SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
TEMPO RICO Clerisvaldo B. Chagas, 3 de maio de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.695 Fui me vacinar contra a inf...
TEMPO RICO
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de maio de 2022
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.695
Água
escorrendo pela sarjeta, passarinhos encolhidos na fiação da rua, urubus
recolhidos aos montes e gatos na beira do fogão. Cenário de inverno que nos faz
refugar em algumas tarefas e pensar num agasalho, daqueles mais velhos que a
gente tem em casa. Um café pequeno vez em quando, um naco de bolo de macaxeira,
uma boa melodia cavernosa e um saudosismo dos melhores momentos da vida. A
chuva tamborilando no telhado, as plantas agradecendo no jardim, trazem uma
melancolia para matar na cama. E aquela espiada obrigatória para a rua deserta,
faz parte do ritual molhado que nos iguala aos passarinhos dos fios. Estendo a
vista pela crônica em acabamento e o Divino Espírito Santo cuida da devida
generosa inspiração.
O
cenário rural é de limpar o mato, cortar terra, fazer roça. Pena que em pleno
Século XXI, ainda se veja no Sertão o cenário arcaico dos nossos antepassados:
O agricultor cortando terra com arado à antiga puxado por parelhas de garrotes.
Em muitos casos, nem parelhas de garrotes, mas sim, parelhas de jumentos, outros,
nem parelhas, mas com uso apenas de um jumento só. Estão aí os vídeos postados
na Internet pelos próprios matutos, o que fazer? Faltam os cooperativismos
quando todos podem usar máquinas modernas através das suas parcerias. Mesmo
assim, contemplamos a alegria sertaneja no uso do ditado popular: “Quem não tem
cão, caça com gato”, embora seja ainda um processo extenuante, traz ao homem do
campo a sensação do dever cumprido e comprido. Deus nos dê coragem e um coração
feliz.
CHUVA
NA BAIXA E NAS COLINAS (FOTO: B. CHAGAS).
AMÉM, SÃO JOSÉ Clerisvaldo B. Chagas, 2 de maio de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.694 Finalmente, após ma...
AMÉM, SÃO JOSÉ
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de maio de 2022
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
2.694
Finalmente,
após marchas e contramarchas, o espaço depredado da Praça das Artes, construída
no governo Marcos Davi, será revigorado. Os vândalos da região destruíram o
logradouro que passou a servir a ratos, baratas, mosquitos, cavalos, burros, carneiros,
maconheiros e lixos colocados pelos próprios moradores, por muitos anos. O pior
é que a outrora Praça das Artes, por alguns dias, é vizinha ao Posto de Saúde
São José, posto de saúde este, modesto, mas muito bonito. É verdade que na onda
de asfalto pelas ruas de Santana não ganhou esse benefício, porém não merece
uma vizinhança desclassificada igual a que tem, não por falta de autoridade,
mas pela incompreensão dos destruidores da coisa pública.
Semana
passada a prefeita Christiane Bulhões emitiu ordem de serviço para reforma da
Praça das Artes. Isso trouxe muita esperança para o espaço Posto de Saúde São
José, sua vizinhança e todo o bairro que tem o nome do santo. Com a reforma da
praça o Bairro São José consolida assim a presença pública quando a nova
estrutura deverá se acoplar entre a parte alta e a parte baixa enriquecendo o
trecho que já tem Corpo de Bombeiros, Justiça Federal, Posto de Saúde, escola
básica de porte e DENIT. Por sinal, está havendo a festa de São José que é
sempre realizada na parte alta onde está localizada a sua igreja. O Bairro São
José também representa saída e entrada para o Alto Sertão com a sua vizinhança
Bairro Barragem e Clima Bom.
A
origem do Bairro São José vem da antiga CONHAB VELHA, na parte alta e do
Conjunto Habitacional São João, na parte baixa do relevo. Foi desmembrado do
grande Bairro Camoxinga, após a construção da sua igreja em uma das ruas
principais, embora a principal mesmo seja a Avenida Castelo Branco onde se
instala o Parque de Diversões durante os festejos ao pai de Jesus. Liga-se ao
Bairro Camoxinga pela BR-316 (Pancrácio Rocha) e várias ruas paralelas. A
região sempre representou muito mais lugares habitacionais de que propriamente
comércio. Este ainda é insípido e falta até o básico como farmácia, açougues e
muito mais. Portanto, a praça que será
reformada com disponibilidade de cerca de 600,000 reais, poderá trazer novos
aspectos para o entorno do bairro. Feita a praça, divulgaremos a foto da obra.
PRAÇA
DAS ARTES, DEPREDADA, HOJE. (FOTO: B. CHAGAS).
A ÓTIMA NOTÍCIA Clerisvaldo B. Chagas, 29 de abril de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.693 Adquirido pe...
A ÓTIMA
NOTÍCIA
Clerisvaldo B. Chagas, 29 de abril de 2022
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.693
Adquirido pela UFAL – Universidade Federal de Alagoas, o
terreno onde funcionava o Campo do Ipiranga, defronte o Hospital Dr.Clodolfo Rodrigues de Melo, demorou, mas
construiu o seu Campus do Sertão da Universidade Federal de Alagoas. O
belíssimo complexo já foi inaugurado e suas aulas estão asseguradas no Bairro
Paulo Ferreira com os cursos de graduação em Ciências Contábeis e Ciências
Econômicas. Esperava-se um boom de desenvolvimento no bairro após o hospital, o
que de fato aconteceu. Agora a expectativa é que o bairro desenvolva ainda mais,
tanto por causa dos ensinamentos da escola quanto do funcionamento da sua
própria estrutura que atrairá restaurantes, lanchonetes, dormitórios, e
investimentos pelos empreendedores locais.
Naturalmente novos cursos surgirão na UFAL, atraindo mais
universitários para Santana e para o bairro. Acima do Hospital saiu conversa a
respeito de uma Escola Superior de Direito. Ainda chegou a ser construída
pequena estrutura em um loteamento particular, mas o assunto morreu, pelo menos
pela Imprensa local. Os Cursos Superiores estão bem distribuídos no espaço
Santanense. Isso permite às autoridades dirigir políticas públicas para esses
locais. A UFAL está na parte alta do Bairro Paulo Ferreira, defronte ao
Hospital; a UNEAL na chã do Bebedouro/Maniçoba, entrada/saída de Santana em
relação à capital; e IFAL, no Bairro Isnaldo Bulhões, saída para Olho d’Água
das Flores, muito embora não seja sede própria.
Como foi dito no início, as obras físicas da UFAL, chamam
atenção no Alto da Cajarana, pela sua arquitetura e beleza o que conta muito
para visitantes, curiosos e alunos, encaixando-se além disso em atrativo
turístico bem perto da serra Aguda e da Reserva Tocaia.
PARCIAL DA UFAL APÓS A CERCA. (FOTO: IRENE CHAGAS).

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.