QUANDO A PESQUISA AJUDA Clerisvaldo B. Chagas, 16 de novembro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.782 TERREM...

QUANDO A PESQUISA AJUDA


QUANDO A PESQUISA AJUDA
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de novembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.782

TERREMOTO. Foto: (Thomas Peter).
Muitas vezes a ciência surpreende o homem nos diversos segmentos do saber. São coisas que contraria a lógica da maioria das pessoas que olham apenas para um lado. Quando todos querem matar a cobra, o escorpião, o sapo... Outros procuram salvá-los e até cria-los para estudar os venenos e salvar vidas. A Natureza também aparece com vulcões considerados inimigos. Mas, a ciência vai lá e encontra meios de – através deles – produzir energia elétrica. E assim é com o Sol, com as marés, nas pesquisas em favor da humanidade.
Os terremotos, apesar dos avanços da Geologia e da Geodésica ainda são de difíceis previsões, mas a cooperação entre chineses de diferentes ideologias, trás um olhar novo sobre os velhos problemas que fazem medo ao mundo. “Alguns terremotos geram anomalias eletromagnéticas antes de ocorrer”. É aí que entra um estudo de cooperação entre China e Taiwan em relação a um satélite de detecção dessas ondas eletromagnéticas. E essa cooperação entre os dois tradicionais “bicudos” poderá lançar o tal satélite de poder preventivo para o próximo ano. Caso dê certo, esta ação será um dos grandes feitos do homem em defesa da vida contra as surpresas naturais vindas do interior da Terra. Para a humanidade, principalmente das áreas situadas sobre divisórias de placas tectônicas, pouco importa de onde venha o benefício. E se a China vive às arengas com Taiwan, seu sangue, nem interessa.
Agora, de fato o projeto era secreto até o mundo todo ficar sabendo. E secreto por quê? Porque os satélites podem ter um importante uso militar, localizando radar inimigo ou centros de lançamento de mísseis. Bem que tem a ver com os foguetes que os próprios chineses inventaram e nós os usamos para espocar nas festas e os militares para jogar bombas.
Mas, que adianta ficarmos pensando nos malefícios futuros da invenção? Deixe que venha o satélite com o aviso como um grito de gente, segundo meu Sertão: “Corra, rebanho de peste que o terremoto vai chegar!”




AS COBRAS DE MARAGOGI Clerisvaldo B. Chagas, 14 de novembro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.780 MARAGOG...

AS COBRAS DE MARAGOGI


AS COBRAS DE MARAGOGI
Clerisvaldo B. Chagas, 14 de novembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.780

MARAGOGI. Foto: (Agência Alagoas).
Quando existe alguma alteração na natureza, a atenção de especialistas é fundamental para esclarecer. Além do conhecimento da área o perito age mesmo como qualquer investigador de polícia. E se cada profissão não tivesse desafio, qual a graça de exercê-la? É o caso do avanço do mar no litoral alagoano, motivo que leva vários agentes às investigações como geólogos, oceanógrafos e vários outros cientistas. Mas o caso do aparecimento de cobras cascavéis no município de Maragogi pode ser até que tenha alguma causa natural, mas a primeira vista nos parece a mais razoável as denúncias de criadouro na área. Como podem surgir de repente cobras picando o povo sem se saber de onde elas vieram?
O bioma de Maragogi não é o favorito de cascavéis, que agem no semiárido. Ações humanas acabaram com quase toda a flora e, essa coisa de mistério, parece nem ser tão misteriosa assim. Se no local de denúncia de criadouro e soltura clandestina ou acidental nada foi encontrado, não quer dizer tudo. As cobrinhas, coitadas, não caíram do céu e nem vieram com a ressaca do mar. Ainda bem que estão por ali o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL), Secretaria de Saúde (Sesau), Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). É muita gente procurando ver o que pode fazer.
Para nós, o caso é de polícia. O mais provável é que alguém em trânsito tenha feito à soltura ou por acidente ou pelo medo de ser pego por órgãos ambientais. Mas as denúncias que fizeram de criadouro na região têm muito sentido e tempo suficiente para qualquer um se livrar de todas as provas. Cobra não fala, cobra pica. Vamos aguardar o desenrolar da coisa que pode trazer o inesperado como causa. Entretanto, para nós, as pistas maiores estão nas denúncias. Onde há fumaça, diz o povo, há fogo. O diabo é quem vai dialogar com serpente, mas como se livrar do ditado: “De onde menos se espera sai à cobra”? Longe de ofídios, Zé, que isso não combina com as belezas de Maragogi.






PARA ONDE VAI SANTANA? Clerisvaldo B. Chagas, 13 de novembro de 2017 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.779 BR-316 ...

PARA ONDE VAI SANTANA?


PARA ONDE VAI SANTANA?
Clerisvaldo B. Chagas, 13 de novembro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.779

BR-316 no Bairro Camoxinga. Foto: (Clerisvaldo B. Chagas).
 Quando meu amigo arapiraquense – depois de visitar alguns lugares de Santana – perguntou-me sobre o plano de expansão da cidade, eu não soube responder. Ele não me falou, mas sendo uma pessoa ligada à indústria, tive a impressão de que pretendia investir em lugares promissores. Como a cidade ainda hoje cresce seguindo trilhas de carro de boi e vereda de bode preferi não arriscar em terreno desconhecido. Isso é coisa para a burocracia administrativa longe até do planejamento de moradia do cidadão comum. Pretendo morar em outro lugar, mas qual seria o lugar? Sem nenhuma perspectiva vamos na “oitiva”, como diziam os mais velhos.
A região norte puxa para o sítio Barroso, formando o novo lugar apelidado Quilombo. Indo para a região sul, vamos encontrar a saída para Olha d’Água das Flores que vai aos poucos tomando feição do futuro quarto comércio de Santana. (O primeiro é o centro e o prolongamento que ora se estende até a UNEAL. O segundo é o do Bairro Camoxinga. O terceiro é o do início do Bairro Domingos Acácio). Quer dizer, as saídas Leste e Sul de Santana do Ipanema, no momento, são as duas regiões que têm as melhores perspectivas para comércio e serviços. A região oeste toda parece que não vai adiante. Fora isto, o miolo da periferia, mais perto, vai sendo lentamente ocupado por loteamento residencial.

Mas se a saída Santana – Maceió (zona leste) está vivendo melhores dias para investimentos; e a saída Santana – Olho d’Água das Flores (zona sul) também desperta para comércio, onde faríamos o nosso polo industrial? Com certeza teria todas as vantagens à zona oeste, logo após as últimas casas do perímetro urbano. A principal dela seria a BR-316, mas outras, como o relevo se sobressaem como escolha para isso.  Sim, sabemos perfeitamente que tem uma cabeça de burro enterrada contra a indústria em Santana, mas um dia ela será desenterrada, porque nem cabeça de burro nem dono de cabeça de burro dura eternamente.
Dentro da parte física e social mostrei ao amigo as regiões da minha cidade, até porque planejamento se faz também com Geógrafo, Urbanista e Cartógrafo, mas... Onde? O futuro dirá.