FALTA DE COMPROMISSO Clerisvaldo B. Chagas, 28 de março de 2012.   O trânsito de Santana continua como coisa de maluco. Às vezes fica pa...

FALTA DE COMPROMISSO

FALTA DE COMPROMISSO
Clerisvaldo B. Chagas, 28 de março de 2012.

 O trânsito de Santana continua como coisa de maluco. Às vezes fica parecido com o caos de Nova Déli, capital indiana, quando ninguém mais se entende no que é certo ou no que é errado. O número de veículos em circulação continua aumentando assustadoramente, quando Santana está sendo o centro do Sertão alagoano. Temos transportes alternativos diariamente que chegam de Delmiro Gouveia, Mata Grande, Inhapi, Canapi, Ouro Branco, Poço das Trincheiras, Maravilha, Dois Riachos, Pão de Açúcar, São José da Tapera, Senador Rui Palmeira, Carneiros, Olho d’Água das Flores, Olivença e outros mais, além de municípios de estados vizinhos. Somando-se a isso, inúmeros transportes escolares se deslocam da área rural para a cidade. Estudantes e pessoas comuns desembarcam todos os dias em Santana vindo de mais de vinte e cinco municípios do Médio e alto Sertão alagoano. Essa multidão busca em Santana do Ipanema o comércio, escolas, bancos, hospital e os mais diferentes tipos de prestação de serviço. O trânsito caótico não se limita mais aos dois dias de feiras semanais quarta e sábado. São todos os dias, principalmente na parte da manhã, quando ninguém aguenta mais tanto sufoco. A população sofre por não encontrar um calçadão no comércio, atravessando ruas e avenidas em verdadeiros malabarismos.
         Enquanto isso, as ruas continuam estreitas como nos tempos dos carros de boi. Nada, absolutamente nada é feito, para desafogar o trânsito. Não se abre um novo beco, não se constrói novas ruas, não se ergue uma só ponte, não se providencia alternativa alguma. Os veículos continuam se multiplicando formando constantes engarrafamentos e congestionamentos entre o comércio e o Bairro Camoxinga, que duram horas. Não aparece ninguém para tomar providência de nada. O santanense anda desesperado com o trânsito doido que, igualmente com a falta d’água e a violência, assume proporção negativa nunca vista antes. Quanto aos semáforos, a cidade deveria possuir uns dez em pontos perigosíssimos, mas apenas um colocado há mais de dez anos vai mostrando o caos na administração pública. Uma falta total de compromisso!
          Alguns que foram eleitos pelo povo para fiscalizar, tornaram-se apenas vis bajuladores e muito mais nocivos à sociedade que não tem quem a defenda. Recentemente, um vereador, ao invés de cumprir o seu papel, subiu à tribuna para insuflar à população a ir às ruas contra a falta d’água, eximindo-se da responsabilidade que tem. Uma vergonha! Santana está às moscas. Não é possível aguentar mais quatro anos nessa cartilha da escravidão. Que FALTA DE COMPROMISSO!

MANDACARU Clerisvaldo B. Chagas, 27 de março de 2012.   O mandacaru (Cereus jamacaru) é uma planta comum na região Nordeste do Brasil. É...

MANDACARU

MANDACARU
Clerisvaldo B. Chagas, 27 de março de 2012.

 O mandacaru (Cereus jamacaru) é uma planta comum na região Nordeste do Brasil. É costume destacar-se na paisagem, garboso, imponente, viril, o mandacaru representa o Nordeste das grandes estiagens ou dos verdumes característicos de outono-inverno. Pertencente à família das cactáceas, surge em lugares mais difíceis e não raro, pode chegar admiravelmente aos cinco metros de altura. Sua forma de cálice em braços estendidos para cima alegra os olhos de qualquer viajante sertanejo, pois na flora da caatinga, nada mais íntimo, pugente, querido e representativo amigo e irmão do sofrimento e da esperança. Suas flores são brancas, belíssimas, medindo aproximadamente trinta centímetros. Os botões das flores gostam de surgir no meio da primavera e cada flor dura apenas poucas horas. Desabrocham ao anoitecer e ao amanhecer já começam a murchar. Seu fruto é muito bonito. Tem tamanho de mão e meia e possui cor violeta forte e atrativa. Sua polpa é branca com sementes pretas minúsculas, apresenta-se como uma gosma, é muito saborosa e serve de alimentos para diversas aves típicas da caatinga, como a gralha-cancã e o periquito típico do lugar. Existe uma variedade sem espinhos, usada na alimentação de animais. Entretanto, mais comum é a variedade espinhenta que muita vezes serve de alimentação para o gado, quando o homem corta ou queima seus espinhos em tentativas extremas. O mandacaru é resistente à secas brabas, cúmplice e amigo do sofrido sertanejo.
          Ainda este ano, tudo indica, estará chegando às mãos dos leitores ávidos por aventura, o nosso romance inédito “Deuses de Mandacaru”. Homens intrépidos em busca de um tesouro holandês desviado por desertores flamengos na luta entre penendeses e holandeses na vila do Penedo. Todas as regiões do estado, de Maceió a Piranhas (onde acontece o desfecho da história) são contempladas. A apresentação é do saudoso presidente da Academia Alagoana de Letras, Carlos Moliterno e o cenário mostra o tempo do cangaço, quando cangaceiros, estudiosos, particulares e contratados disputam o segredo da arca roubada dos holandeses. “Deuses de Mandacaru” será lançado junto de outro romance “Fazenda Lajeado”, que conta com detalhes todo o desenrolar diário de uma fazenda de gado na época de Lampião. Dois romances de fôlego que por certo serão motivos de orgulho da literatura brasileira. Completando o Kit, o livro “Colibris do Camoxinga; poesia selvagem”.
          Todos os três livros estão prontos e já foram iniciadas negociações com uma respeitável Editora de outro estado para lançamento nacional. Aguardemos o MADACARU.

·         Camoxinga é nome indígena e de um riacho que banha Santana, afluente do rio Ipanema.
                   * Diariamente as nossas crônicas: somente neste blog. Acompanhe.






LANÇAMENTO DE LIVRO Clerisvaldo B. Chagas, 26 de março de 2012. Numa noite iluminada, foi lançado ao público o livro paradidático, “Ipan...

LANÇAMENTO DE LIVRO

LANÇAMENTO DE LIVRO
Clerisvaldo B. Chagas, 26 de março de 2012.

Numa noite iluminada, foi lançado ao público o livro paradidático, “Ipanema um rio macho”. Após hibernar por vinte e seis anos, chegou à vez das letras de um trabalho elaborado para o povo estudioso de Santana. Agora a cidade já pode se orgulhar do nome “Ipanema”, anexado ao da avó do Cristo, chamada carinhosamente por nós, de Senhora Sant’Ana. Em 1986, um grupo formado por quatro pessoas, resolveu conhecer de perto o rio Ipanema, afluente do São Francisco e que banha as cidades das Alagoas: Santana do Ipanema, Poço das Trincheiras e Batalha, além de vários povoados nesses e em outros municípios. O rio Ipanema, então, foi percorrido de Santana à foz e dois anos depois, das nascentes a Santana. Nasce esse rio na serra do Ororubá, município de Pesqueira, em Pernambuco e deságua no município de Belo Monte, em Alagoas, após escorrer por cerca de 220 quilômetros. As duas viagens feitas a pé por dentro do leito do Panema, são contadas no livro em forma de diário, fornecendo aos estudiosos, valiosas informações sobre o acidente geográfico mais importante do Sertão alagoano.
          Além dessas informações, o livro também fala da sua contribuição social para os municípios banhados por ele. O maior documentário sobre essa corrente está registrado no “Ipanema um rio macho”. Santana já pode dizer que tem identidade ao receber essa obra que engrandece o município com a sua juventude estudiosa. Os professores já podem se orgulhar do rio Ipanema, ministrando aulas sobre História, Sociologia, Geografia, Ecologia e medicina popular, através dos exemplos do rico e macho livro como o seu próprio título. Há 26 anos atrás, o que era para ser uma apoteose da imprensa local, transformou-se numa inveja sem fim e ela calou sobre o evento.
          O autor está muito feliz em entregar a sua terra mais uma grandiosa contribuição. A nata da sociedade santanense soube valorizar o trabalho apresentado. Sobre os omissos, quando Uirapuru canta, entristece caga-sebo. Breve, mais LANÇAMENTO DE LIVRO.