TEMPO RICO Clerisvaldo B. Chagas, 3 de maio de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.695 Fui me vacinar contra a inf...

 

TEMPO RICO

Clerisvaldo B. Chagas, 3 de maio de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.695




Fui me vacinar contra a influenza, sob uma chuvarada que pode enganar, mas tem tudo para ser o início da nossa época invernosa. É certo que o mês de maio é o início, mas costuma ser do meio para o fim. Agora vem aguando a terra mesmo antes do final de abril. Ao chegar ao Posto de Saúde São José, tem-se uma visão maravilhosa dos arredores distantes; foi aí que pude ver as colinas que circundam Santana, completamente tomadas de chuvas sobre os nossos belos campos ora dominado pelo verde escuro. Nada teve diferente do inverno, a paisagem e a friezinha conhecida nossa. Por isso não me contive e exclamei para o agente: “Tempo rico!”. E de fato o tempo estava como o sertanejo gosta. Voltei com prazer sob a garoa que ornava o espaço.

Água escorrendo pela sarjeta, passarinhos encolhidos na fiação da rua, urubus recolhidos aos montes e gatos na beira do fogão. Cenário de inverno que nos faz refugar em algumas tarefas e pensar num agasalho, daqueles mais velhos que a gente tem em casa. Um café pequeno vez em quando, um naco de bolo de macaxeira, uma boa melodia cavernosa e um saudosismo dos melhores momentos da vida. A chuva tamborilando no telhado, as plantas agradecendo no jardim, trazem uma melancolia para matar na cama. E aquela espiada obrigatória para a rua deserta, faz parte do ritual molhado que nos iguala aos passarinhos dos fios. Estendo a vista pela crônica em acabamento e o Divino Espírito Santo cuida da devida generosa inspiração.

O cenário rural é de limpar o mato, cortar terra, fazer roça. Pena que em pleno Século XXI, ainda se veja no Sertão o cenário arcaico dos nossos antepassados: O agricultor cortando terra com arado à antiga puxado por parelhas de garrotes. Em muitos casos, nem parelhas de garrotes, mas sim, parelhas de jumentos, outros, nem parelhas, mas com uso apenas de um jumento só. Estão aí os vídeos postados na Internet pelos próprios matutos, o que fazer? Faltam os cooperativismos quando todos podem usar máquinas modernas através das suas parcerias. Mesmo assim, contemplamos a alegria sertaneja no uso do ditado popular: “Quem não tem cão, caça com gato”, embora seja ainda um processo extenuante, traz ao homem do campo a sensação do dever cumprido e comprido. Deus nos dê coragem e um coração feliz.

CHUVA NA BAIXA E NAS COLINAS (FOTO: B. CHAGAS).

 

  AMÉM, SÃO JOSÉ Clerisvaldo B. Chagas, 2 de maio de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.694   Finalmente, após ma...

 

AMÉM, SÃO JOSÉ

Clerisvaldo B. Chagas, 2 de maio de 2022



Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.694




 

Finalmente, após marchas e contramarchas, o espaço depredado da Praça das Artes, construída no governo Marcos Davi, será revigorado. Os vândalos da região destruíram o logradouro que passou a servir a ratos, baratas, mosquitos, cavalos, burros, carneiros, maconheiros e lixos colocados pelos próprios moradores, por muitos anos. O pior é que a outrora Praça das Artes, por alguns dias, é vizinha ao Posto de Saúde São José, posto de saúde este, modesto, mas muito bonito. É verdade que na onda de asfalto pelas ruas de Santana não ganhou esse benefício, porém não merece uma vizinhança desclassificada igual a que tem, não por falta de autoridade, mas pela incompreensão dos destruidores da coisa pública.

Semana passada a prefeita Christiane Bulhões emitiu ordem de serviço para reforma da Praça das Artes. Isso trouxe muita esperança para o espaço Posto de Saúde São José, sua vizinhança e todo o bairro que tem o nome do santo. Com a reforma da praça o Bairro São José consolida assim a presença pública quando a nova estrutura deverá se acoplar entre a parte alta e a parte baixa enriquecendo o trecho que já tem Corpo de Bombeiros, Justiça Federal, Posto de Saúde, escola básica de porte e DENIT. Por sinal, está havendo a festa de São José que é sempre realizada na parte alta onde está localizada a sua igreja. O Bairro São José também representa saída e entrada para o Alto Sertão com a sua vizinhança Bairro Barragem e Clima Bom.

A origem do Bairro São José vem da antiga CONHAB VELHA, na parte alta e do Conjunto Habitacional São João, na parte baixa do relevo. Foi desmembrado do grande Bairro Camoxinga, após a construção da sua igreja em uma das ruas principais, embora a principal mesmo seja a Avenida Castelo Branco onde se instala o Parque de Diversões durante os festejos ao pai de Jesus. Liga-se ao Bairro Camoxinga pela BR-316 (Pancrácio Rocha) e várias ruas paralelas. A região sempre representou muito mais lugares habitacionais de que propriamente comércio. Este ainda é insípido e falta até o básico como farmácia, açougues e muito mais.  Portanto, a praça que será reformada com disponibilidade de cerca de 600,000 reais, poderá trazer novos aspectos para o entorno do bairro. Feita a praça, divulgaremos a foto da obra.

PRAÇA DAS ARTES, DEPREDADA, HOJE. (FOTO: B. CHAGAS).

    A ÓTIMA NOTÍCIA Clerisvaldo B. Chagas, 29 de abril de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.693   Adquirido pe...

 

 

A ÓTIMA NOTÍCIA

Clerisvaldo B. Chagas, 29 de abril de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.693





 

Adquirido pela UFAL – Universidade Federal de Alagoas, o terreno onde funcionava o Campo do Ipiranga, defronte o Hospital Dr.Clodolfo Rodrigues de Melo, demorou, mas construiu o seu Campus do Sertão da Universidade Federal de Alagoas. O belíssimo complexo já foi inaugurado e suas aulas estão asseguradas no Bairro Paulo Ferreira com os cursos de graduação em Ciências Contábeis e Ciências Econômicas. Esperava-se um boom de desenvolvimento no bairro após o hospital, o que de fato aconteceu. Agora a expectativa é que o bairro desenvolva ainda mais, tanto por causa dos ensinamentos da escola quanto do funcionamento da sua própria estrutura que atrairá restaurantes, lanchonetes, dormitórios, e investimentos pelos empreendedores locais.

Naturalmente novos cursos surgirão na UFAL, atraindo mais universitários para Santana e para o bairro. Acima do Hospital saiu conversa a respeito de uma Escola Superior de Direito. Ainda chegou a ser construída pequena estrutura em um loteamento particular, mas o assunto morreu, pelo menos pela Imprensa local. Os Cursos Superiores estão bem distribuídos no espaço Santanense. Isso permite às autoridades dirigir políticas públicas para esses locais. A UFAL está na parte alta do Bairro Paulo Ferreira, defronte ao Hospital; a UNEAL na chã do Bebedouro/Maniçoba, entrada/saída de Santana em relação à capital; e IFAL, no Bairro Isnaldo Bulhões, saída para Olho d’Água das Flores, muito embora não seja sede própria.

Como foi dito no início, as obras físicas da UFAL, chamam atenção no Alto da Cajarana, pela sua arquitetura e beleza o que conta muito para visitantes, curiosos e alunos, encaixando-se além disso em atrativo turístico bem perto da serra Aguda e da Reserva Tocaia.

PARCIAL DA UFAL APÓS A CERCA. (FOTO: IRENE CHAGAS).