O IRÃ PEGA FOGO
(Clerisvaldo B. Chagas. 12.2.2010)
Sempre nos chamou a atenção, no Curso Ginasial, o fato de o Brasil pouco apoiar os seus cientistas. Aplicar em tecnologia foi em nosso país algo de esquisito, assim como os valores para a Educação. No primeiro caso, falta de apoio, no segundo, uma fonte inesgotável de abastecimento para bolsos políticos. Enquanto países como o Japão, a Coréia do Sul e os nórdicos da Europa aplicavam maciçamente na escola, a Educação brasileira andava capengando, com os professores fazendo parte de uma sub-raça, desvalorizados e incomodados com o desprezo do governo e da sociedade. As verbas da educação foram sempre a grande fonte que enriqueceu a muitos. Na área tecnológica, os novos jovens cientistas, sem nenhum tipo de apoio no Brasil, foram obrigados a migrar para países da Europa e dos Estados Unidos que ofereciam vantagens para os cérebros mundiais. E assim fomos perdendo uma juventude promissora capaz de criar em diversas áreas do conhecimento humano. Só recentemente a Educação tomou novo rumo no País, porém, ainda tem longo caminho a percorrer. Alguns centros tecnológicos já começaram a aparecer para o Brasil e parte do mundo, inclusive em algumas universidades. Fomos nós, os brasileiros, que inventamos o balão, a máquina de escrever e o avião. Viesse de longe o apoio necessário, seríamos hoje um dos primeiros do mundo em tecnologia.
Surpreende a nós, um país como o Irã, apertado por todos os lados, mas lançando foguetes lá na Ásia Seca. Muito feliz o presidente Ahmadinejad quando fala na capacidade tecnológica do Irã, através da sua juventude estudiosa que inventa, assim como os árabes foram inventores no passado. Situado na Ásia, na particularidade denominada Oriente Médio, o Irã é banhado pelo mar Cáspio e o Oceano Índico. Sua capital é Teerã. O país carrega grande fatia da história universal com Ciro II, o Grande; Cambises II; Dario I; Xerxes I e outros nomes importantes que escreveram as páginas da história. Quem não estudou nos tempos ginasianos a batalha naval de Salamina? Durante a Segunda Grande Guerra, o Brasil teve que produzir muitas coisas que antes importava da Europa e que esse continente já não podia fornecer. Assim a Guerra de 45, foi um estímulo à indústria e à pesquisa brasileiras. Crescemos muito graças ao conflito que abalou o mundo. Assim está fazendo o Irã, praticamente isolado pelas nações mais adiantadas. Vai incentivando o seu próprio desenvolvimento com a juventude pensante estimulada. A infelicidade, entretanto, também aparece nas palavras do mesmo Ahmadinejad, quando nega o holocausto e diz que quer varrer Israel do mapa. Desse jeito, seria um doido a mais no mundo. Quem é que pode confiar que o homem estar trabalhando apenas para uma fonte de energia progressista? Os arsenais de outras nações com bombas nucleares continuam cheios. Não precisamos mais de bombas. Agora, como todo regime fechado, o dique também rompeu no Irã. Um regime não pode se fechar por tanto tempo num mundo cheio de recursos. Ninguém pode esconder mais a seu povo o que se passa no resto do planeta. E ninguém mais pode também segurar a juventude e os intelectuais em busca de mudanças naquele país. Aguardemos. O IRÃ PEGA FOGO.
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