MENINOS, EU VI
Clerisvaldo B. Chagas, 13 de junho de 2014
Crônica Nº 1.209
Foto: g1.globo.com |
Ontem, dia 12 de junho, pela primeira vez o Dia dos
Namorados ficou escondido. Cadê condições de sair do esconderijo se as cores do
Brasil não permitiam. Os comerciantes e
marqueteiros que promoviam Santo Antônio como chefe de compras para movimentar
o comércio, deixaram o amigo protetor à parte. Não se falava em outra coisa nos
quadrantes brasileiros, cobrindo-se essa nação de verde, amarelo, azul e
branco.
Após a criativa festa de abertura, a bola rolou sob
inúmeras vozes narradoras do mundo, entre elas a conversa chata de Galvão
Bueno. No conforto da poltrona, pouco me importava conversa de homem da cobra,
mas procurava perceber claramente como se comportaria a Seleção Brasileira de
Futebol. Assisto jogo com meus próprios olhos e não com a opinião alheia, pois
chega de “Maria vai com as outras". Televisão não é rádio onde você somente ouve
sem oportunidade de apreciar.
Logicamente no início do jogo Brasil X Croácia, os
brasileiros da Seleção estavam visivelmente nervosos, permitindo constantes
ataques croatas. Todavia, todos estavam prevenidos sobre o que a Croácia iria
fazer no início. Não tem justificativa, portanto, do Brasil em ficar
encurralado tomando cascudos o tempo todo.
No geral, contudo, o time de Felipão firmou-se e deu um
espetáculo de garra e determinação. Quanto
ao brilho, o próprio treinador já dizia que o time não estava 100%, mas
na casa dos 80%, o que acabou sendo confirmadas as palavras prévias do técnico
brasileiro.
Deu para empolgar, o jogo Brasil X Croácia, principalmente
porque o Brasil conseguiu sair de uma situação adversa em relação ao placar. Se
o pênalti apontado foi verdadeiro ou não, fez parte do jogo, cujo Brasil marcou um
de quebra para que as línguas não amarrassem na questão do pênalti.
No que observei pessoalmente, todos jogaram com fibra,
mas os destaques ficaram para o meia/atacante Neymar, naturalmente; David Luiz,
extraordinariamente e Oscar, inspirado. Apesar dos gols de Neymar,
tenho como o zagueiro David o gigante da partida. Venho acompanhando o zagueiro
desde a sub-20, impressionado com a elegância do moço em campo, aliada à
segurança.
Namorados e namoradas que me perdoem, mas ontem deu somente
mesmo para a Seleção Brasileira e aquela onda amarela que tomou conta do
estádio. MENINOS, EU VI.
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