O COMBATE DA SERRA DO
NAVIO
Clerisvaldo
B. Chagas, 12 de novembro de 2018
Escritor Símbolo do
Sertão Alagoano
Crônica: 2.004
09.1936. Serrote
do Navio (AL). Município de Água Branca. Ao sair a notícia da morte de
Zeca, o delegado de Água Branca, José Fernandes Torres, reuniu seu reduzido
destacamento composto dos cabos, Manoel Cerqueira, Zeca e Negrinho, soldados
Quintela, Ferreirinha, Belarmino, Romualdo, Antônio José e o contratado João
Henrique. Requisitou o caminhão de Abílio Xavier que levou a tropa para a Lagoa
do Feijão. O delegado e o cabo Manoel Cerqueira ficaram na casa das vítimas. Os
soldados resolveram avançar.
Lampião aguardava o
cabo Ribeiro, mas foram os soldados que caíram em sua emboscada ao deixarem a
pista proposital. E Colocaram até uma
pedra para que a polícia nela se amparasse e atacaram pela retaguarda. Houve
forte tiroteio. O soldado Antônio José, moço e destemido, era do destacamento
de Pariconha, mas colaborava e seguiu na frente. Recebeu um tiro na cabeça. Somente pela sorte escaparam da emboscada o
cabo Negrinho, Ferreirinha, Cabo Zeca (ferido no braço) e o contratado João
Henrique. Os demais foram mortos. O soldado Belarmino morreu, mas lutou com
muita bravura. O soldado Quintela, ferido, escapou ao cerco, mas o cabra que
sustentava os cavalos dos bandidos o apontou. Os cabras foram lá e acabaram de
matá-lo. Este foi encontrado dois dias depois pelos sinais dos urubus, bem como
o corpo do soldado Romualdo. No total, morreram cinco soldados, quatro
escaparam.
(Extraído do livro):
CHAGAS,
Clerisvaldo B. & FAUSTO, Marcello. Lampião
em Alagoas. Grafmarques, Maceió, 2012. Pag. 263.
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Lampião um herói, assim como meu Padim padre Cícero e nosso líder político nordestino Lula.
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