MANDACARU Clerisvaldo B. Chagas, 26 de julho de 2019 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.151. IMAGEM DIVULGAÇÃO ...

MANDACARU


MANDACARU
Clerisvaldo B. Chagas, 26 de julho de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.151.

IMAGEM DIVULGAÇÃO
“O mandacaru (Cereus jamacaru), também conhecido como cardeiro, jamacaru e babão, planta da família das cactáceae, gênero cactos. Arbustiva, xerófita, nativa do Brasil, disseminada no semiárido do Nordeste. Mandacaru vem do tupi mãdaka’ru ou iamanaka’ru, que significa “espinhos agrupados danosos”. Suas raízes são responsáveis pela captação da água no lençol freático”.
“O caule ou tronco colunar serve de eixo de sustentação e sua parte central, o miolo, contém vasos condutores da água e outras substâncias vitais à planta. Lateralmente ao caule, saem peças articuladas facetadas cuja morfologia lembra um grande castiçal com várias ramificações. A parte externa seja do tronco ou das brotações laterais, é protegida por uma grossa cutícula que impede a excessiva perda de água por transpiração. As flores desta espécie de cacto são brancas, muito bonitas e medem aproximadamente doze cm de comprimento. Desabrocham à noite e murcham ao nascer do sol. Alimentam as abelhas, especialmente a arapuã. Seus frutos têm uma cor violeta forte, um formato elipsoide, alcança quinze centímetros de comprimento e doze centímetros de diâmetro, em média. A polpa é branca com sementes pretas minúsculas, que servem de alimento para diversas aves típicas da caatinga”. (Wikipédia)
Símbolo do Nordeste, o mandacaru está por todos os lugares, em fotografias, pinturas, propagandas, casas comerciais, marcas de produtos e em grande parte da literatura sertaneja. Além de alimentar o gado, ainda faz parte da medicina do campo como o mandacaru de sete quinas, indicado para problemas de próstata. Seu porte e beleza chamam atenção e serve de cenário para fotos, vídeos e filmes da região.
O sertão nordestino continua produzindo o belo.

NÓS NA FESTA   Clerisvaldo B. Chagas, 25 de julho de 2019 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.150 SENHORA SANTANA (F...

NÓS NA FESTA


NÓS NA FESTA
  Clerisvaldo B. Chagas, 25 de julho de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.150
SENHORA SANTANA (FOTO: DIVULGAÇÃO).
 O “Major” batia o sino, o povo comparecia e o padre Cirilo rezava a novena. A multidão se aglomerava na Praça Cel. Manoel Rodrigues da Rocha e toda a frente da Matriz de Senhora Santana. Alargava-se a multidão pela Praça Enéas Araújo, por um lado e, por outro, pelo Largo da Feira, pela frente do Mercado de Carne, pela Rua José Américo e descambava pela Rua Tertuliano Nepomuceno. Na frente da Matriz muitas mesas de jogo, bazares, parque de diversões com roda gigante, pescaria de prêmios e uma cabina musical que rolava os últimos sucessos. Waldique Soriano, Miltinho, Silvinho, Agnaldo Timóteo, Moacir Franco, Altemar Dutra e outras feras. O locutor colhendo dinheiro e passando música comprada para os namorados e pretendentes.
Não se dizia os nomes das criaturas era: “ofereço essa música ao rapaz da camisa verde que está na frente da loja B; assina, você já sabe”. Do Largo da Feira para à Rua Tertuliano, toldas e mais toldas, candeeiros acesos e pratos de galinha à noite toda. Forrós estendiam-se do Mercado à rua suspeita Tertuliano, onde se iniciaram os cabarés da cidade. Quebradas nos becos do Mercado e de São Sebastião, faziam parte do submundo da festa. Mas nada disso iniciava antes da celebração da Santa Missa. Leilão defronte ao Salão Paroquial, carro de fogo na praça, foguetes no Beco São Sebastião, “onda”, “curre” (carrossel) e balões no sobrado do meio da rua. Os fazendeiros costumavam oferecer garrotes ao padre Luís Cirilo, para os animados leilões de todas as noites.
Atualmente, sem Major – o sineiro – sem padre Cirilo, sem onda, curre e balão, a parte profana foi transferida para o Espaço Cônego Bulhões, já aprovado em espetáculo com mais de 20 mil pessoas; um sucesso enorme no Centro de Santana do Ipanema. Muita coisa pode ter mudado, mas a fé inquebrantável na Santa Padroeira continua a mesma. Inclusive, vem gente até de outros estados distantes para pagar promessa na procissão.
Santana exulta!
Santana vibra!
O Sertão enverdece e resplandece diante do fluxo luminoso vindo da AVÓ DE CRISTO.




É HOJE O ENCERRAMENTO Clerisvaldo B. Chagas, 24 de julho de 2019 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.149 MATRIZ DE...

É HOJE O ENCERRAMENTO


É HOJE O ENCERRAMENTO
Clerisvaldo B. Chagas, 24 de julho de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.149

MATRIZ DE SENHORA SANTANA. (FOTO: B. CHAGAS).
Encerrar-se-á hoje (quarta-feira) a maior festa religiosa do interior alagoano.
“Nossa Senhora Santana é aquela criatura que Deus predestinou e escolheu para ser, na terra, Mãe da Virgem Imaculada, Mãe da Mãe de Deus e avó de Jesus Cristo, Nosso Salvador.
Santa Ana, São Joaquim e o Glorioso São José, os Pais e o Esposo castíssimo de Maria, estão envoltos no silêncio e na humildade.
Bem pouco deles se conhece. E, no entanto, o universo inteiro há séculos não cessa de cantar os seus louvores.
Santa Ana, depois de São José, foi a criatura mais íntima do Verbo Encarnado, a Intimidade do sangue e do parentesco, Mãe de Maria, a Virgem concebida sem pecado, e por Maria, avó de Jesus Cristo. Há um véu de mistério e um grande silêncio da História e das Escrituras sobre Santa Ana.
Dela bem pouco nos diziam a História e a Tradição, mas basta para sabermos o que Ela é e quão grande é seu poder e sua glória. Basta-nos só isto: É Mãe da Mãe de Deus e Avó de Jesus Cristo!
Segundo a tradição dos antepassados, Joaquim (São Joaquim), chegado o tempo de contrair matrimônio, foi procurar, na família de David, entre a gente da sua estirpe, uma esposa digna e virtuosa. Encontrou Santa Ana, privilegiada criatura do seu ideal. Não era rico, mas possuía alguns bens, e segundo a tradição, vivia do comércio de lãs e de carneiros. (Acta Sanct Martir Ton. III – Anne Chretienne). (...).
(...) Santa Ana é, pois, da família nobre do Rei – Profeta. Maria, quer da parte de São Joaquim, quer de origem materna, é filha de David.
(...) O pai de Santa Ana chamava-se Mathan e a mãe, Maria”.

(Trecho extraído do livro “Santana do Ipanema conta sua História”, dos irmãos Floro e Darci Araújo de Melo, págs. 15-16).