LAJEIRO GRANDE
Clerisvaldo
B. Chagas, 25 de abril de 2019
Escritor Símbolo do
Sertão Alagoano
Crônica: 2.098
Guardando as devidas
proporções, o Bairro Lajeiro Grande, em Santana do Ipanema, é um Jacintinho na
sua periferia. E como todos os bairros daquela cidade, tem sua história contada
minuciosamente no livro “O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana
do Ipanema”. No decorrer da sua expansão, novos nomes surgiram nas parcelas,
saídos da boca popular: Rua das Pedrinhas, Quilombo, Lajeiro do Padre Cícero,
dona Agentina... E assim por diante. O lugar é o mais elevado da urbe fazendo
parte da chamada cidade alta, de Santana. Além do bonito lajeado que lhe
empresta o nome, muitos matacões foram anexados aos quintais. Tem semelhança
com os bairros Bebedouro/Maniçoba, ao longo do rio Ipanema, repleto de lajeiros
e jardins.
E tudo começou quando
resolveram construir ali um cemitério porque o local era muito afastado do
centro. Ora, foi o próprio cemitério que formou o bairro, puxando o casario da
parte baixa para a sua vizinhança. Reforçaram o povoamento na área, a
construção do Estádio Arnon de Mello e uma igrejinha no topo do lajeiro enorme
como motivo de promessa ao padre Cícero Romão
Batista. A construção da COHAB defronte ao cemitério – chamada depois de
COHAB NOVA – foi decisiva para a grande expansão que não para mais. A
construção de um segundo cemitério em um sítio distante, o Barroso, parece
surtir o mesmo efeito do primeiro. A periferia puxa o casario em direção
daquele sítio que é plano e repleto de chácaras.
Loteamentos foram
feitos em torno do Lajeiro Grande e uma parte desceu até perto do Complexo
Educacional, parte baixa do Bairro Camoxinga. Por enquanto, o Bairro Lajeiro
Grande – desmembrado do Camoxinga – também está sendo reconhecido pelo povo com
diversas denominações. Um comércio florescente ganha corpo a cada dia, ao lado
e por trás da CONHAB NOVA, emendando com o comércio da Camoxinga baixa que sobe
pela Rua Santa Sofia. Dificilmente um visitante vai ao Bairro Lajeiro Grande,
concentrando-se apenas no centro da cidade.
O pesquisador vai e informa, porque os encantos das pesquisas estão na
periferia.
Quer saber mais?
Indague.
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