JUMENTO SERTÃO Clerisvaldo B. Chagas, 1 de junho de 2020 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 2.315   JUMENTO NO IPANEMA....

JUMENTO SERTÃO


JUMENTO SERTÃO
Clerisvaldo B. Chagas, 1 de junho de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 2.315
 
JUMENTO NO IPANEMA. (FOTO: B. CHAGAS).
Desde o descobrimento do Brasil, os portugueses trouxeram asnos que tiveram que se adaptar e sobreviver, desenvolvendo-se por séculos, resultando nos animais atuais. Surgiu à partir da necessidade de um animal de trabalho, forte, resistente e adaptado ao clima local. Embora de origem antiga e indefinida, existem especulações sobre sua origem. Especula-se que seja descendente de cruzamentos entre os jumentos de raças europeias (principalmente ibéricas) e africanas, como a egípcia. É utilizado para montaria, tração e animal de arado, embora seja consumido como alimento, ocasionalmente, no nordeste. Eram muito abundantes, mas com a mecanização do campo, o uso de caminhões para transporte de cargas e a utilização de motocicletas como meio de transporte seu uso ficou cada vez mais restrito, com muitos animais sendo soltos e vivendo por conta própria, muitas vezes causando acidentes de trânsito nas estradas nordestinas e outros problemas. (Wikipédia).
Na foto, vemos um jumento amarrado num campinho de futebol improvisado no leito seco do rio Ipanema. Ao redor, mato verde medicinal, inclusive, a carrapateira que dá o fruto explosivo carrapato (mamona), que produz o azeite, vermífugo e combustível. O azeite de mamona foi muito utilizado para iluminar as ruas. Hoje e sempre foi utilizado pelo carro de boi para que seu eixo fique cantador. Ao fundo da foto vê-se o serrote do Gonçalinho onde se encontra instalado um complexo de antenas. Mirante e ponto turístico fácil de ser alcançado por automóvel, o trajeto é calçado da base ao topo do serrote que deslumbra em visão parcial da parte Leste de Santana. O serrote também é chamado Micro ondas por motivo das antenas.
Em alguns lugares do sertão nordestino, já existe criador de jumentas para a produção de leite. Dizem que é um combatente da alergia e o mais parecido com o leite humano. Caríssimo o leite e, uma fortuna um queijo de leite de jumenta. O animal poderia ter tido um futuro mais generoso do que ser abandonado nas rodovias do país, alvo dos espertalhões que procuram vendê-los para o abate.
Jumento também é chamado de jegue e possui vários apelidos, muitos improvisados.
Foto detalhes da vida cotidiana e invisível do Sertão.





PASSARELA SOBRE O RIO IPANEMA Clerisvaldo B. Chagas, 31 de maio de 2020 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.314  CAMPUS...

PASSARELA SOBRE O RIO IPANEMA


PASSARELA SOBRE O RIO IPANEMA
Clerisvaldo B. Chagas, 31 de maio de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.314 
CAMPUS UFAL ( FOTO: B. CHAGAS).

Os habitantes dos bairros São José, Barragem e Clima Bom, necessitam de uma ponte sobre o rio Ipanema para se ligarem com a parte alta do Bairro Paulo Ferreira, onde estão localizados o Hospital e o Campus UFAL. Entretanto, por isso ou por aquilo, a conta pode ser reduzida com uma simples passarela repartida para pedestres e motoqueiros. Alguém dessa região que precise dos serviços hospitalares, hoje, tem que fazer um arrodeio, cujo percurso está em torno de 6 km. Caso existisse a passarela teria que percorrer somente cerca de 400 metros. A passagem de concreto seria a partir da Avenida Castelo Branco, quase ao lado da Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas até a encosta do outro lado do rio.  Ali o Ipanema deve apresentar aproximadamente, 100 metros de largura.
Caso o cidadão venha dos Bairros Clima Bom e Barragem, o arrodeio até o hospital daria até mais de uma légua de beiço como se diz no sertão (mais de 6 km). A visão de mobilidade urbana é importante como medida de conforto, economia e salvação de vidas.   Esse problema da ponte ou passarela, deveria ser abordado e defendido pelos vereadores representantes do povo) notadamente, aqueles que residem no Bairro São José e já conhecem o problema de perto. Além de facilitar a vida dos moradores desses bairros, principalmente os mais pobres, a ponte ou passarela poderiam motivar novos empreendimentos, tanto na parte alta do Bairro Paulo Ferreira, quanto na região do Bairro São José, principalmente.
Para se chegar ao hospital, saindo do Bairro São José, caminhando pelo rio Ipanema, é enfrentar o areal, se o rio estiver seco, subir uma encosta difícil, por uma vereda encostada a uma cerca de arame farpado e inúmeras pedras que podem abrigar serpentes venenosas e um matagal Dificilmente um idoso chegaria ao hospital seguindo essa trilha. A priori, algumas ruas do Bairro Paulo Ferreira, já desceram grande parte da encosta com calçamento e belas residências, porém, no lugar questionado acima, não. Somente mato e pedras. No arrodeio do Bairro São José ao hospital, percorre-se três pontes já existentes na região do Comércio e mais um aclive quase sem fim de uma rua cumprida igual a uma semana de fome. Esperamos que os representantes do povo batalhem juntos ao gestor do município por uma vitória popular de milhares de futuros usuários do vai e
Vem.  Cidade acidentada, possui muitos problemas, mas também pululam às soluções.










\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\v NAMORANDO NA FEIRA Clerisvaldo B. Chagas, 29 de maio de 2020 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2. ...

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NAMORANDO NA FEIRA
Clerisvaldo B. Chagas, 29 de maio de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.
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 FOTO: B, CHAGAS/ARQUIVO
(FOTO: DIVULGAÇÃO)



Não sabemos os critérios de espaçamento de pessoas e outras providências, mas amanhã, sexta-feira, haverá mais uma edição da Feira da Agricultura Familiar, em Santana do Ipanema, no Bairro Monumento, defronte a Secretaria da Agricultura e vizinha à Caixa Econômica. Já conhecida popularmente como “Feirinha”, o movimento antecede a grande feira do sábado, quando expõe ali produtos da terra sem nenhum tipo de veneno. A feirinha já conquistou espaço e gente para a compra dos seus produtos da terra, do criatório, das artes e da culinária campesina. Um dos  ítens da “Feirinha” que conquista a clientela exigente, é a sua limpeza no chão, nas bancas e no entorno, coisa não observada na feira grande dos sábados. Aliás, as barracas são padronizadas e atrativas. O que você espera encontrar? Raízes, hortaliças, frutas e legumes, galináceos, doces diversos diretamente do campo, não faltam.
Sempre aparecem aqueles produtos que quebram a rotina como a castanha assada, mel de abelha de flores da caatinga, coco verde, feijão-de -corda, ovos de capoeira e ovos caipiras da Associação local. Encontramos ainda artesanato de tecidos e sucatas. Os produtos não possuem atravessadores, são vendidos diretamente ao consumidor, melhorando assim a renda dos agricultores familiares que praticam a chamada agricultura de roça. O cliente também é beneficiado pois o compromisso é ofertar produtos se agrotóxicos e de qualidade. O cliente fiel da “Feirinha“ ainda pode fazer encomenda para a próxima sexta, dos produtos do campo: um pavão, um peru, ovos de guiné ou mesmo ervas medicinais que não faltam nas diversas comunidades.
As feiras em geral, iniciaram na Idade Média, quando os camponeses levavam seus produtos para a parte externa dos castelos, conseguindo chegar aos dias atuais. Lamentavelmente, os aglomerados sem critérios de organização e higiene fazem desses encontros semanais, também um foco de imundície que tange muita gente para os supermercados. Estamos falando das feiras grandes e gerais, que não conhecem regras de civilidade nem freios.  Mas a Feira da Agricultura Familiar em todas as cidades do estado, traz uma organização estudada desde o início.
Fui procurar um amigo e o encontrei na “Feirinha”. Achei estranho pois o amigo nunca foi de fazer feira, mas a resposta estava exposta: “Estava namorando cara”. Essa você não compra, conquista. Sei não... Só sei que será amanhã no Bairro Monumento.