DIA DOS FIÉIS DEFUNTOS
Clerisvaldo B. Chagas,
3 de novembro de 2014
Crônica Nº 1.295
William Adolphe Bougueeau. |
“O Dia
dos Fiéis Defuntos ou Dia de Finados, (conhecido ainda como Dia dos Mortos no México), é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de novembro.
Desde o século II, alguns cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os
túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para
rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém
lembrava. Também o abade de Cluny, Santo Odilon,
em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos. Desde o século XI os Papas
Silvestre II
(1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015)
obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual passa a ser comemorado
em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os
Santos. A doutrina católica
evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição (cf. Tobias 12,12; Jó 1,18-20; Mt 12,32 e
II Macabeus 12,43-46), e se apóia em uma prática
de quase dois mil anos1 .
Dia de Finados em Guanajuato, México
Segundo León Denis2 , o estabelecimento de uma data
específica para a comemoração dos mortos é uma iniciativa dos druidas, pessoas encarregadas das tarefas de
aconselhamento, ensino, jurídicas e filosóficas dentro da sociedade celta, que acreditavam na continuação da existência depois da morte.
Reuniam-se nos lares, e não nos cemitérios, no primeiro dia de novembro, para
homenagear e evocar os mortos.
Em 1816, a Prússia introduziu uma nova data para a lembrança
dos mortos, com feriado, entre os cidadãos luteranos: era o Totensonntag,
ou seja, Domingo dos Mortos, celebrado no último domingo antes do Advento. Este costume foi mais tarde adotado
também pelos protestantes alemães, ainda que não se tenha espalhado muito além
das regiões de maioria luterana na Alemanha.
Para a Igreja Metodista, são santos todos os fiéis batizados, de modo que, no Dia de Todos
os Santos, a congregação local honra e recorda seus membros falecidos. 4 5
Para os espíritas, visitar o túmulo é a
exteriorização da lembrança que se tem do espírito querido, é uma forma de
manifestar a saudade, o respeito e o carinho, pois segundo consta em O Livro
Dos Espíritos, questão 320, a lembrança dedicada aos desencarnados os
sensibiliza, conforme sua situação. Entretanto, nada à de solene comparando-se
aos demais dias. Desde que realizada com boa intenção, sem ser apenas um
compromisso social ou protocolar, desde que não se prenda a manifestações de
desespero, de cobranças, de acusações, como ocorre em muitas situações, a
visitação ao túmulo não é condenável, como nada o é no Espiritismo, apenas é
conduzida à compreensão de forma lógica e racional. O espírito, ou alma, agora
desencarnada, não se encontra no cemitério, e pode ser lembrada e homenageada
através da prece em qualquer lugar. A prece proferida pelo coração, pelo
sentimento, santifica a lembrança, e é sempre recebida com prazer e alegria
pelo espírito desencarnado”.
(WIKIPÉDIA)
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