SERPENTES COMEM SERPENTES Clerisvaldo B. Chagas, 15 de agosto de 2012 Crônica Nº 842 Em nosso livro, “Floro Novais, herói ou bandi...

SERPENTES COMEM SERPENTES


SERPENTES COMEM SERPENTES
Clerisvaldo B. Chagas, 15 de agosto de 2012
Crônica Nº 842

Em nosso livro, “Floro Novais, herói ou bandido?”, publicado em 1985, diz à página 67, sobre os apelidos que o famoso vingador alagoano dava às suas armas. “Floro Gomes Novais não se apartava de um revólver calibre 38 de marca “Smith & Wesson” que fazia peso na cintura e cujo apelido dera a essa arma de “Salamanta”. A tiracolo, em um dos bornais, levava o seu famoso “Colt 45” a quem chamava de “Cobra Preta”, justificando o apelido por dizer que “cobra preta não mordia, mas engolia as outras”.  As demais armas de Floro também possuíam apelidos, como o eficiente mosquetão modelo 1922, chamado por ele de “Alecrim”. Olhando pelo perigoso ângulo ofídio da Pseudoboa cloelia, ofiófaga, isto é,  comedora de outras serpentes, bem que Floro Novais conhecia as espécies sertanejas em cuja caatinga nascera e com elas convivia. A Cobra Preta também é conhecida como Muçurana, por ser parecida com o muçum, mas também recebe outras denominações. De fato, a Cobra Preta é imune ao veneno das outras cobras (menos o da Coral) e faz a limpeza da área devorando cascavéis, jararacas e outras terríveis e temidas dos sertões.
À medida que o país vai se transformando, a área política não poderia ficar imune. Com os apertos da Imprensa, Igreja, ONGs, escritores e povo, a pressão aumenta nas faltas cometidas pelos políticos em geral, principalmente em cima da corrupção e da mordomia com o dinheiro das diversas classes sociais. Nesses aspectos ainda estamos distantes de países mais sérios e mais sólidos. Agora salta a surpresa de que alguns senadores querem cortar os salários dos vereadores em municípios de até cinquenta mil habitantes. O apoio está sendo grande e a proposta poderá se tornar realidade, embora creiamos que haverá uma boa briga entre eles. Não tenham dúvidas de que o povo apoiará a iniciativa dos senadores, mas isso revela o ditado popular que diz: “Vão-se os anéis e ficam os dedos”. Os senhores lá de cima querem entregar os vereadores como “bois de piranhas”, para salvarem a pele do Senado sob pressão social do Brasil que não aguenta mais tanta safadeza dos parlamentares das três esferas.
Nós, o povo, temos obrigação de apertar o cerco contra todos eles, até que o cargo de um senador, deputado ou vereador esteja completamente limpo, sem nenhum anzol contra o dinheiro suado dos trabalhadores. Queremos entrar na lista dos países sérios também na área dos seus representantes. Mas, logo chegará à vez de todos. Por enquanto, acompanhemos de perto a manobra dos senadores imitando a arma “Colt 45” do vingador Floro Novais: Serpente sem veneno, mas engole as outras. Depois será a vez da serpente maior (povo) engolir a cobra preta. SERPENTES COMEM SERPENTES.

AGORA SIM Clerisvaldo B. Chagas, 14 de agosto de 2012. Crônica Nº 841 Matriz de Senhora Santana. Cartão Postal. Batemos muit...


AGORA SIM
Clerisvaldo B. Chagas, 14 de agosto de 2012.
Crônica Nº 841

Matriz de Senhora Santana. Cartão Postal.
Batemos muito em nossos trabalhos sobre a expansão travada de Santana do Ipanema. Gente da prefeitura chegou até a declarar que a cidade não possuía terrenos  para vender, na tentativa de ludibriar o povo e não trazer para a cidade empresas e repartições públicas. Como não possuir terreno? Santana não é nenhuma cidade fantasma que não ocupa terreno algum. A omissão das autoridades é por conta do egoísmo desastrado de não querer Santana desenvolvida, não aceitando a instalação aqui de indústrias de renomes internacionais e repartições de Ensino que poderiam acabar com o voto ignorância. Mas os que ocupam a prefeitura continuam nessa política mesquinha de 1920 em travar o progresso para dominar “legiões” de burros. Claro que encontrar um lugar para um prédio comercial no centro de Santana não é coisa fácil, mas não se pode instalar de tudo somente no centro. Estão aí os exemplos da UNEAL, construída na periferia, O Batalhão de Polícia, O Fórum, a Receita Estadual, uma fábrica de artigos de mármore, postos de gasolina e prédios enormes para depósitos de mercadorias, Igreja, escola municipal modelo, Hospital Geral, fábrica de gesso e, recentemente, construções para cursos da UFAL e IFAL. Tudo foi construído em terrenos e não no ar, no espaço dos aviões.
Sempre falamos que a expansão comercial de Santana nada deve a prefeitura, mas sim, a capacidade de seus empreendedores. O município nunca teve coragem ou interesse em adquirir um palmo de terras para incentivar nada em nossa cidade, sequer um cemitério. Ultimamente, porém, os próprios donos de terrenos nas cercanias, estão destravando a expansão urbana que estava metida em camisa de força. Tudo teve início quando um particular resolveu comprar um terreno desprezado no bairro Barragem, loteando-o e provando que era um bom negócio. O local está completamente habitado e muito bonito. Agora outro proprietário está loteando sua fazenda que terminou cercada pelo casario no Bairro Lajeiro Grande. Digno de louvor, o trabalho do senhor Valdir Rego, que rapidamente está beneficiando os lotes e vendendo muito. No bairro São Vicente, em breve, terá início mais outro loteamento importante, logo na saída para o povoado São Félix, com investimento também de cidadãos dos Estados Unidos. O sítio Lagoa do Mato, saída para a outra cidade, Olho d’Água das Flores, uma antiga granja vai ser toda loteada formando condomínio de luxo, com empreendedores portugueses e espanhóis que descobriram que Santana é cidade polo e tem futuro para o capital empregado.
Acabei de provar, portanto, que meus gritos nessas crônicas, serviram para alguma coisa. Os proprietários dessas terras loteadas por eles ou vendidas com o mesmo fim, estão de parabéns pela nova mentalidade. É sempre bom alertar que o sítio Lagoa da Mato, tem um amplo pedaço de caatinga, que bem poderia ser uma reserva verde para Santana e melhor estudada. O que o poder público deixa de fazer, o povo faz, AGORA SIM!

QUESTÃO DE PULSO Clerisvaldo B. Chagas, 13 de agosto de 2012. Crônica Nº 840 Vôlei brasileiro feminino em êxtase. (Fonte: SMN). ...

QUESTÃO DE PULSO


QUESTÃO DE PULSO
Clerisvaldo B. Chagas, 13 de agosto de 2012.
Crônica Nº 840

Vôlei brasileiro feminino em êxtase. (Fonte: SMN).
Verdadeiro espetáculo foi dirigido pela TV Record com a final do Vôlei Brasil e Estados Unidos. Uma cobertura da mesma qualidade da Seleção Feminina, em vibração e imagens. Que desabafo extraordinário o das meninas do Vôlei! Depois de inúmeros dias longe de casa, sofrendo pressão fora e dentro das quadras, bem que não poderia ser de outro jeito. Uma emoção que saltou em muito o protocolo britânico comedido. E se o amarelo é cor natural da alegria, passou a ser também a da euforia vitoriosa quando encheu os olhos da plateia em expectativa. Se nós não vivenciamos pessoalmente um momento único de campeão olímpico, fomos contagiados pelas nossas atletas. As brincadeiras após a vitória procuravam espantar os fantasmas últimos que puxavam para baixo. Disseram muito nos comentários sobre técnico não ganhar medalha. Não é nada fácil burilar um grupo de atletas, primordialmente, do sexo oposto, até conduzi-lo ao pódio. É preciso muitos nervos, como nervos até demais, tem e teve Zé Roberto com marreta à mão quebrando lajeiros até o cume. Além da calma necessária, uma rara educação mostrada na tela e a conquista inédita, faz o técnico brasileiro ganhar uma simpatia impar.
O murro estonteante que recebemos no futebol foi muito duro e desmoralizador não resta dúvidas. Felizmente, para nos levantar da estrondosa queda, as meninas da quadra, puxaram pelos nossos braços. Bem que o Esquiva também poderia ter trazido o ouro para o Brasil. Em nossa modesta opinião, foi prejudicado pelos árbitros, porém, teve sua parcela de culpa, pois dava a impressão de que lutava com mais medo de perder do que a vontade de ganhar. Como se diz aqui pelo nosso Nordeste era meter a mão logo no pé do ouvido do japonês e pronto. Não se tornou agressivo, foi muito mole, fique com a prata mesmo. Estamos falando da tarde do sábado quando dividimos o amargo das derrotas e o prazer da vitória nas Olimpíadas. Tantas modalidades apresentadas e tanta repetição de frase: “O brasileiro (a brasileira) está fora”. É justamente na hora das competições, quando surgem os defeitos da política voltada para o esporte brasileiro. Ficamos como verdadeiros Sacis, pulando ao lado de corredores de duas pernas.
No futebol, para onde partir? A desconfiança do povo no técnico vem há muito. Mas, se perdemos na primeira opção do Brasil, ganhamos na segunda. Perde-se no futebol, se ganha no vôlei. À tarde do sábado não estava para canelas, mas, com toda estabilidade, era somente uma QUESTÃO DE PULSO.