SOBRE MIM
Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
A VERTENTE DA PREFEITA Clerisvaldo B. Chagas, 20 de maio de 2024 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3. 049 Cada admi...
A
VERTENTE DA PREFEITA
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de maio de 2024
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3. 049
Cada administrador já sabe antecipadamente as
obras que terão prioridade na sua gestão. Mas também recebem influências de
seus auxiliares ou de outras fontes. Queremos dizer com isso que um
administrador pode ter diferentes tendência do anterior ou do próximo. No caso, o asfaltamento da cidade de Santana
do Ipanema, até a represa recentemente construída no riacho João Gomes, é de
fato uma excelente jogada da prefeita Christiane Bulhões. O trecho cidade/represa, representa um antigo
atalho para atingir a cidade de Carneiros e Senador Rui Palmeira, se bem que da
represa em diante, continuará estrada/atalho de terra. Além de beneficiar o
trecho asfaltado, irá beneficiar também todos aqueles sítios rurais banhados
pela represa e influenciados pelo riacho João Gomes.
Além do
exposto, os beneficiamentos sobre agricultura, pecuária, pesca, apicultura,
transportes com escoamento rápido da produção e o encurtamento de distâncias,
poderá germinar um turismo de resultado com altíssimo nível de planejamento
sobre o quarteto irmanado: Reserva Ambiental, Igrejinha das Tocaias,
Represa e Santuário com imagem sacra maior do mundo. Para isso
precisa também que na saída do asfalto da cidade, seja bifurcado em mais
oitocentos metros para interligar os dois primeiros aos outros dois destinos
turísticos. Em nossa visão, prioridades seriam o asfaltamento para acesso aos
povoados, São Félix e Pedra d’Água dos Alexandre. Porém, como diz o título
dessa crônica, cada gestor tem sua vertente e, a prioridade de desenvolvimento
Sul do município, é a vertente da prefeita Christiane Bulhões.
Consegui informações sobre as duas nascentes do
riacho João Gomes, porém, não consegui os nomes de todos os sítios rurais
banhados pela Represa e nem o percurso total do riacho sítio a sítio, das
nascentes à foz, no rio Ipanema. As nascentes foram localizadas no sítio
Serrote da Furna e em outro lugar do município vizinho, Carneiros. Por sinal, há
mais de 20 anos notávamos as terras mais altas e a fertilidade do solo
avermelhado de Carneiros. Quanto à foz do riacho, está localizada no sítio
Barra do João Gomes. (Barra, foz, desaguadouro), não tão longe assim da AL-120,
cortada pelo mesmo curso d’água acima. Na foto de B. Chagas, abaixo, Igrejinha
das Tocaias, ponto turístico religioso.
MUSEU THÉO BRANDÃO Clerisvaldo B. Chagas, 17 de maio de 2024 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.048 Situado na Ave...
MUSEU
THÉO BRANDÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 17 de maio de 2024
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.048
Situado na Avenida da Paz, o belíssimo casarão,
hoje Museu Théo Brandão, em Maceió, nunca deixou de chamar atenção de quem
passa por ali.
“O primeiro proprietário, Eduardo Ferreira
Santos, construiu o imóvel, a década de 1930 e, em seguida vendeu a Artur
Machado, que logo cuidou de reformá-lo.
Sua arquitetura eclética, teve a decoração acrescida por novos elementos
por dois esmerados artesãos portugueses. Provavelmente foi dessa época o
acréscimo das varandas encimadas por cúpula de inspiração mourisca que deram um
nova e sofisticada feição ao prédio. Logo a residência passou a ser conhecida
por Palacete dos Machado.
Depois de outras ocupações, o imóvel foi
adquirido pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) para servir de residência
universitária feminina e, em seguida, sede do Museu Théo Brandão de
Antropologia e Folclore, reunindo expressivo acervo da cultura popular
nordestina.
A mais recente restauração, concluída em 2001,
recuperou parte da decoração da fachada, da pintura original da entrada e as
grades que contornavam o pátio, perdidas em reformas anteriores, foram
recompostas fazendo alusão á tipologia do museu, com desenhos folclóricos
concebidos pelo artista plástico Getúlio Mota.
Como a edificação, em suas diversas ocupações,
perdera algumas divisórias e características ornamentais no interior, a
montagem do circuito privilegiou principalmente as peças em exposição, com uma
instalação atraente, rica em cores, fotografias e informações”.
(Fonte: Compilado de Alagoas Memorável,
Patrimônio Arquitetônico).
Não se pode negar a beleza exposta de dezenas e
dezenas de edifícios de Maceió, de época de cultura e fastígio. Infelizmente o
fenômeno atinge todo o território brasileiro, quando as mudanças de épocas, por
inúmeros motivos, deixaram os casarões a mercê do tempo. Muitos proprietários
faleceram e, os familiares ou não tiveram interesse na manutenção ou não dispuseram
mais de condições financeiras. A decadência, o saudosismo e as lamentações,
reinam sobre os restos mortais daquela rica arquitetura.
MUSEU THÉO BRANDÃO.
CASA DAS LETRAS Clerisvaldo B. Chagas, 16 de maio de 2024 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.047 A maior homenagem...
CASA
DAS LETRAS
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de maio de 2024
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
3.047
A maior homenagem que se poderia prestar à
cultura santanense, seria a prefeitura adquirir o prédio de 10 andar
mais bonito e elegante da cidade, após a Igreja Matriz de Senhora Santana,
incorporá-lo ao seu patrimônio transformando-o definitivamente em Casa das
Letras, isto é, em Biblioteca Pública Municipal, definitivamente. A idéia da
Casa da Cultura onde se encontra atualmente abriga o Departamento de Cultura e
a biblioteca, porém o espaço estreito não é ideal para o funcionamento de uma
biblioteca. O “Casarão de Esquina”, no centro comercial de Santana, edificado
no tempo de vila, pelo coronel Manoel Rodrigues da Rocha, já foi o “Hotel
Central” de Santana e funcionava perfeitamente como o melhor da cidade.
Um salão único enorme, rodeados de janelas, bem
arejado e iluminado naturalmente, é um dos melhores mirantes do comércio
frontal e lateral do edifício e com visões além do quadro central. Também já
funcionou acertadamente como biblioteca, mas sendo imóvel alugado, não abrigou
os livros por muito tempo. Sua belíssima arquitetura estaria resguardada pelo
poder público e ao mesmo tempo, ofereceria aos leitores ávidos por leituras, um
ambiente inigualável, pois, atualmente não existe outro prédio em Santana que
possa concorrer com ele para essa função acima. Também estamos falando em
espaço unicamente para a biblioteca, sem nenhum outro tipo de atividade no mesmo
espaço do 10 andar, pois assim o sufocaria assim com a Casa da
Cultura parece sufocada.
O primeiro andar sobre a antiga loja de tecidos
Casa Esperança, de Benedito V. Nepomuceno, já funcionou como biblioteca pública
no seu auge, está desocupado hoje, porém, para as exigências modernas de bibliotecas
públicas e museus, o espaço é reduzido
que não mais comporta o empreendimento neste Século XXI. Portanto, só existem
duas opções para o espaço de uma biblioteca à altura: construir prédio novo com
o que a modernidade exige ou incorporar o “Casarão de Esquina” ao patrimônio
municipal. Uma belíssima placa luminosa no alto, já daria um charme especial ao
antigo edifício do saudoso coronel Manoel Rodrigues da Rocha.
Entretanto, “qualquer roupa veste um nu...” E não
me responda com a estrofe de Chico Nunes, por favor.
CASARÃO
DE ESQUINA (FOTO LIVRO 230, B. CHAGAS).
Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.