MACEIÓ:
PRAÇA DO CENTENÁRIO
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de setembro de 2019
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Quando visitamos e
usamos um logradouro público, sempre levamos conosco uma crítica, uma avaliação
boa ou má, mesmo que a pergunta não tenha sido feita. Uma propriedade nossa,
como particular, merece, sem dúvida alguma, todo o respeito com ela. Mas o
espaço que pertence a todos, deve ser muito mais respeitado ainda. Assim vamos
sempre topando com eles. Ficamos felizes quando encontramos uma praça bem
cuidada, não importando a sua dimensão. Uma parada do transeunte onde existe
uma sombra, um banco de jardim, um pouco de verde e apurada limpeza, é como o
frescor de um copo d’água a quem vem sedento. O idoso, a criança, o jovem, o
adulto e até um animal, conscientes ou não, agradecem a Deus aquele cantinho
tão abençoado, concebido e ornado com o capricho do amor.
Como não estamos
muito acostumados ao zelo com a coisa pública, batemos de frente com a surpresa
agradável. Passando por certa reforma a Praça do Centenário, em Maceió,
transformou-se num parque extremamente chique. Grande, zelado, verde, plano,
parecendo “campo limpo” da vegetação de Cerrado. Representa no momento a praça
mais bela da capital. Encravada no início da cidade alta, no Bairro do Farol, é
ponto de referência famoso, lugar de elite, cujo espaço periférico é um dos
mais valorizados da “Cidade Sorriso”. Divide duas pistas ao meio e permite
longa e gratificante passagem de uma para outra. É ali vizinho onde começa a
Av. Fernandes Lima, corredor principal do tráfego maceioense.
Mas por que todos os
lugares públicos do Brasil, não são assim trabalhados? Ainda bem que em nossas
andanças pelo interior, encontramos também em cidades pequenas, uma consciência
nova com proposta ecológica e de bem estar. Para não promovermos um desfile de
municípios, citemos pelo menos dois que muito bem cuidam dos seus logradouros:
Carneiros e Poço das Trincheiras no Médio Sertão alagoano.
Parece, entretanto,
que vigia nesses lugares é coisa do passado. Dar até impressão que os gestores,
às duras penas, estão confiando na evolução da civilidade populacional. Que
bom! Quando o próprio povo aprender a zelar pelo coletivo, ficará a vida muito
mais doce e feliz.
Queremos ainda fazer
parte dessa nova era.
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