segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

RABO DE CAVALO



RABO DE CAVALO
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de janeiro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.619
Entre tantas lutas empreendidas pelos sertanejos a partir da década de 60, em Alagoas, estão o Hospital de Santana do Ipanema, água encanada, energia de Paulo Afonso, Curso Médio, ponte sobre o rio Ipanema e, entre outras, a rodoviária da cidade. A rodoviária foi a última das obras maiores conquistadas pelo povo santanense. Chegou atrasada, muito depois das outras, mas era charmosa e, de certa maneira aliviava o espírito aguerrido do povo. Quanto ao atraso, a época em que foi inaugurada, os ônibus já não faziam tanta falta assim. O transporte alternativo havia invadido as cidades alagoanas, deixando rodoviárias sem passageiros, às moscas.
Não foi apenas novidade no meio de transporte terrestre. Houve uma espécie de massificação numa frota de vans que penetram em todos os municípios. Mesmo com esse meio de transporte virando febre, ainda existem muitos lugares não servidos por ônibus e vans.
A rodoviária de Palmeira dos índios veio após a de Santana.
    Hoje a Estação Rodoviária de Santana do Ipanema é um desastre. Nem banco tem para ninguém sentar. É preciso pedir favor a um barzinho que funciona ali dentro (quase sempre rodeado de machos bebendo) se quiser uma cadeira de plástico rígido. As senhoras cismam em se aproximar do balcão para comprar um lanche.
Quem precisar de banheiro vá prevenido de casa para evitar constrangimento. Uma vergonha!
O enriquecimento ilícito que tomou conta do país mostra o sucateamento em todos os setores. E o Brasil que poderia estar lado a lado entre as nações mais ricas, respeitadas e dignas, anda com uma cuia de queijo-do-reino com a população nos hospitais, escolas, rodovias e em todas as repartições públicas mendigando relevantes favores. Estamos crescendo... Para baixo como rabo de cavalo.



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