INSILBERGS Clerisvaldo B. Chagas, 17 de novembro de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.800   Vez em quando damo...

 

INSILBERGS

Clerisvaldo B. Chagas, 17 de novembro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.800



 

Vez em quando damos uma olhadinha em vídeos publicados na região Estrela de Alagoas e Canafístula Frei Damião. O pessoal parece não se cansar de tantas publicações, porém, os conteúdos em geral são esclarecedores e bem produzidos sobre feira, religião, negócios e natureza. Chamou-me atenção um deles que mostra o famoso serrote do Vento, zona rural de Estrela, em cerca de três quilômetros da sede municipal. O serrote do Vento se tornou mais visível, além da fronteira regional, depois de constar nas páginas da Geografia de Alagoas do saudoso mestre Ivan Fernandes Lima. Avista-se o serrote do Vento, ao lado do serrote do Cedro, das imediações de Estrela, na BR-316.

Tentei por várias vezes fotografar aquela maravilha com máquina poderosa, em tempos de chuvas, mas só consegui fotos prejudicadas pela umidade intensa, mesmo pegando tempo estiado. Isso para ilustrar também como o mestre Ivan, uma página do meu trabalho “Repensando a Geografia de Alagoas”. Essas tentativas foram justamente manipuladas das margens da BR-316, após as últimas casas da parte alta da cidade em direção ao Sertão. O serrote (pequena serra) do Vento é um monte de cabeça rochosa e quebradiça, de boa altitude, isolado.  É muito visitado em tempo de Semana Santa, até mesmo por pernambucanos. No caso desses tipos de serrotes, assim chamados no Sertão, são denominados em Geografia, de Inselbergs ou morros-ilhas. Faziam parte de montanhas que se desgastaram pelos arredores e, sendo mais resistentes, permaneceram firmes.

Outro serrote famoso na mesma linha, é o morro do Carié, no Entroncamento Carié, hoje povoado de Canapi. Este sim, consegui fotografá-lo de perto com seu formato de lagarta e que tem uma bela visão de quilômetros e quilômetros de planuras com fundos de montanhas. Suas rochas, tal qual as do serrote do Vento, também se apresentam rachadas, quebradas, separadas, fenômeno causado pela mudança de temperatura entre os dias e as noites.

Se o amigo ou amiga tiver coragem e pernas fortes, vale à pena galgar o cimo de qualquer um deles para melhor se deliciar com a paisagem que se deslumbra logo aos seus pés.

Espumante para comemorarmos as 2.800 crônicas, hoje.

 

 

 

  DEODORO DA FONSECA Clerisvaldo B. Chagas, 15 de novembro de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.799 Hoje, feriado ...

 

DEODORO DA FONSECA

Clerisvaldo B. Chagas, 15 de novembro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.799




Hoje, feriado nacional, quando o trabalhador vai descansar ou tomar sua cervejinha gelada, não custa nada passar uma vista em um resumo da história e que lhe estar proporcionando esse feriado. Aliás, precisamos mais leituras sadias nesse país para melhores informações porque nem só de trabalho vive o homem... E a mulher. O texto abaixo é apenas um resumo da vida de Marechal Deodoro, apresentado pela Wikipédia. Por favor, leia com atenção.

“Manuel Deodoro da Fonseca nasceu no dia 5 de agosto de 1827, na Vila Madalena de Samaúna (AL). Era filho de Manuel Mendes da Fonseca e Rosa Maria Paulina da Fonseca. O pai era militar e influenciou todos os filhos que seguiram a carreira militar e política. Sem surpresa, aos 16 anos Deodoro da Fonseca ingressou no Colégio Militar do Rio de Janeiro onde cursou Artilharia até 1847. Mais tarde entrou para a política. Participou da Revolução Praieira Guerra do Paraguai, e o cerco de Montevidéu, sendo líder do movimento antiescravista do Exército. Em 1860, aos 33 anos, casou-se com Mariana Cecília de Sousa Meireles, entretanto, nunca tiveram filhos. Além de militar, seguiu a carreira política sendo presidente da província do Rio Grande do Sul.

Deodoro proclamou a república, no dia 15 de novembro de 1889, , eao lado de republicanos e militares. Instaurou, dessa forma, um novo regime no país: a República Presidencialista.

Como o país passava de um governo monárquico para um regime republicano, o governo de Marechal Deodoro, enfrentou momentos de instabilidade política e econômica.

Governou até o ano de 1891, quando renunciou ao cargo, em 23 de novembro de 1891, decorrente de sérios problemas econômicos (Encilhamento, especulação, inflação, falência de bancos, empresas, etc.).

Também enfrentou conflitos políticos como a centralização do poder, o fechamento do congresso Nacional, censura e autoritarismo.

A presidência foi assumida pelo vice-presidente, militar Floriano Peixoto que de 1891 a 1894. Juntos, o governo de Deodoro e Floriano formaram o período que ficou conhecido com a República da Espada (1889-1894)”.

 

  PROCURANDO JEGUE Clerisvaldo B. Chagas, 11 de novembro de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.798   Terminado o ...

 

PROCURANDO JEGUE

Clerisvaldo B. Chagas, 11 de novembro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.798

 


Terminado o resgate da história dos curtumes em Santana, conferimos tudo. O documentário deve constar, quando impresso, em cerca de 50 páginas ao todo, que será mais um opúsculo de altíssimos valor histórico para o nosso município santanense. O resgate da localidade Maniçoba/Bebedouro, trás detalhes impressionantes nesse trabalho único e inédito da cidade que vai surpreender enormemente esta geração. O título já foi escolhido: “Santana: Reino do Couro e da Sola”. Uma vez quase concluída a missão, como sempre fizemos em nossas obras, todos os títulos saíram das nossas ideias, assim como as sugestões de capa, coisa que nunca abrimos mão para terceiros. Qual seria a imagem ideal para a capa?

Falamos de tantas coisas: usos, costumes, folclore, artesanato, fábricas de calçados, couro, sola, cinza, angico, cal, jumento, burro caçuás, matança, intendência, estradas, rio, emprego, comércios, chapéu de couro e assim por diante, mas vimos que a melhor capa seria a dinâmica dos transportes da época que conduziam o couro, a sola, a cinza, a casca do angico, a cal e muito mais. Daí sairmos procurando na cidade, no centro e na periferia um jegue ou burro conduzindo alguma carga. Rua acima, rua abaixo, nem um jegue, nem um burro, sequer um carro de boi. Riámos por dentro, mais forte do que aquela gargalhada kkkkkk de Whatzapp. Procurando jegue, procurando burro para uma foto supimpa e nada!... Os bichos brutos viraram motos.

Em um dia de sábado também outra vez reviramos a cidade e não encontramos um único carro de boi.

Recorremos, então, a Internet, mas nada da cena que estava na cabeça. Por fim, resolvemos fazer uma montagem, embora sejamos “pernas de pau” no manejo do computador. Finalmente saiu a capa do livro opúsculo: Santana: Reino do Couro e da Sola. Dois burros (muares) cargueiros fotografados de frente, transportando mercadoria em caçuás. Ótima e bonita estrada, ao fundo um céu vermelho de final de dia, letras brancas, pretas e intermediárias. Uma capa apaixonante que nos fez vibrar de satisfação por uma tarde inteira. Triste de quem não é desenhista. Pelo visto já estamos vivendo mesmo no tempo em que passado é de fato passado.

Que missão, hem! De caçador de jumento.

CHAPÉU DE COURO NO SÍTIO CAVA OURO, EM SENADOR RUI PALMEIRA (FOTO: MARCELLO FAUSTO).