O ANO
NOVO
Clerisvaldo B.
Chagas, 26 de dezembro de 2012.
Crônica Nº 936
Imagem: Wikipédia |
Durante a noite dessa véspera natalina, os
retardatários ainda estão palmilhando os mercados em procura de carne, bebidas
e outros produtos que escasseiam nas prateleiras. Muitos se recolhem a casa, em
preparo para a ceia importada, nacional ou particularmente sertaneja, de acordo
com as posses, tentando um conforto espiritual na reunião familiar. Outros
vestem as melhores roupas e vão ao desfile pelos restaurantes de luxo. Lá fora
o movimento dos bairros mais distantes vai rareando deixando as avenidas sem
ninguém. Afinal, a noite é mesmo dedicada à família.
No amanhecer, com o Sol torrando tudo logo cedo, as ruas
estão numa ressaca grande, sem um pé de pessoa para fazer rastro. Até as
árvores estão preguiçosas e não querem executar balanço algum. Urubus rondam no
voo rasteiro sob o mata crestada da periferia e, os pardais em bandos, procuram
mais tristes as malocas dos telhados. Os garis não passam; o vendedor de leite
não vem; uma tristeza quente invade o tempo de final de dezembro. Papai Noel?
Não sei. O menino Jesus passou ontem à noite, papai Noel não sei onde ficou.
E se você perdeu a oportunidade de ser feliz durante o Natal,
tenha calma e fé. Ainda resta O ANO NOVO.
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