PILÕES DE PEDRA Clerisvaldo B. Chagas, 14 de agosto de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 1.963   PIlão de pedr...

PILÕES DE PEDRA


PILÕES DE PEDRA
Clerisvaldo B. Chagas, 14 de agosto de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.963
 
PIlão de pedra no sítio Laje dos Frade. (Foto: Clerisvaldo B. Chagas).
A natureza caprichosa realiza gigantescas obras, mas também faz coisas menores e incríveis que encantam. Nos sertões nordestinos, costuma trabalhar com milhares de anos para esculpir em inúmeros lajeiros, lajedos ou lajeados, locais onde se acumulam as águas pluviais. São os pilões de pedra também chamados pedra d’água e caldeirão formados pelas condições climáticas, com as mais diferentes formas. Surgem esses caldeirões: côncavos, em rachaduras, espiralados, panelas e em outros formatos menos comuns. O líquido acumulado mata a sede dos animais selvagens e é usado pelos habitantes do lugar para beber e lavar roupa, principalmente. Os pilões são lugares pitorescos como pontos turísticos, encontro de moradores e agradabilíssimo para convescotes.
Estão incluídos em nosso projeto os registros de todos os pilões de pedra do nosso município, zona rural. Surgirão graficamente em número e localidades onde se encontram, ficando à inteira disposição dos pesquisadores, inclusive, mapeados. Farão parte também todos os riachos significativos, as fontes naturais, lagoas e os artificiais açudes e barreiros. Além disso, todos os sítios terão suas origens reveladas, com históricos pequenos ou grandes e fotos dos seus principais atrativos. Teremos mapas de alta qualidade confeccionados por ilustres profissionais da terra: mapa de relevo, hidrografia, vegetação, clima, rodoviário/político e temáticos.
Voltando aos pilões de pedras, muitos se tornaram famosos na região de Santana do Ipanema, Alagoas, mas ficaram alheios ao foco pelo modernismo que faz esquecer as tradições. Hoje todas as formas atrativas do campo são procuradas pelos que fazem o turismo rural. Esses magníficos trabalhos rochosos com seus ornamentos particulares, serão valorizados por nós e apresentados carinhosamente ao mundo.
Em torno desses lajeiros, nascem pequenos cactos como a coroa-de-frade, o rabo-de-onça... E outros ainda são multicoloridos pelos minúsculos animais que a eles se agregam.
Setembro vai chegar.

NO CAMPO E NA CIDADE Clerisvaldo B. Chagas, 13 de agosto de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 1.962    (Fo...

NO CAMPO E NA CIDADE


NO CAMPO E NA CIDADE
Clerisvaldo B. Chagas, 13 de agosto de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.962
 




 (Foto: Escritor Marcello Fausto, Diretora de Cultura Gilcélia Gomes e o escritor Clerisvaldo B. Chagas, na entrega do Projeto Resgate do Campo).
No estado ou em uma cidade, sempre costumamos ouvir de habitantes que a região, a cidade ou os bairros A e B, estão abandonados. Baixando para as cidades fica mais fácil entender os reclamos sociais porque o aglomerado urbano facilita as queixas. Mas a zona rural sofre dos mesmos males do abandono e, talvez, com mais razão do que a sede municipal. Conhecer a totalidade da área a ser administrada nos parece ser um quesito fundamental para qualquer gestor. Isso, porém, não garante a firmeza das ações que depende da boa vontade administrativa e não política. Mas dividir as áreas de administração seguindo determinados critérios torna mais fácil a eficácia a quem se propõe a gerir qualquer município, grande ou pequeno.
Assim uma cidade pode ser dividida pelos pontos cardeais e colaterais, por exemplo: zona Norte, Sul, Leste e Oeste, Nordeste, Sudeste, Sudoeste, Noroeste, com ouvidores distribuídos entre elas. Assim as comunicações e inspeções constantes, trazem resultados rápidos à central, fazendo com que também decisões rápidas solucionem os problemas dos bairros. Também dividimos os sítios – menores unidades políticas do País. Particularizando a terrinha, Santana do Ipanema, fomos em nosso projeto dividi-la em 10 regiões, cujas cabeças seguem a tradição, a importância estratégica e os trajetos com seus ramais. Sendo mais fácil para o planejamento, será fácil para a administração.
Classificamos para o nosso trabalho as denominações regionais: 1 - Camoxinga dos Teodósio; 2 – São Félix; 3 – Areias Brancas; 4 – Jaqueira; 5 – Sementeira; 6 – Queimadas do Rio; 7 – São Bartolomeu; 8 – Olho d’Água do Amaro; 9 – Remetedeira; 10 - Pedra d’Água dos Alexandre. A ordem das nossas ações, não segue a numeração acima. Iniciaremos pela Região da Pedra d’Água dos Alexandre, onde temos o nosso Ponto Extremo Oeste. Seguiremos pelas que oferecem menores obstáculos e terminaremos com a enorme região serrana de São Félix, grotas e planícies arenosas da Pedra Rica.
“Quer ir mais eu vamo/quer ir mais eu, vambora...”.

   

O BOI, A BOTA E A BATINA Clerisvaldo B. Chagas, 10 de agosto de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 1.961 O BOI, A...

O BOI, A BOTA E A BATINA


O BOI, A BOTA E A BATINA
Clerisvaldo B. Chagas, 10 de agosto de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.961
O BOI, A BOTA E A BATINA (ILUSTRAÇÃO: RONINHO).

“O Boi, a bota e a batina; história completa de Santana do Ipanema” é livro pronto desde 2006. É o maior documentário jamais produzido no interior de Alagoa. Sem mais esperanças pelos interesses das autoridades em publicá-lo, buscamos novos caminhos à semelhança do livro “230 Monumento Iconográfico aos 230 anos de Santana do Ipanema”. Estamos nos organizando para apresentá-lo à sociedade santanense nos próximos dias, com ênfase aos professores de Geo-História. Provavelmente, na próxima semana, estaremos convidando os professores para uma apreciação do livro através de vídeo. Juntos, discutiremos como publicá-lo, tendo como uma das alternativas o sistema de cooperativismo, tal o 230, de forma mais aperfeiçoada. Será que diante de uma população de 50 mil habitantes, somente 100 pessoas terão o privilégio de conhecer a História de Santana?
Antes ou depois, de discutirmos o assunto acima, apresentaremos o nosso Projeto de Resgate da Zona Rural. O projeto está previsto para ser iniciado em setembro com apoio do Departamento Municipal de Cultura e a Escola Estadual Profa.  Helena Braga das Chagas. Estarão envolvidos professores, estudantes, cartógrafo, geógrafos, historiadores, fotógrafos e a população rural. O trabalho visa resgatar a beleza, o potencial, os acidentes geográficos e os topônimos de mais de 130 sítios. Outros dados serão trazidos à luz como pilões de pedras, pontos extremos e muito mais. A equipe básica será formada por dois pesquisadores, um motorista, um guia e sempre que precisar, um dronista.
Todos os professores de Geo-História poderão participar dos nossos trabalhos que, tudo indica, escorregam muito para a Geografia Física Rural. Esse é um trabalho inédito no Brasil. Quer participar? Discutiremos como na reunião que será anunciada. Poderemos conversar sobre o tema sempre que você quiser na Escola Helena Braga, base do Projeto, durante o turno matutino.
Quatro paredes não foram feitas para Geografia e nem para a História.
Oportunidade única.