MIOLO DE POTE Clerisvaldo B. Chagas, 23 de fevereiro de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.849 Estátua de Santa...

MIOLO DE POTE


MIOLO DE POTE
Clerisvaldo B. Chagas, 23 de fevereiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.849

Estátua de Santa Rita, 56 metros. Foto: (Romaria Brasil).
Semana passada encontrei-me com um artista da terra e, além da satisfação do encontro puxamos conversa de miolo de pote. E conversar miolo de pote no meu Sertão é conversar asneiras, coisas sem importância, para passar o tempo. Foi aí que falei sobre uma vontade que eu tinha de fazer uma campanha para implantar uma estátua de Santa Ana com 35 metros, no serrote do Cruzeiro, em Santana do Ipanema, Alagoas. Uma estátua como a do padre Cícero no Juazeiro do Norte, cuja base é um grande redondo comercial. No entorno da estátua seria construído um horto artificial com as maiores árvores da caatinga. Mas aí o meu amigo, falou: “Mas o prefeito me disse que vai mandar fazer uma com 60 metros e vai ficar numa outra serra porque o cruzeiro é rochoso. Inclusive, falou-me ainda que os encarregados já estão agindo”.
Para comparar fui buscar a estátua de Santa Rita de Cássia, em Santa Cruz, Rio Grande do Norte com 56 metros, a maior estátua sacra do mundo. A de Nossa Senhora Aparecida, no vale do Paraíba com 50 metros (400 toneladas) em aço inoxidável. A estátua de Nossa Senhora de Fátima, no Crato, com 45 metros. Frei Bruno, em Joaçaba, com 37 metros, em fibra de vidro. A estátua do padre Cícero, em Juazeiro do Norte, com 27 metros. São Francisco de Assis, no Canindé, com 25 metros (25 cm a mais do que o Cristo Redentor do Rio de Janeiro). As grandes imagens sacras atraem os romeiros, alavancam o turismo e casam com a economia local. Nesse lépido giro pelo Brasil, justificam-se os grandes monumentos sacros em tradicionais lugares de romarias. Essas cidades procuram oferecer mais aos seus visitantes, mas também de olho nos benefícios trazidos por eles, inclusive, a divulgação extraordinária do lugar.
Mas será que Santana do Ipanema vai mesmo ganhar uma estátua de 60 metros de altura? Seria a maior do Brasil e do mundo. Muito mais difícil de que confeccioná-la seria mantê-la sem vandalismo no topo da serra Aguda a três ou quatro quilômetros da cidade. Mas eu estudo direitinho o semblante do meu amigo artista que diz como quem está se livrando de grande responsabilidade: “Eu mesmo não acredito!”.
Caso o prefeito tenha dito que será construída a estátua, não vejo porque não acreditar. E se seria ou não a maior do mundo, pouco importa. Acho que Senhora Santa Ana merece e iria gostar.
Sim, vamos continuar o nosso miolo de pote...                                                 







LANÇAMENTO DE LIVRO DIA 17 Clerisvaldo B. Chagas, 22 de fevereiro de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.848 CAP...

LANÇAMENTO DE LIVRO DIA 17


LANÇAMENTO DE LIVRO DIA 17
Clerisvaldo B. Chagas, 22 de fevereiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.848

CAPA DO LIVRO 230. FOTO: (CLERISVALDO B. CHAGAS).
Finalmente confirmado o lançamento do livro “230”, do escritor Clerisvaldo B. Chagas, no próximo dia 17 de março (sábado) às 20 horas, em cujo local será divulgado amanhã. O livro/enciclopédia é uma homenagem do autor aos 230 anos de Santana do Ipanema (1787-2017). Trata-se de um monumento iconográfico à cidade, numa coletânea de fotos de edifícios e lugares históricos pela ordem cronológica, acompanhados de legendas explicativas, datas e datas aproximadas. É um trabalho inédito e único, destinado a um ciclo fechado de 100 guardiões da cultura santanense. A enciclopédia acha-se dividida em seção normal com 131 fotos do autor; e seção nostalgia com 83 fotos de domínio público, em papel couchê e de forma artesanal com a marca da Gráfica Impresgraf, de Santana do Ipanema. As fotos nostalgia são apresentadas com a própria história de borrões, riscos, amassos, indicando repasses, abandono, carinho e esquecimento. O citado livro, capa-espiral, terá a apresentação dos escritores santanenses Fábio Campos e Marcello Fausto. 
Previsto para agosto do ano passado, o trabalho não ficou pronto devido a alguns problemas técnicos da gráfica, mas que foram superados com paciência e compreensão de todos os parceiros envolvidos.
    Após o livro “230”, o autor enfrentará novas batalhas para publicar outras 09 obras inéditas, como: “Deuses de Mandacaru” (romance), “Fazenda Lajeado” (romance), “Papo-amarelo” (romance), “Colibris do Camoxinga” (poesias), “O boi, a bota e a batina; história completa de Santana do Ipanema” (didático), “Maria Bonita, a deusa das caatingas” (documentário), “Barra do Ipanema, um povoado alagoano” (histórico), “Repensando a Geografia de Alagoas” (didático) e “Padre Cícero, 100 milagres inéditos” (documentário).
O lançamento do livro “230” será uma noite sertaneja agradabilíssima.  
O ciclo espontâneo de 100 livros acha-se completo, havendo a possibilidade mínima de desistência, para tantos pedidos extras que vão surgindo.
Logo os convites estarão circulando.



  VAMOS A PARICONHA Clerisvaldo B. Chagas, 21 de fevereiro de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1847 PARICONHA. Fo...

VAMOS A PARICONHA


 VAMOS A PARICONHA
Clerisvaldo B. Chagas, 21 de fevereiro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1847
PARICONHA. Foto: (Rádio Jornal Web).

Caso você deseje fazer um “tour” pela região serrana do Sertão alagoano, não esqueça Pariconha. O município fica distante da capital, sim. A cidade é a mais longínqua de Maceió, dentro dos seus 354 km, rumo ao extremo oeste. O município faz fronteira com Pernambuco diante do rio periódico Moxotó. Pariconha foi emancipada de Água Branca, em 7 de abril de 1992, sendo seus cidadãos conhecidos como pariconhenses. O município começou a ser habitado no início do século XIX com fazenda de gado miúdo. O nome Pariconha tem origem num pé de ouricuzeiro que havia onde hoje é a sede. Seus frutos eram formados de duas partes chamadas “conhas”. Dizia-se: um par de conhas. Com o tempo veio à junção Pariconha.
Seu território pertence à Microrregião Serrana do Sertão Alagoano e tem como padroeiro o Sagrado Coração de Jesus, cujos festejos acontecem no mês de novembro. Ali chegou logo cedo um grupo de índios jeripancós – originários de Tacaratu, Pernambuco – e habitou a serra do Ouricuri, próxima da cidade. Pariconha é um pequeno núcleo que se moderniza com seus 10.684 habitantes, numa altitude de 401 metros e um território de 260.858 k2.  Suas imediações são Delmiro Gouveia, Água Branca e Mata Grande.
Para quem gosta de narrações sobre cangaceiros, a região oferece boas histórias, pois, ainda como povoado, Pariconha sofreu duas ou três invasões por Virgolino Ferreira e asseclas, antes mesmo de se tornar conhecido como Lampião. (Lampião em Alagoas, do mesmo autor). Ali também atuou o pequeno bando dos Porcino, o qual Virgolino se enturmou quando seus pais vieram de Pernambuco para morar em Alagoas.
Rodar pelo Alto Sertão do estado, vai ficando cada vez mais fácil devido o asfalto por todos os lugares. A região serrana, além do clima diferenciado, oferece belas paisagens entre serras e vales verdejantes onde a vista se espraia. Saindo de Maceió a Pariconha a viagem pode ser através de Arapiraca, Batalha, Delmiro Gouveia ou através da BR-316, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema, entroncamento do povoado Carié.
Muitas novidades podem surpreender o homem da cidade grande, nessas turnês pelos sertões de B. Chagas. Vamos experimentar chegando à cidade do par de conhas.