AS DESASTROSAS
INCONSEQUÊNCIAS
Clerisvaldo
B. Chagas, 14 de fevereiro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.635
Lago Poopó após o desastre. Foto: (BBC.com). |
Os destruidores do mundo continuam agindo contra a
Natureza e a própria humanidade. E vamos buscar um passado recente quando os
professores nos falavam dos maiores lagos, rios e montanhas do mundo. Somamos a
isso um senhor que havia em minha terra, apelidado “Lelé”, grande decoreba
geográfico. Até bêbado, segurando pelas paredes respondia as perguntas de quem
o queria testar. “Qual o maior lago do mundo, Lelé?”. E o senhor, cabelos
brancos e barriga repleta da ”marvada”, respondia: Tá cara da peste! Tá cara da
peste! Não é o Baiká na Sibéria com...” E dizia até o tamanho do referido lago.
Mas a
Natureza foi perdendo terreno para as inconsequências das autoridades e do
povo. Foi assim que mataram o mar do Aral, um imenso lago, o quarto do planeta,
localizado entre o Cazaquistão e o Uzbequistão, na Ásia. O lago que equivalia
ao Rio de Janeiro e Alagoas juntos com 66 mil km2 sofreu, dito por
todos os jornais, o maior desastre ecológico do mundo. Isso a partir dos anos
sessenta.
Recentemente
repetiram a dose na Bolívia com um dos lagos que nós costumávamos declinar na
escola como os mais altos e famosos da Cordilheira dos Andes: Titicaca e Poopó.
Assassinaram o Poopó, o segundo maior lago da Bolívia que se transformou em um
deserto de sal.
São
tantos os motivos que levaram a extinção do lago e às perdas irreparáveis que
nem queremos seguir por essa vertente.
Em
Alagoas os alertas estão ligados desde os fins do século passado. Muitas lagoas
do São Francisco desapareceram, inúmeras interiores também e o futuro das duas
grandes lagoas do nosso território está seriamente ameaçado. E se dois dos
maiores lagos do mundo foram extintos, quanto mais as nossas lagoas e seus
assoreamentos, partes já virando pântanos, conforme denúncias de jornais.
Deus dá,
o homem destrói e depois vai chorar nos pés do Senhor. Ô mundo velho de
porteiras corrompidas!
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