A POBREZA NA EUROPA DESENVOLVIDA Clerisvaldo B. Chagas, 3 de julho de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 1933 ...

A POBREZA NA EUROPA DESENVOLVIDA


A POBREZA NA EUROPA DESENVOLVIDA
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de julho de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1933

Hoje abrimos espaço para meditação sobre emprego e salário nos países desenvolvidos. Uma oportunidade para se fazer comparações e até definir se vale à pena deixar o país e partir para trabalhar na União Europeia.
“Apesar do bom nível de desenvolvimento socioeconômico da Europa, têm aumentado os índices de pobreza em alguns países do continente. Uma das principais causas dessa realidade é o aumento das taxas de desemprego. Os países da União Europeia vêm organizando estratégias para conter o desemprego, que atinge cerca de 10% de seus habitantes, de acordo com dados do site oficial da União Europeia (2014).
Dentre as medidas que estão sendo propostas para criar empregos, destaca-se a adoção de políticas flexíveis de contratação e a dispensa de trabalhadores. Na Itália e no Reino Unido, o trabalho autônimo vem crescendo em virtude da terceirização e da subcontratação na indústria e nos serviços.
Paulatinamente, por pressão das empresas, os trabalhadores vêm aceitando definir acordos de ampliação da jornada de trabalho sem aumento de salário ou acordos de redução da jornada com diminuição de salário, a fim de garantir seus empregos. Além disso, muitas empresas europeias optaram por investir em outros países e continentes, entre eles, a China.
Todo esse processo de alteração na estrutura de empregos está sendo acompanhado pela deterioração das condições de trabalho e de vida dos trabalhadores, mesmo nos países desenvolvidos, o que se traduz em queda de salários reais, instabilidade no emprego e desemprego dos menos qualificados.
É claro que os critérios de classificação da pobreza nos países desenvolvidos da Europa são bastante diferentes dos padrões dos países subdesenvolvidos, como o Brasil, por exemplo. Pela definição da União  Europeia, as pessoas consideradas ‘ameaçadas de pobreza’ recebem menos de 60% do salário médio líquido pago em seu país. Na Alemanha, por exemplo, cujo salário médio é de 1.427 euros mensais, é considerado pobre quem recebe menos de 856 euros.
LUCCI, Elian Alabi & BRANCO, Anselmo Lazaro. Geografia homem e espaço (9). São Paulo, Saraiva, 2015. Págs. 75-76”.
FILA DE DESEMPREGO. (FOTO:VEJA.ABRIL.com).

NEGROS E NEGRAS Clerisvaldo B. Chagas, 2 de julho de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 1.932 ‘Os negros n...

NEGROS E NEGRAS


NEGROS E NEGRAS
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de julho de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.932


‘Os negros nunca demonstraram ser passivos. Ante tanta humilhação, muitos utilizaram o suicídio como forma de protesto e resistência. Mostravam, assim, que a vida lhe pertencia e tiravam de seus donos esse privilégio’.
“Muitos se deixavam morrer de tristeza, outros fugiam.
Nas senzalas, para onde os escravos eram levados por seus compradores, a situação não era muito diferente daquelas dos navios.
Durante o dia, trabalhavam duro na lavoura (o trabalho já era conhecido por muitos deles, pois muitos grupos eram agrícolas na África). Outros se dedicavam aos trabalhos em bronze, cobre, ouro e madeira; outros ainda eram tecelões, ferreiros e criavam animais de subsistência. Isso explica porque os negros são considerados a base da colonização do Brasil. Sem eles não existiria Brasil. Eram os escravos que fabricavam os móveis e utensílios da casa-grande; os tecidos mais grosseiros eram confeccionados por eles e mais tarde, no ciclo do ouro, o braço escravo foi amplamente utilizado como mineradores e ourives”.
VALENTE, Ana Lúcia. E. F. Ser negro no Brasil hoje. São Paulo: Moderna, 1996. P.15.
No Sertão de Alagoas os negros estavam em diversas profissões. Grupos trabalhavam em família fazendo cercas de pedras que ainda hoje existem. O líder era chamado de Mestre e muitos desses mestres ficaram famosos na região. Outros indivíduos faziam e vendiam nas ruas, o mungunzá e o fubá. Adaptaram-se bem na profissão de carreiro e vaqueiro, pois era notório o cuidado carinhoso com os animais. Muitos viviam do artesanato de caçuás e balaios de cipó. Alguns chegaram até a vestir a farda policial.
O ponto de venda dos escravos em Santana do Ipanema, por exemplo, era defronte a chamada Cadeia Velha, situada na hoje Rua Nilo Peçanha que vai do Comércio à primeira travessa da Rua Antônio Tavares.
As mulheres negras, em geral, trabalhavam como domésticas em casa de brancos. Outras viviam do artesanato de barro, como panelas e, da palha como abanos, chapéus e vassouras. Contribuíram em muito com a culinária e a elas devemos pratos saborosíssimos consumidos no Sertão.
Sem fim são as histórias Afro no Brasil




O FOLE RONCOU Clerisvaldo B. Chagas, 29 de junho de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 1.931 QUADRILHA DO HELENA....

O FOLE RONCOU


O FOLE RONCOU
Clerisvaldo B. Chagas, 29 de junho de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.931
QUADRILHA DO HELENA. (FOTO: B. CHAGAS).

O fole roncou, comadre, nesse sertão velho de meu Deus! Todas as cidades sertanejas fizeram os chamados palhoções para as danças de quadrilha. Quando não havia palhoções do poder público, havia os das diversas comunidades sertanejas nas ruas, nos becos onde a sanfona impagável gemeu à noite inteira. Sanfoneiro bom deu preço, Zé! E quem não pode contratar um cabra bom de verdade, teve que apelar para os CDs em famosos salões de festa, por aí. E se foi com Fala Mansa, Fala Grossa, Manoel Messias, Chameguinho ou com o finado Gonzagão, nem interessa muito. O importante era balançar a roseira com botina simulada e lenço de quadrado no pescoço. Haja cana, menino, que no São João desse ano, até raposa “Expromentou” da branquinha.
É bem verdade que o São João perdeu muito brilho devido ao asfalto em muitas ruas que não puderam acender fogueiras. Mas também ouve grande diminuição dessa prática em inúmeras outras de calçamento ou de terra. As fogueiras nas ruas sofreram uma baixa de mais de 50%. A festa do santo encolheu bastante e o geral passou a ser localizado. Mesmo os fogos de artifício deram o ar da graça, com rojões e foguetes esporádicos Na terra, bombas e traques procuravam lembrar os velhos tempos e muitas palhoças e bares amanheceram o dia despejando forrós.
Ontem mesmo, encerrando a sequência dos três santos, a quadrilha da Escola Helena Braga das Chagas, fechou a parte festiva do mês. A Culminância do Projeto Junino foi um sucesso do Bairro São José que movimentou o grande salão da escola. Vários tipos de brincadeira tomaram conta de alunos e funcionários nas fases antes e depois da quadrilha. Muito esperado também um forró que furou a rotina dos inúmeros dias de aula. No final da manhã, um lanche reforçado à base de comidas típicas, onde o milho novamente foi o rei. E por falar em milho, foi eleita a Rainha do Milho e o Rei do Sabugo, que distribuíram simpatia e mais simpatia pela animada plateia.
Para o ano tem mais, amigo, quem perdeu, perdeu. Foi tinindo de bom.