terça-feira, 6 de setembro de 2011

DE D. PEDRO I A DILMA

DE D. PEDRO I A DILMA
Clerisvaldo B. Chagas, 7 de setembro de 2011

          Estamos nos 189 anos de Independência do Brasil. Para muitos brasileiros apenas um bom feriado no meio de semana. Os ânimos dos tempos de chumbo pelos grandes desfiles militares e estudantis, vão perdendo a força também nas escolas. Pouco se houve o canto do Hino Nacional e muitos jovens se envergonham de se aproximar do pendão e cantar em louvor à Pátria. A ignorância é cada vez maior entre alunos a respeito dos grandes eventos históricos do Brasil. O Hino Nacional, por sua vez já devia ter sido encurtado e atualizado sem mexer com a sua essência. Lembro perfeitamente que em mais de trinta anos de Magistério jamais vi um professor interpretar o hino para seus alunos. Isso já fiz, sim, palavras e frases, preto no branco, mas nunca encontrei quem assim fizesse para mim e nem para outrem. O máximo é cantar o Hino.
          Muitas histórias, quase sem fim, preencheram livros e mais livros que lotaram bibliotecas inteiras sobre o nosso país. Episódios de revoltas, guerras, dores e prolongados sofrimentos. Mas também de alegria, heroísmo e esperança que moldaram o caráter do nosso povo, da nossa gente, das praias aos sertões imensos, intensos e misteriosos. Esse país de céu anil que um dia cismou de ser independente e forte, resolveu quebrar a pesada canga que Portugal lhe impunha. Quanto sangue derramado no litoral, nas matas virgens, num processo de afirmação de brasilidade! Vão se avultando heróis sobre cascos de navios, sob intensos fogos de canhões. Vão se abrindo as veredas nas florestas perigosas onde cobras, índios e onças também defendem seus territórios. E o Brasil cresce, se expande, se agiganta a cada passo dos intrépidos desbravadores. Surgem arraiais, povoados, vilas e cidades à força do suor e da saga sertaneja. Nos sertões, as lutas na boca do bacamarte, na política a luta feroz pela alforria de um território.
          A independência não produziu logo uma grande alteração na estrutura sociocultural e econômica do Brasil. Apesar do furor libertário, continuou a prevalecer uma organização social baseada na economia voltada para o mercado externo, na exploração do trabalho escravo e na grande distância entre elites e população geral. Mesmo assim, o grande passo havia sido dado. O dia 7 de setembro de 1822 revolucionou o País e o próprio continente. Foi muito duro chegar até aqui, mas chegamos. É debruçar sobre os livros e descobrir tudo, principalmente, de D. PEDRO I A DILMA.




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