SECA
VERDE AMEAÇA O SERTÃO
Clerisvaldo B. Chagas,
12 de junho de 2014
Crônica Nº 1208
Foto: Clerisvaldo. |
O sertão está muito
bonito e ornamentado com o verde e seus matizes, canto de pássaros, zumbidos de
abelhas e paisagens exuberantes das planuras às serranias.
O ponto de tristeza,
entretanto, para o homem do campo, é que até agora os reservatórios d’água
continuam praticamente vazios. Não houve chuvas o suficiente para fazer crescer
a lavoura e nem armazenar água em barreiros e açudes. Em muitos lugares a lavoura
se encontra sem forças para o desenvolvimento.
Quem passa pelas
estradas e rodovias do sertão alagoano sente o agradável cheiro do mato e se
encanta com o verde que descansa a vista de qualquer viajante.
Por enquanto,
contudo, estamos dentro da famigerada seca verde que engana por fora e maltrata
por dentro. Não afirmamos que essa situação possa continuar assim. Dependendo
do Criador, as chuvas podem retornar com maior intensidade, uma vez que os
meses mais chuvosos sempre foram junho, julho e parte de agosto. De qualquer
maneira, o agropecuarista está mais desconfiado do que burro da pestana branca.
Chuva demais e frio intenso também podem prejudicar a lavoura do feijão e
milho, produtos básicos da sobrevivência.
Seca verde não
representa a dor insana de uma estiagem de dois anos, mas aperta também o agricultor
imprensando-o contra a parede rodeada de mandacarus. Como ainda vamos navegando
na metade de junho, dá tempo fazer elevar as preces aos santos do mês contra A
SECA VERDE QUE AMEAÇA O SERTÃO.
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