O CASO
DAS PRAÇAS
Clerisvaldo B.
Chagas, 4 de novembro de 2014.
Crônica Nº 1.296
O título também
poderia ser Ocaso das Praças, porque o assunto é triste quando se fala nos
logradouros públicos de Santana do Ipanema. A principal praça de Santana, sempre
foi a Praça da Matriz de Senhora Sant’Ana. Belíssima no anos 50 e 60 até chegar
ao último grau no governo Isnaldo Bulhões, quando virou um monstrengo. Várias
gestões se passaram e o monte de cimento continuou sem providência de nada.
Um dia inventaram de
mexer mais uma vez na Praça da Bandeira, deram uma ajeitada e o povo passou a chama-la
Praça dos Ricos. Na gestão atual, modificaram a única praça original da cidade,
a Praça Emílio de Maia e a ela deram outro nome. Em Santana, é costume se mexer
em praça e loteá-la com os seus apadrinhados, para barracas semelhantes às
barracas de São João.
Sai nos órgãos
informativos da cidade que agora o prefeito aguarda certa verba para derrubar o
monstrengo em que foi transformada a Praça Coronel Manoel Rodrigues da Rocha.
Falam que irão consultar o comércio, coisa que não foi feita da última vez e
que terminou desagradando até os maloqueiros.
Será que se for
realizada a reforma ou mesmo uma praça nova irão derrubar o nome do Coronel Manoel
Rodrigues da Rocha para agradar correligionários com outro título. Ah! Como é
triste o desconhecimento da história da própria cidade pelos investidos de
governo, a ignorância e a indiferença do povo que deixa que tudo aconteça sem
berrar.
Foi o coronel Manoel
Rodrigues da Rocha, o construtor de três casarões importantes da vila, a maior
autoridade civil da época, empresário respeitado no ramo de tecidos, algodão e
peles. Amigo do coronel Delmiro Gouveia com quem planejava trazer energia de
Paulo Afonso para Santana do Ipanema, antes de 1920, data do seu falecimento.
A contribuição do
coronel, a este município é completamente impagável.
Santanenses em alerta
de berrantes ao alcance da mão.
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