quarta-feira, 24 de abril de 2019

LAJEIRO GRANDE


LAJEIRO GRANDE
Clerisvaldo B. Chagas, 25 de abril de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.098
 
LAJEIRO GRANDE. (FOTO: B. CHAGAS).
Guardando as devidas proporções, o Bairro Lajeiro Grande, em Santana do Ipanema, é um Jacintinho na sua periferia. E como todos os bairros daquela cidade, tem sua história contada minuciosamente no livro “O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema”. No decorrer da sua expansão, novos nomes surgiram nas parcelas, saídos da boca popular: Rua das Pedrinhas, Quilombo, Lajeiro do Padre Cícero, dona Agentina... E assim por diante. O lugar é o mais elevado da urbe fazendo parte da chamada cidade alta, de Santana. Além do bonito lajeado que lhe empresta o nome, muitos matacões foram anexados aos quintais. Tem semelhança com os bairros Bebedouro/Maniçoba, ao longo do rio Ipanema, repleto de lajeiros e jardins.
E tudo começou quando resolveram construir ali um cemitério porque o local era muito afastado do centro. Ora, foi o próprio cemitério que formou o bairro, puxando o casario da parte baixa para a sua vizinhança. Reforçaram o povoamento na área, a construção do Estádio Arnon de Mello e uma igrejinha no topo do lajeiro enorme como motivo de promessa ao padre Cícero Romão  Batista. A construção da COHAB defronte ao cemitério – chamada depois de COHAB NOVA – foi decisiva para a grande expansão que não para mais. A construção de um segundo cemitério em um sítio distante, o Barroso, parece surtir o mesmo efeito do primeiro. A periferia puxa o casario em direção daquele sítio que é plano e repleto de chácaras.
Loteamentos foram feitos em torno do Lajeiro Grande e uma parte desceu até perto do Complexo Educacional, parte baixa do Bairro Camoxinga. Por enquanto, o Bairro Lajeiro Grande – desmembrado do Camoxinga – também está sendo reconhecido pelo povo com diversas denominações. Um comércio florescente ganha corpo a cada dia, ao lado e por trás da CONHAB NOVA, emendando com o comércio da Camoxinga baixa que sobe pela Rua Santa Sofia. Dificilmente um visitante vai ao Bairro Lajeiro Grande, concentrando-se apenas no centro da cidade.  O pesquisador vai e informa, porque os encantos das pesquisas estão na periferia.
Quer saber mais? Indague.

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