VULCÕES E TERREMOTOS
(Clerisvaldo B. Chagas. 1.3.2010)
Ultimamente as notícias mundiais sobre terremotos e vulcões tornaram-se frequentes e arrepiantes. O nosso planeta tem suas terras divididas no interior como se fosse um quebra-cabeça. Estamos vivendo em cima desses pedaços gigantescos que flutuam num mar de lama incandescente, chamados placas tectônicas (descobertas pelos nossos verdadeiros herois cientistas). Os países estão localizados em cima dessas placas. Aquelas nações que ficam sobre os limites, isto é, entre uma placa e outra, correm riscos permanentes dos chamados abalos sísmicos. Os abalos sísmicos, de variadas intensidades, ocorrem basicamente em três situações: Quando duas placas em movimento se resvalam; quando duas placas em movimento se afastam; quando uma placa mergulha por baixo da outra. Os efeitos sempre são catastróficos. Mas existem outras formas de abalos.
Quanto aos vulcões, aparecem inúmeros espalhados pelo mundo. Os vulcões funcionam como válvulas de escape das pressões interiores. Imagine uma panela de pressão que durante a fervura deixa escapar o vapor pela válvula apropriada; caso contrário a panela poderia explodir como uma bomba comum. Assim, quando a pressão está insuportável no interior da Terra, o magma ─ matéria incandescente desse interior ─ sobe para a superfície por um caminho denominado chaminé. O vulcão pode se apresentar de várias formas, porém, a mais conhecida e bela é a forma de cone. O vulcão destroi e constroi a superfície da Terra onde atua. O problema é que as populações moram perto da ameaça e não se mudam para distante. Isso em nada difere dos ribeirinhos que constroem suas casas às margens do rio e até mesmo no seu leito seco, na esperança de que esse rio nunca virá com uma grande cheia. Olhando, porém, pela parte natural, é bom e desejável que existam os vulcões, alívio do interior terrestre. Dos chamados vulcões, uns são extintos, outros estão em atividades permanentes, outros ainda, entram em erupção quando menos se espera. A maior concentração deles acontece no Oceano Pacífico, quando seguem as bordas das placas tectônicas. Essa concentração já foi denominada “Círculo do Fogo do Pacífico”. Alguns vulcões tornaram-se famosos em diversas regiões do Planeta. Talvez, porém, nenhum tenha alcançado a notoriedade do Vesúvio, localizado na Itália e que no ano 79 arrasou as cidades de Pompéia e Herculano. Até mesmo o saudoso Nelson Gonçalves ─ um dos maiores cantores do mundo ─ falava desse monte. Dizia o intérprete, falando da sua imensa paixão, que o seu peito, seu interior estava em chamas: “(...) Vesúvio de lavas colossais (...)”
Lamentamos profundamente as tragédias das placas acontecidas há pouco no Haiti e agora no país chileno. Os jornais falam em centenas de mortos que vão se somando às vítimas de acontecimentos semelhantes nos mais diferentes lugares. E mesmo sem domínio nenhum sobre essas forças da Natureza, o homem continua estudando exaustivamente VULCÕES E TERREMOTOS.
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