FAZENDA LAJEADO Clerisvaldo B. Chagas, 13 de maio de 2024 Escritor símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.044   Uma fazenda quase...

 

FAZENDA LAJEADO

Clerisvaldo B. Chagas, 13 de maio de 2024

Escritor símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.044

 



Uma fazenda quase abandonada é vendida e o novo proprietário dedica-se a ela transformando-a em lugar de riqueza e destaque. O romance Fazenda Lajeado, aponta em detalhes como se administra uma propriedade rural, mostrando tarefas, nomes de vegetais, serventias e avanços administrativos. Ao lado disso surgem paixões, emboscadas, pistoleiros, retirantes da seca, amor, ódio, emboladores, cangaceiros, políticos e a cidade de Pão de Açúcar como grande porto de embarque e desembarque Sertão/Recife/Salvador. Além da trama primordial da saga (o autor diz que é o seu romance predileto) de Calixto, o protagonista, cada personagem secundário ou terciário, é escolhido a dedo dentro de características sertanejas que apaixonam enormemente o leitor.

O autor não é preciso, econômico e seco como Graciliano, não é clássico como Machado de Assis, não é paisagístico extremado tal José de Alencar, nem beira a sexualidade como Jorge Amado. Muito se parece com o seu antigo ídolo literário, Adalberon Cavalcanti Lins, mas é muito mais paisagístico prático, fiel a linguagem e modos sertanejos e nunca é cruel com seus personagens de primeira linha. O autor escreve colorido e com clareza, surpreendendo pesquisadores e leitores veteranos e atentos com suas frases de efeito, tanto diante da narrativa quanto na boca de seus personagens. Coisas que podem dar um abalo de riso e de surpresa inesquecível ao apaixonado leitor de romances.

Vai ser muito difícil você escolher o seu personagem predileto, mas terminará decidindo por quem torcer. Calixto, o dono da fazenda Lajeado, Lucila seu amor tardio, Neusa, seu amor bandido, Gonga a empregada sensual, Miguel Bala Verde, Filho adotivo vindo do cangaço, Bitonho, repentista embolador, Apolônio, capanga fiel de olhos azuis, Bibiana, chefe dos retirantes, seguranças Faustino e João Dedé e muitos outros que povoarão a sua mente assim como o rastejador Faro Fino.

Vamos apresentando aos nossos possíveis leitores, uma chamada para os quatro romances que serão publicados de uma só vez em quantidade mínima. Novamente o alerta: fique esperto para futuro acontecimento.

  DEUSES DE MANDACARU Clerisvaldo B. Chagas, 10 de maio de 2024 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.043   Entre as cact...

 

DEUSES DE MANDACARU

Clerisvaldo B. Chagas, 10 de maio de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.043

 



Entre as cactáceas do semiárido, duas se destacam pela elegância e porte. Ambas caracterizam o interior nordestino e há muito já se tornaram símbolos do Nordeste. Muitas vezes uma espécie é confundida com a outra, principalmente se forem observadas de longe. São elas o mandacaru e o facheiro. Enquanto o mandacaru tem os gomos grossos e suculentos, o facheiro tem os braços finos e esguios. Mas temos outras espécies famosas e queridas do sertanejo como o alastrado, o xique-xique, a favela, a coroa-de-frade, o caroá, o rabo-de-raposa e outras mais. Pois foi baseado na resistência do mandacaru às secas, que escrevemos o romance “Deuses de Mandacaru” e que no momento está em fase de pré gráfica. Vai dar em torno de 500 páginas de muita aventura e emoções.

O romance é do Ciclo do Cangaço com o preâmbulo da expulsão dos holandeses de Penedo, Alagoas. A continuação de uma luta à parte, na defesa de uma arca recheada, chega até a época do cangaceirismo onde três cabras de Lampião disputam baú com arqueólogo, poeta, jogador de baralho e outros civis armados. Os ingredientes emocionam o leitor que se sentirá no meio da aventura com sexo, paixão, emboscada, tiroteios, ternura, amor, ódio e vingança. Os cenários do romance de aventura e ação acontecem na paisagem penedense, maceioense, do agreste e do Sertão, culminando com o desfecho à margem do rio São Francisco. Um surpreendente final também não esperado pelo leitor.

Acompanhando ”Deuses de Mandacaru”, mais três romances do Ciclo do Cangaço que deverão ser lançados ao mercado livreiro de uma só vez: “Fazenda Lajeado”, “Papo-Amarelo” e “O Ouro das Abelhas”. Você vai se apaixonar pelos seus personagens como Seu Calixto, negra Gonga, Apolônio, Tenente, João Tetê, Cololô, Mocinha, Bala Verde, Eliseu, João Dedé, Faustino, Balinha e muitos outros que não sairão tão cedo da sua mente. Portanto fique esperto porque mandaremos imprimir apenas uma pequena quantidade, devido ao alto custo e a falta de patrocínio.

O mandacaru (Cereus jamacaru) que significa espinhos agrupados, danosos, é excelente para o gado em tempo de seca e sua flor branca e viçosa é uma das mais bonitas do Brasil.

MANDACARU FLORANDO (AUTOR NÃO IDENTIFICADO).

 

 

  RESTO NÃO É RESTO Clerisvaldo B. Chagas, 9 de maio de 2024 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.042   Muito importante...

 

RESTO NÃO É RESTO

Clerisvaldo B. Chagas, 9 de maio de 2024

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.042



 

Muito importante para os estudos da Arqueologia, da História, da Sociologia, primordialmente, as recentes descobertas dos vestígios de nossos ancestrais, à margem do rio São Francisco na cidade de Traipu. Sítio arqueológico é coisa que encanta tanto os estudiosos quanto o leigo humilde e curioso. Parece, no entanto, que é muito mais fácil achar do que conservar um sítio. Não são muitos os que se dedicam a esses tipos de descobertas. Até mesmo pela falta de oportunidades fartas para o exercício desses conhecimentos, muitos cérebros são desviados para outras atividades. Não restam dúvidas de que as margens do “Velho Chico”, sempre surpreendem a Ciência, tanto pelas belezas naturais quanto pelas descobertas.  Com ocorrência mais raras, também são encontrados vestigios em lugares mais distante do rio e muitas vezes nem sequer são estudados.

Em Capelinha mesmo, povoado de Major Isidoro, apresentaram-me uma pedra polida, achada na região do rio Ipanema, por ali.  Peça pequena, pesada, de pedra lisa proveniente da correnteza. Tudo indica que era u’a mão-de-pilão de macerar grãos ou folhas, mas não sendo especialista no ramo preferi encaminhar a peça para os entendidos. Bem assim fomos conhecer as inscrições rupestres do Sítio Pedra Rica, município de Santana do Ipanema. Depois de enfrentarmos o exército de maribondos guardiões do tesouro, reproduzimos os vários desenhos encontrados na barriga de um enorme lajeiro. Infelizmente na época a cúpula do Jornal de Alagoas, com Encarte Jornal do Sertão, resolveu não publicar o nosso trabalho. Cultura sempre foi tratada em último lugar.

A nossa admiração por esses profissionais estudiosos, pesquisadores de alto gabarito, sempre esteve em evidência, muito embora a nossa área Geografia, seja interligada, sempre procuramos complementá-la com Geologia, coisa que continua impossível para nós até os presentes dias.

E aqui em nossa região, mais afastada do rio São Francisco, temos apenas uma peça de bicho pré-histórico no Museu Darras Noya em Santana do Ipanema e um museu na cidade de Maravilha dedicado às descobertas de fósseis de bichos do município.

Viva o Sol e viva a Lua, embora falte uma banda.