A SEDE DOS ARTISTAS
Clerisvaldo B, Chagas, 27 de agosto de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.372
A sede ficava defronte o Tênis Club (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230)
Pedi ao poeta e compositor Remi Bastos, famoso santanense, que me enviasse um seu artigo publicado na Internet: “A Sede dos Artistas e os óculos de Benedito”. O artigo é humorístico, mas tem sua parte séria, um documentário que faltava na história de Santana do Ipanema. Extraí apenas a parte séria e pediria até pelo amor de Deus que o Departamento de Cultura da nossa cidade, acolha essa crônica e a coloque em uma pasta específica e bem identificável da nossa história. É que nada tem escrito sobre aquele tão importante clube santanense. O artigo de Remi torna-se um documento/ testemunho extremamente raro. Resgata a memória apagada de arquivo morto ou que não existe nem morto nem vivo. O prédio já demolido. Afora a parte humorística, vejamos na íntegra o que escreveu Remi:
“Muitos conheceram a Sede dos
Artistas, porém, poucos tiveram o prazer de desfrutar dos seus recreios
festivos. A sua fundação teve início nos meados da década de 50 e,
provavelmente concluída, no entardecer desta mesma década. Artistas, tais como,
marceneiros, pedreiros, pintores, sapateiros e alguns comerciantes santanenses,
de mãos dadas ergueram aquele prédio na Avenida Prefeito Adeildo Nepomuceno
Marques, onde durante muitos anos conseguiu fazer felizes as famílias humildes
com as suas programações festivas. Ainda me lembro dos nomes de alguns dos seus
fundadores: Oscar Silva, Antônio D’arca, Tributino, Seu Duca, Evilásio, Luiz
Benvindo, Antônio Dantas, José Cirilo, o sapateiro Bié, etc. A Sede dos
Artistas ficava em frente ao clube social da cidade, Tênis Clube Santanense.
Existia um preconceito, quanto ao acesso dos sócios da Sede ao Tênis Clube em
dias de festa, sobretudo, durante o carnaval, o que não acontecia o contrário.
Naquela época, este último, ostentava o conceito de clube da aristocracia, onde
alguns elementos diziam ser a Sede o clube das peniqueiras (empregadas
domésticas), o que não tinha procedimento, uma vez que este simples clube era
frequentado por famílias decentes, honestas e humildes, ou até mesmo por meia
dúzia dos ditos aristocratas”.
*Baseado no artigo de Remi Bastos “a
Sede dos Artistas e os Óculos de Benedito.
Obs. O artigo completo de Remi está
na Internet.
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