FEIRA DO PEIXE VIVO E DO VIVO LADRÃO DE PEIXE Clerisvaldo B. Chagas, 5 de abril de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônic...

FEIRA DO PEIXE DO VIVO E DO VIVO LADRÃO DE PEIXE


FEIRA DO PEIXE VIVO E DO VIVO LADRÃO DE PEIXE
Clerisvaldo B. Chagas, 5 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.873
 
Feira do peixe vivo. (Agência Alagoas).
Muito boa à ideia de vender peixe vivo. O consumidor tem a plena garantia de que o peixe é sadio e abatido na hora. É escolher o que lhe achar conveniente, mandar abater, preparar, pagar e bater em retirada satisfeito da vida. O inconveniente de preparar o produto em casa desaparece e o prazer de saborear um produto fresco aumenta. Essa prática de vender peixe vivo sempre acontece em época de Semana Santa, em Maceió, mas deveria se estender por todos os lugares. E se a prática é boa para o consumidor, deve ser melhor ainda para o comerciante, geralmente, proprietário da própria piscicultura. É que assim ele divulga o seu criatório e não irão faltar compradores no dia a dia.
No Sertão o negócio é diferente. Para se criar o peixe, o uso pode ser no açude da fazenda ou em lugar adequado para a piscicultura. Quando no açude, a técnica exigida é desprezada. Cria-se o peixe sem nenhum compromisso. Muitas vezes eles estão esqueléticos, somente com o couro por cima da carcaça por falta de alimento. Quando criado dentro da técnica, o peixe se desenvolve como em qualquer outro lugar do Brasil. Mas o grande inimigo de um modo ou de outro é o ladrão de peixe que não tem hora do dia ou da noite para espreitar e meter a mão no alheio. Pelo dia, o morador da fazenda não pode sair de casa, pois o ladrão já sabe seu dia de ir à feira. Pela noite, somente se livra dos bandidos se dormir na tocaia.
Geralmente os ladrões são tarrafeiros profissionais em busca do produto. São muito bem informados e sabe exatamente as fazendas e sítios onde encontrar o que procuram. Até mesmo o tipo de peixe do criatório de Fulano e Beltrano. Muitas vezes o próprio morador da propriedade escancara às porteiras na base da propina. Sendo assim, fica difícil criar peixe nas fazendas do Sertão. Dizia um amigo: “Ninguém vai matar um peste por causa de um peixe”.
Outra coisa interessante é que quase sempre se sabe quem são os viciados, mas não é fácil pegá-los com a boca na botija.
Fazer o quê?

O CARRO DE BOI AINDA É REI Clerisvaldo B. Chagas, 4 de abril de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.872   CARRO...

O CARRO DE BOI AINDA É REI


O CARRO DE BOI AINDA É REI
Clerisvaldo B. Chagas, 4 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.872
 
CARROS DE BOI. FOTO: (ALAGOASNANET).
A reportagem da Rede Globo sobre a mudança de uma família mineira de uma fazenda para outra, bem exaltou o carro de boi. Transporte antigo do Brasil, o carro de boi ainda se encontra presente em quase todo o território nacional, servindo nas fazendas. Enfrenta os serviços mais pesados com sua rudeza preparada à base de madeira nobre e algumas peças de ferro. É ele construído em fabriquetas cujos artesãos possuem a experiência e o amor pelo trabalho complexo e admirável. No caso da mudança apresentada na televisão, mais de vinte carros de bois foram precisos, inclusive, em dias chuvosos. Com eles seguiram todos os móveis, utensílios e bichos da fazenda. Uma vizinhança solidária em todos os eventos regionais.
Normalmente o transporte usa duas parelhas, como os bois da frente, chamados bois de cambão e, os de trás denominados bois do coice. Mas, conforme a necessidade, até oito parelhas são vistas puxando um carro, bem como apenas dois bois nas tarefas mais simples. Dentro de uma fazenda, mesmo com todo aparelhagem motorizada, sempre tem o “pau para toda obra”, que enfrenta todos os tipos de terreno, levando peso e trazendo em todos os recantos da propriedade. É bastante haver estrada que por pior que seja é rompida pelo carro de boi. Não sendo possível passar com o carro, chega à vez do jumento ou do burro com a força bruta levando caçambas, cambitos, caçuás e ancoretas. Todo boi de carro tem seu nome batizado pelo carreiro.
Fora os trabalhos da fazenda, os carros fazem parte de procissões religiosas em várias regiões brasileiras, assim como encontros de carreiros que alimentam a tradição. No caso da mudança, em Minas Gerais, o proprietário gostava tanto de carro de boi que disse possuir vinte e quatro entre pequenos e grandes. Até mesmo carros puxados por bodes bem chifrudos foram apresentados em plena ação na mudança. Aqui no Sertão alagoano somos mais acostumados com carros de carneiros, mas de bode, somente lá mesmo nas Minas Gerais. Inclusive, era um carro puxado por búfalos que seguia à frente.
Esse é o meu país, tão belo e ainda desconhecido para muitos brasileiros.

FAZENDO RIQUEZAS NATURAIS Clerisvaldo B. Chagas, 3 de abril de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.871   AMETIS...

FAZENDO RIQUEZAS NATURAIS


FAZENDO RIQUEZAS NATURAIS
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.871
 
AMETISTAS BRUTAS. (YOUTUBE).
Como a Natureza produz pedras preciosas:
Diamante. Feito somente de carbono, o diamante é uma das poucas pedras preciosas que não costumam se formar na crosta terrestre, e sim no manto, um oceano subterrâneo de magma. A pressão e a temperatura do manto, capazes de liquefazer rochas, também comprimem e fundem o carbono na forma de diamantes, que são carregados à superfície pelo magma, misturados a rochas ígneas. Em raros casos, a pressão que forma rochas metamórficas na crosta terrestre também forma diamantes.
Esmeralda. Formada pela combinação dos elementos berílio, alumínio, silício e oxigênio em uma solução aquosa, a esmeralda costuma ocorrer em veios de água quente (hidrotermais) derivada do magma nas profundezas da crosta terrestre. Quando essa solução aquosa com esses quatro elementos se resfria, a esmeralda se solidifica.
Rubi e safira. Quando magma contendo alumínio e crômio encontra bolsões de ar na crosta terrestre que contêm oxigênio, esses três elementos se combinam e formam rubis. O crômio, um elemento raro, é o que dá a cor vermelha ao rubi. Se ele não estiver presente na brincadeira, a gema formada é a safira, que costuma ser azul.
Turquesa. Parecida com a esmeralda, a turquesa vem da combinação de elementos (fósforo, cobre e alumínio) em uma solução aquosa. A diferença é que essa solução não deriva do magma do manto, e sim do infiltramento de água da superfície na crosta terrestre. Quando o infiltramento se aprofunda o suficiente para o calor evaporar a água, a turquesa se forma.
Quartzo. É formado pela evaporação de uma solução aquosa contendo átomos de silício, o que ocorre tanto em veios de água de superfície na crosta terrestre quanto em veios hidrotermais. Com a presença de certas impurezas (com o ferro) durante sua formação, o quartzo pode ficar da cor violeta, também conhecido como ametista.
Fonte: (Petrobrás e outras).
Em Santana do Ipanema tem uma mina desativada de ametistas. Detalhes no livro inédito: “O Boi, a Bota e a Batina; história completa de Santana do Ipanema”.