XILOGRAVURA Clerisvaldo B. Chagas, 2 de maio de 2014 Crônica Nº 1.180 Interessante como a moda vai, rodeia o mundo e volta. P...

XILOGRAVURA



XILOGRAVURA
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de maio de 2014
Crônica Nº 1.180

Interessante como a moda vai, rodeia o mundo e volta. Primeiro surge como necessária e criativa. Após avanços na área, desaparece, passa a ser obsoleta e, tempos depois, retorna como chique. Entre outras coisas, citamos como exemplos o disco de vinil, sonho quase inalcançável para os cantores da época e, a fotografia em preto e branco. Assim também foi o surgimento da xilogravura no Brasil, principalmente no Nordeste, atrelada de mesmo à chamada literatura de cordel.
Dizem que essa arte pode ter sido inventada na China e já era conhecida desde o século VI. Durante a Idade Média ela teria sido forte no ocidente, tendo outros desenvolvimentos criados no Japão e em mais lugares.
Para quem ainda não sabe o que é xilogravura, costuma-se defini-la como uma “técnica de gravura na qual se utiliza a madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado”. Lembre-se de um carimbo mais antigo. Na xilogravura, o artista entalha na madeira com um instrumento cortante. Ali é impressa a figura que se pretende imprimir. Depois, usa-se um rolo de borracha com tinta, tocando só as parte mais elevadas. A impressão sai em alto relevo em papel ou outro material específico.
A xilogravura passou por algumas etapas de melhora, porém, com a invenção de processos de impressão a partir da fotografia, a xilogravura passou a ser considerada antiquada, assim como tipografia para gráfica.
Vários livros no mundo foram ilustrados através dessa arte tão antiga. Atualmente ela é mais utilizada nas artes plásticas e no artesanato, mas tem ressurgido muito forte com seu inseparável parceiro, o cordel.
Assim como os folhetos nordestinos também chamados de cordel, romance de feira e outras denominações possuem os seus grandes nomes, autores imortais de folhetos clássicos como “João Grilo”, “Cancão de Fogo”, “Pavão Misterioso”, “Pedro Malazarte”, “A Chegada de Lampião no Céu”, a “Índia Neci”, “O Cachorro dos Mortos”, “Dioguinho” e “Antônio Silvino”, “A Peleja de Serrador e Carneiro” ou “A Peleja de Severino Pinto e Severino Milanês”, também entre os parceiros de capa de inúmeros folhetos, vários xilógrafos ou xilogravadores tornaram-se famosos, procurados e respeitados nessa arte.
Volta, então, para alegria geral a moda simpática da XILOGRAVURA.
* os nomes dos autores das ilustrações, estão nas figuras.




AGRIPA TRANSPARENTE ENCERRA O MÊS Clerisvaldo B. Chagas, 1º de maio de 2014 Crônica Nº 1.179 SÍMBOLO DA AGRIPA Diante de um...

AGRIPA TRANSPARENTE ENCERRA O MÊS



AGRIPA TRANSPARENTE ENCERRA O MÊS
Clerisvaldo B. Chagas, 1º de maio de 2014
Crônica Nº 1.179

SÍMBOLO DA AGRIPA
Diante de uma chuva fina e continuada, a Associação Guardiões do Rio Ipanema – AGRIPA realizou a sua última sessão do mês de abril, na segunda-feira (28) em sua sede provisória, Escola Professora Helena Braga das Chagas, no Bairro São José.
Lida a Ata da sessão anterior e o Expediente, o presidente Sérgio Soares Campos, pôs à mesa a Ordem do Dia. Entre outros itens foram preenchidas as vacâncias relativas ao Conselho Fiscal, complementando assim o quadro desejado para outros passos importantes. Ficou acertado também que a AGRIPA distribuirá cinco mil panfletos (ganhos) com apelos aos cidadãos e cidadãs santanenses sobre as ações em favor do meio ambiente. Assim, duas empresas importantes, como essa, juntam-se aos guardiões por melhor qualidade de vida no município e no resgate do rio Ipanema e seus afluentes. Foi apresentada, discutida e aprovada a iniciativa em enviar convites através de ofícios pessoais aos Vereadores, a Secretária da Saúde, da Ação Social, do Meio Ambiente, Gerência da CASAL e representante da OAB. Cópia poderá ser divulgada pela Imprensa como garantia dos trabalhos propostos. O dia 21 de maio (quarta-feira) seria o dia desse encontro com os representantes do povo para traçar estratégias e comprometimento em salvar o trecho urbano do rio Ipanema. Está em pauta: lixo comercial, entulhos, lixo residencial, pocilgas, fossas do hospital antigo e o atual, esgotos e fossas residenciais, cercas de arame no leito e nas margens avançadas do rio e riachos, extração de areia, entulhos, garagens, casas de prestação de serviço e residências debaixo de ponte do rio Ipanema e foz do Camoxinga, lava a jato, construções avançadas. A elaboração de leis ambientais do município será cobrada.
 A AGRIPA quer dividir responsabilidades em parceria.
A AGRIPA também está funcionando como centro de informações, sobre o rio Ipanema, como prevíamos. Escolas têm procurados os guardiões com frequência, para passeios, palestras, informações, pesquisas sobre o rio Ipanema, inclusive sobre sua economia, caso de alunos de curso superior.
Foi ainda durante a sessão, designado o novo guardião Jessé Alexandre de Barros, como representante da AGRIPA, para acompanhar as palestras sobre resíduos sólidos, da Secretaria de Recursos Hídricos do estado, a convite daquela pasta.
Após a Palavra a Bem da AGRIPA (vários assunto abordados) quando o guardião Ariselmo Melo falou do êxito da sua missão no rio Ipanema com os alunos da Escola Cenecista Santana, chegou o Tempo de Estudos, ocupado pelo vice-presidente Clerisvaldo Braga das Chagas.
Em não havendo mais nada a tratar, o Orador Ariselmo Melo fez uma avaliação dos trabalhos e o presidente encerrou a sessão.

EMBOLADA: TURISMO NO SERTÃO Clerisvaldo B. Chagas, 29 de abril de 2014   Crônica Nº 1.178 Por que não trazem o turismo para o...

EMBOLADA: TURISMO NO SERTÃO



EMBOLADA: TURISMO NO SERTÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 29 de abril de 2014
 Crônica Nº 1.178

Por que não trazem o turismo para o sertão? O embolador acha que é porque os mandões desprezam o interior:

Quero ver
Quero ver                  (Estribilho)
O turismo no sertão

O turismo no sertão
Visto pelo palacete
É pobreza no cacete
Muito rato no porão
Vaca puxando cambão
Fome matando inocente
Doença no pé do pente
Indústria de picolé
Velho tomando rapé
Menino faltando dente

Quero ver
Quero ver
O turismo no sertão

O grande não põe beleza
Só ver estrada de barro
Criança, choro, catarro
Dengue, maleita, fraqueza
Cachorrada, safadeza
Fedor de pai de chiqueiro
Piniqueira, maloqueiro
Calça remendada e bicho
Catingueira e carrapicho
Assaltante e maconheiro

Quero ver
Quero ver
O turismo no sertão

O mandão diz que não pode
Ter turismo no sertão
Fala mal da região
Que água é mijo de bode
Seu teatro é o pagode
Trem de ferro é o jumento
Tocar pife é um talento
Fivela de cinto é nó
Cidadão é arigó
Tamborete é um assento










Quero ver
Quero ver
O turismo no sertão

Elogio se entrega
Como a doença do rato
O filé mais caro é fato
Onde a fateira trafega
O fiado da bodega
É chamado prestação
Xumbrego é fazer sabão
Sem juízo é azoado
Gay não passa de viado
Sujeito frouxo é cabrão

Quero ver
Quero ver
O turismo no sertão

Pra que turismo em sertão?
Pensa assim o manda chuva
No sertão só tem saúva
Seca, miséria e ladrão
Calango, camaleão
Velhinha da boca funda
Cará, piaba, candunda
Cachorro que morde o rabo
Raposa e cavalo brabo
Urtiga que coça a bunda

Quero ver
Quero ver
O turismo no sertão

Sertão só tem embolada
Muito horror e desembesto
Só se vota de cabresto
Só se mata de emboscada
Piparote é malacada
Urubu é azulão
Talo de jaca é bambão
Troca de tapa é lundu
Mulher feia é jaburu
Pra que turismo em sertão?

Quero ver
Quero ver
O turismo no sertão         FIM