PONTE DO URUBU Clerisvaldo B. Chagas, 13/14/15 de agosto de 2013 . Crônica Nº 1067 Águas Negras na foz do riacho Camoxinga. (Aut...

PONTE DO URUBU



PONTE DO URUBU
Clerisvaldo B. Chagas, 13/14/15 de agosto de 2013.
Crônica Nº 1067
Águas Negras na foz do riacho Camoxinga. (Autor).

Cochilando no ponto nos dias 13 e 14, estamos tentando recuperar o tempo perdido com um grito bom. É estampada finalmente a notícia do início das obras no chamado “Buraco de Nenoí” ou “Ponte do Urubu”, denominações populares sobre um terreno baldio em pleno centro comercial. O local fica por trás dos muros de parte da Rua Tertuliano Nepomuceno, Rua Barão do Rio Branco, Rua Siqueira Campos e proximidades do Bairro Artur Morais. O terreno tem forma de anfiteatro, é cortado pelo riacho Camoxinga que hoje não passa de uma grande língua negra no trecho urbano que envergonha a cidade. Desmatado e futucado no final da administração 1993-96, com alegações de que seria uma praça multe eventos, o povo duvidava porque não havia tempo hábil. Apenas uma ponte foi construída no terreno desbastado e, a cobertura do riacho nunca saiu do papel. Após cerca de dezessete anos de tanta imundície no centro de Santana, sem que uma única gestão colocasse pelo menos uma pedra na malfadada obra, eis que de repente acontece o inesperado: O anúncio da grande transformação. Com tanto abandono, lixo e águas negras, a população ainda chama o local e suas imediações de “Ponte do Urubu”.
A planta apresentada em um dos sites da cidade, não é muito esclarecedora. Esperamos que tenha sido feita por urbanista, engenheiro ou coisa assim e não por aqueles tipos sabe-tudo que sempre estão pendurados nas prefeituras, tão broncos como antigas paredes de igrejas.  Após dezessete anos de espera, não se pode desejar mais um mostrengo para nos envergonhar mais ainda. O site não diz se vai haver cobertura do riacho Camoxinga naquele trecho. Não fala em saneamento e limpeza completa no núcleo e periferia, pois não queremos, com certeza, uma noiva de luxo com pés de lama. De qualquer maneira, louve-se a atitude do atual prefeito, professor Mário Silva, que apontou diretamente a fístula urbana para uma ansiada cirurgia, onde faltou a coragem e sobrou malícia em quem, podendo fazer não a fez. O prefeito sempre se baseou em Arapiraca, pois essa obra não deverá ser menor em nada em comparativo com as que temos observado e louvado como grandiosas e modernas na antiga Terra do Fumo. Outra obra que deverá coroar o trabalho do professor deverá ser o grande calçadão do comércio da Praça Emílio de Maia ao Mercado de Carne. Acontecerá?
Com a decisão sobre o Largo Cônego Bulhões, o professor Mário Silva dá uma prova que não vai ficar ESCOVANDO O URUBU.

AGRIPA JÁ TEM DIRETORIA Clerisvaldo B. Chagas, 11/12 de agosto de 2013. Crônica Nº 1066 ALGUNS MEMBROS DA AGRIPA, TENDO AO ...

AGRIPA JÁ TEM DIRETORIA




AGRIPA JÁ TEM DIRETORIA
Clerisvaldo B. Chagas, 11/12 de agosto de 2013.
Crônica Nº 1066

ALGUNS MEMBROS DA AGRIPA, TENDO AO FUNDO A SERRA DO POÇO.
A Associação Guardiões do Rio Ipanema - AGRIPA - sem perda de tempo, reuniu-se na tarde do último sábado (10) no Bairro Camoxinga, onde houve debates e consensos. Houve também recepção musical e muita alegria pelos acertos e entendimentos entre os guardiões. A AGRIPA vai, paulatinamente, fortalecendo sua linha mestra, definindo situações e desenhando o seu caminho. Com a maioria dos guardiões presentes, foi estabelecido o Dia do Rio Ipanema que deverá ser comemorado todos os anos na data 21 de abril. O símbolo da AGRIPA será um busto de mulher com pote e rodilha levando água das cacimbas do rio. Como Santana do Ipanema já possui o monumento ao jumento com suas ancoretas, cangalha, cabresto e tangedor, que fazia esse papel, nada mais justo de que homenagear a cabocla sertaneja e seu pote de barro que simbolizava a luta pela sobrevivência nas areias grossas do Panema. Inclusive também, a figura completa poderá ser transformada em monumento de praça pública. As reuniões ordinárias ganharam calendário anual para as segundas e últimas sextas-feiras, às 15H30MIN.
O Estatuto encontra-se em elaboração e deverá ser discutido, aprovado e registrado brevemente. A Associação ficará aberta a todos os que quiserem se integrar à luta pela proteção ao rio. O futuro poderá trazer sede própria aos independentes guardiões. Entre outras coisas que se definiram nessa etapa organizacional, a formação da Diretoria Provisória foi uma delas, composta por sete membros, com rotatividade anual. Assim ficou formada a cabeça da AGRIPA: Presidente: Sérgio Campos (fazendário); Vice-presidente: Paulo César (professor); Secretária: Maria Vilma de Lima (especialista em Geo-História); 2º Secretário: Manoel Messias (ambientalista); Tesoureiro: Marcello Fausto (especialista em Geo-História); 2º Tesoureiro: Ariselmo de Melo (ambientalista); Orador: Clerisvaldo Braga das Chagas (especialista em Geo-História).
Os Guardiões pensam em exportar depois, a ideia para cidades e povoados de Alagoas banhados pelo rio Ipanema, como Poço das Trincheiras e Batalha, Quandu, Poço da Cacimba, Fazenda Nova, Capelinha, Funil, Saúde, Timbaúba, Dionel e Poço do Marco. A posse da diretoria acontecerá em pleno leito do rio Ipanema, com várias atrações para um dia de lazer.


SEI NÃO! Clerisvaldo B. Chagas, 9 de agosto de 2013. Crônica Nº 1065 Foto: (semiaridobahiablog). A caatinga , palavra origi...

SEI NÃO!



SEI NÃO!
Clerisvaldo B. Chagas, 9 de agosto de 2013.
Crônica Nº 1065

Foto: (semiaridobahiablog).
A caatinga, palavra originária do tupi-guarani, que significa “mata branca”, é o único sistema ambiental exclusivamente brasileiro. Possui extensão territorial de 734.478 km², correspondendo a cerca de 10% do território nacional.  Ela está presente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e norte de Minas Gerais. Infelizmente o homem tem revirado esse Bioma de cabeça para baixo, principalmente a partir dos anos 60, quando surgiu financiamento para desmatar. Com essas intervenções ininterruptas, o homem, já alterou 80% da cobertura original. Achamos pouco apenas 1% da sua área protegida em 36 unidades de conservação. Essa imensa região de cobertura vegetal caatinga, está sujeita às secas cíclicas e muitas vezes prolongadas que afetam diretamente o ser humano em todas as questões. A recuperação do bioma é muito rápida, mas as ações das derrubadas são as maiores inimigas da caatinga que traz, além de arbustos e cactáceas, várias árvores de porte como o cedro, braúna, craibeira, ipê, pereiro, angico, aroeira, juazeiro e o sagrado imbuzeiro tão decantado por escritores e poetas nordestinos. Destacam-se ainda, o mandacaru, facheiro, xiquexique, coroa-de-frade, rabo-de-raposa, alastrado, rasga-beiço e muitas outras representações de nome.
As temperaturas médias anuais são elevadas e oscilam entre 25 e 29 graus, sendo a região do clima semiárido de solo pedregoso e arenoso. Na caatinga temos o fenômeno das trovoadas que acontecem em Alagoas e Pernambuco entre os meses de novembro a janeiro, mas também fugindo às regras do passado. A pluviosidade vai para 800, 900 milímetros, contudo, há lugares com índice em torno dos 200.
Mesmo com muita propaganda sobre conservação da natureza, a cobertura vegetal do semiárido continua sendo atacada com as mais diferentes finalidades. Material para fornos de padarias, fornos de carvão, cerca de estacas e tantas outras serventias, inclusive medicinais. Vê-se que o arcaico machado chegou muito antes da conscientização e assim permanece nesse ingrato desafio. Nesse momento em que a estrela é o bioma amazônico, não é fácil mudar o foco para os problemas seculares invasores da flora nordestina. Falta ainda o grande grito de independência do matuto, do carrapicho, do macaco. SEI NÃO!.