continua impossível para nós até os
presentes dias.
E aqui em nossa região, mais afastada do rio
São Francisco, temos apenas uma peça de bicho pré-histórico no Museu Darras
Noya em Santana do Ipanema e um museu na cidade de Maravilha dedicado às
descobertas de fósseis de bichos do município.
Viva o Sol e viva a Lua, embora falte uma
banda.
DIA DE COMIDAS Clerisvaldo B. Chagas, 8 de maio de 2024 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.041 Ontem, segunda-feir...
DIA DE
COMIDAS
Clerisvaldo B. Chagas, 8 de maio de 2024
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
3.041
Ontem,
segunda-feira, uma chuva fina e educada não cessou durante à noite inteira, na
cidade de Santana do Ipanema. Com tantos anúncios de desastres pelo Brasil e
pelo mundo, o dia inteiro de ontem, com aspecto de inverno iniciado, assustou um
pouco por causa dos alertas que se vem dando em Alagoas. Mas a serenada noturna
foi excelente com direito a friezinha, muita umidade e tempo fechado. Nada de
relâmpagos, nada de trovões, somente o céu branco aguando com paciências a
flora sertaneja. Mesmo assim, numa
escapada não sei como, não deixou de aparecer a majestosa lua dando alguma
esperança boa aos habitantes do Planeta. Na capital, não sabemos, mas aqui no
interior sertanejo, não tem quem não note a esquisitice do tempo.
Com os
céus ameaçando chuva mesmo, caminho quinhentos metros para chegar ao
cabelereiro que me indica sem que eu peça, um novo restaurante no roteiro Olho
d’Água das Flores/Pão de Açúcar, logo perto do trevo. “Uma deliciosa peixada,
professor, lugar que ao meio dia fica completamente lotado. Todos querem comer
pirão de peixe tilápia fisgada na hora nos tanques de criação que circundam o
restaurante. Todos os clientes fotografam
os peixes nadando no tanque e que muitos deles estarão daqui a pouco no bucho
dos apreciadores”. E referindo-se ao tempo, o cabeleireiro (não quer mais ser
chamado barbeiro) afirma que a natureza está ideal para um passeio até o tanque
das tilápias.
No meu
retorno, sou abordado por um antigo dono de bar, com o mesmo assunto de comida,
sem que eu puxasse esse tema. Desta feita apontando um novo bar, que entre
outras coisas, serve buchada. E como buchada é uma coisa que você tanto pode
correr duas láguas a sua procura, quanto pode correr mais duas horrorizado com
ela, procurei mudar o assunto. Mas vi que o tempo estava favorável para comida,
restaurante, bar e seus derivados. Arre! Parece que quanto mais o tempo fica
chuvoso mais aumenta a vontade de comer, do povo. Nesse caso, vamos aproveitar
o momento do computador e a frieza da tarde para tomar um cafezinho com bolo de
mandioca, daquela condição rústica no fabrico e na venda na feira. Vamos!
(FOTO:
B. CHAGAS).
Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.