COVA DA IRIA Clerisvaldo B. Chagas, 27 de agosto de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3. 291 HOMENAGEM Á NOSSA SEN...

 

COVA DA IRIA

Clerisvaldo B. Chagas, 27 de agosto de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3. 291

HOMENAGEM Á NOSSA SENHORA

 




Pela curiosidade resolvi procurar saber alguma coisa a mais sobre a Cova da Iria, nomes que sempre ouvi falar e ouvir cânticos a respeito. A Cova da Iria, segundo o que pude apurar foi o local, em Portugal, onde houve as aparições de Nossa Senhora aos três pastorinhos: Lúcia dos Santos, Francisco e Jacinta Marto. Existe muita coisa a respeito dos três pastorinhos das aparições, porém, não muita a respeito da geografia, Cova da Iria. As aparições de Nossa Senhora aconteceram na Cova da Iria, na cidade de Fátima, em Portugal entre 1016 e 1917. Mas, a curiosidade mesmo era sobre Cova e Iria. E tudo que encontramos foi que “Cova”, pode ter o significado mesmo de cova, túmulo, um buraco em um lugar ou mesmo uma baixa do terreno.  

Quanto à Iria, trata-se de uma espécie de referência ao nome “Irene”. Dizem os especialistas que a história de Nossa Senhora de “Fátima” suas narrativas sobre os acontecimentos da Cova da iria, são as mais belas da Igreja Católica em todos os tempos. Quem puder pesquisar essa história, vai sentir quanta é bela e, inevitavelmente, se emocionar. O terreno da Cova da Iria, era da família de um dos pastorinhos, naturalmente terreno de pasto. Mas essas narrativas de 1916 e 1917, época da Primeira Grande Guerra, continuam atualizadas, verdadeiras e emocionantes, com ênfase para o mundo religioso do Catolicismo. Caso fossem expostas neste espaço, teriam que ser em um seriado. Porém, as aparições de Nossa Senhora, pelo mundo, não se resumem somente a Portugal e nem à Cova da Iria.

Tive na vila indígena de Cimbres, Pesqueira, Pernambuco, imediações das nascentes do rio Ipanema. Em vários séculos passados, Cimbre já se comunicava com a foz do rio Ipanema em Belo Monte, Alagoas, através dos sertanistas. Foi onde iniciei a minha caminhada a pé através do leito seco do rio e escrevi o livro “Ipanema, um Rio Macho”. Mas somente décadas depois, vim a saber que Nossa Senhora já havia aparecido na vila de Cimbres, onde vi a povoação, mas nem parei para apreciar melhor. Perdi, então, de conhecer o santuário da aparição que eu não sabia existir, tão perto de mim. Entretanto, a fé, o respeito e a admiração que tenho pela mãe de Deus e nossa, me fez elaborar esse trabalho por um ângulo incomum e... Não se pode dizer tudo.

ESTRUTURA ATUAL SOBRE A COVA DA IRIA.

  RUMO À PRIMAVERA Clerisvaldo B. Chagas,25 de agosto de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.289   Meus amigos, aq...

 

RUMO À PRIMAVERA

Clerisvaldo B. Chagas,25 de agosto de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.289

 



Meus amigos, aqui em Santana do Ipanema, após três ou quatro dias ensolarados, belíssimos, o “Cancão voltou a piar”. O céu passou mais quatro ou cinco dias, completamente branco e a frieza das madrugadas invadiu com força o abrigo dos lençóis, em casa sem forro e somente com telhado. Entretanto, posso afirmar que a vantagem do ardente desejo de um ótimo inverno estar sendo realizado. Nada de queda de barreiras, enchentes desastrosas, chuvas demais, chuvas de menos. Sol e Chuva numa boa alternância bem programada, aguando bem a terra e lhe dando tempo para as roupas no varal. Ficam apenas os conflitos tolos, os conflitos bestas que não levam a nada: “Eu gosto de frio”. “Eu não gosto de frio”. E o gelo caindo.

É ruim andar no mato nessa época por causa da mutuca, já ouviu falar? É um tipo de mosca grande, que ataca pessoas e animais. Tem um estilete na boca que perfura a vítima para chupar o sangue. Doe, doe que “só a gota serena”! Geralmente fica nas trilhas e pega as pessoas desprevenidas e de repente. Raramente se nota a mutuca antes de ser atacado, no mato. Já se desperta da sua fúria batendo com a mão sobre a atacante. O orvalho nas folhas, logo cedo do dia, também não é coisa boa ao batermos nas folhagens. As cobras, embora muito mais raras nos tempos atuais são perigos em potencial, uma vez que são muito silenciosas e vivem quase permanentemente de emboscadas. Ainda existem muitos outros perigos, porém, se para isso formos olhar, ninguém mais anda no mato em tempo de inverno, nem mesmo o agricultor de todos os dias.

Agora, chuva mesmo, não vai aparecer mais. Estamos nos “Últimos tamboeiros do inverno”. Somente uma nuvem que passa aguando o jardim, ligeiramente e pronto. Os bandos de espanta-boiadas passam sempre fazendo algazarra, ainda no escuro, antes das primeiras luzes diurnas. Quando o Sol vem sorrir de verdade, o dia já está muito adiantado. Ainda bem que, enquanto isso você pode iniciar seus exercícios e meter a perna para a frente numa bela caminhada. Depois, um banho na medida e um cafezinho quente. Esqueça o tempo. A prima vem aí.

  BOLO DE MANDIOCA/TIJOLO Clerisvaldo B. Chagas, 19 de agosto e 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.289   É uma gr...

 

BOLO DE MANDIOCA/TIJOLO

Clerisvaldo B. Chagas, 19 de agosto e 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.289

 




É uma grata satisfação novamente ir ao experimento de uma iguaria de infância que se vendia nas feiras de Santana, século passado. Trata-se do bolo de mandioca (não de macaxeira), com faixas amarela e branca de forma artesanal. Ainda bem que a indústria aproveitou a ideia e você, atualmente, pode comprar essa delícia em supermercados. O bolo é feito de mandioca, margarina, água e açúcar. Muito bem lembrado e elaborado pelo fabrico em indústria de Bezerros-PE. O único defeito é que você quer comer todo de uma vez, tal a cupidez na gostosura. Também continua nas bancas de feiras o doce “tijolo”, de corte meio duro, feito ou de jaca ou de raiz de imbuzeiro. Este não conseguiu dar um salto para a Indústria como seu colega, bolo de mandioca.

Entretanto, outras guloseimas não resistiram em Santana e, algumas delas vamos encontrá-las no povoado Pé-leve, região da grande Arapiraca e na Massagueira, entre Maceió e Marechal Deodoro. Entretanto nem aqui e nem em outros lugares vimos mais: quebra-queixo com castanha, quebra-queixo com amendoim, pé de moleque na folha da bananeira e nem broa macia de massa puba, coisas que sustentavam tranquilamente e com galhardia o café da manhã. Ano passado estive com um doceiro que mudara de ramo após a sua fama na região. Fazia bolo de tudo que você imaginasse. Pulou para o ramo de ferro velho. Ah, meu Deus! Perdemos um doceiro de mão cheia. O diabo é quem quer saber de comer ferro velho.

Quem possui essas habilidades em fazer doce, só passa fome se quiser. Pode trabalhar por conta própria e abastecer bodegas, feiras mercadinhos e supermercados. Ora! O povo compra sem qualidade imagine um produto bem-feito!  Estamos nos referindo aos doces das  receitas antigas e seculares que vêm de avós e bisavós sempre agradando no sabor todas as gerações.  Admiramos também os grandes profissionais que lidam com os chamados produtos salgados. Entretanto, falando especificamente de bolos, bolo é bom e bolo é ruim. É bom quando bolo é de se comer, é péssimo quando ainda lembra os bolos na mão da palmatória, é diabólico quando alguém “dá” o bolo, isto é, engana, ludibria, rouba, causa prejuízo.

Mãos e mente  o amor, para o bolo do bem.

 

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