MARAVILHA Clerisvaldo B. Chagas, 10 de julho de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.923   Situado no semiárido a...

 

MARAVILHA

Clerisvaldo B. Chagas, 10 de julho de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.923

 



Situado no semiárido alagoano, o município de Maravilha, dista de Santana do Ipanema em menos de 30 Km. E em relação a Maceió, 232 quilômetros. Seu acesso é encontrado pelos que saem da capital pela BR-316, passando por Santana do Ipanema. Segundo o saudoso geógrafo Ivan Fernandes, a cidade mostra ser um brejo de pé de serra. Alegre e ensolarada, Maravilha tem mais de 10 mil habitantes e tem como maior atração o acidente geográfico Serra da Caiçara, em cujo sopé se alinha a cidade. O seu aspecto é de uma típica urbe sertaneja, de topografia plana e suavemente ladeirosa. Sua Economia segue os demais municípios do sertão com o predomínio do feijão, milho e criatório bovinos.

Maravilha já foi chamada Cova de Defunto, quando há muito tempo houve ali um surto de cólera e, as pessoas mortas eram enterradas numa sepultura coletiva. Mas, dizem que um padre que passava por ali, achou o local muito bonito e exclamara “É uma maravilha! E assim, por Maravilha ficou sendo o nome do município que foi emancipado de Santana do Ipanema em 17.7.1958.  Com vários achados fósseis pelas imediações, foi criado o Museu Paleontológico, em 2007, onde abriga restos de animais mamíferos gigantes. Daí em diante, a cidade passou a ser conhecida nacionalmente e a receber muitas visitas de turistas e estudiosos. Maravilha também tem episódios de volantes e cangaceiros. No seu município foi assassinado à pedradas um dos irmãos Porcino, primeiro bando no qual o futuro Lampião ingressou.  (Livro: “Lampião em Alagoas”).

No acesso à Maravilha, intercessão da sua rodovia com a BR-316, existe um monumento aos mastodontes, com estátua de tigre dente-de-sabre, alguns bancos de cimento para espera de passageiros e plantas ornamentais. No centro da cidade, estátuas daqueles bichos gigantes de fósseis encontrados distribuídas pela urbe: tatu, preguiça, tigre... E ao fundo, a serra da Caiçara com mais de 800 metros de altitude, a joia da Maravilha! Caso você ainda queira, poderá visitar a cidade vizinha mais próxima, é só um pulo: Ouro Branco, antiga rival da Maravilha e de aspecto completamente

não semelhante. Tem muita gente que gosta do inverno naquele pé de serra por causa “do frio gostoso”. Habilite-se a conhecer o trecho.

CENTRO DE MARAVILHA. AO FUNDO, SERRA DA CAIÇARA (FOTO/DIVULGAÇÃO).

 

 

    NO NORTE DO BRASIL Clerisvaldo B. Chagas, 7 de julho de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.922   Nesse mome...

 

 

NO NORTE DO BRASIL

Clerisvaldo B. Chagas, 7 de julho de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.922



 

Nesse momento em que se fala tanto em preservar a Amazônia, um amigo diz que não entende bem termos parecidos que falam sobre a região. Sim, claro que o centro da conversa de preservação ao Meio Ambiente no mundo, é a Amazônia. Mas, todos os biomas, do Planeta, já desmatados ou não, exercem influências no clima, no tempo, na qualidade de vida das pessoas. Todavia, como a Amazônia é evidência global: vamos esclarecer alguns termos usados:

1.   O Amazonas – Pode ser referência ao rio Amazonas.

2.   O Amazonas – Pode ser uma referência ao estado do Amazonas.

3.   Amazônia ou Floresta Amazônica ou Região Amazônica internacional – Floresta equatorial que abrange o Norte do Brasil, e se estende até a Colômbia, ao Peru, a Bolívia, ao Equador, a Venezuela, a Guiana, a Guiana Francesa e ao Suriname (9 países).

1.   Região Amazônica do Brasil ou Amazônia Brasileira – Compreende os estados: Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso.

2.   Amazônia Azul – É a parte do mar (Oceano Atlântico) da região Amazônica brasileira que vai desde o litoral até o limite externo da Plataforma Continental Brasileira.

3.   Amazônia legal – É área geográfica delimitada pela atuação da SUDAM para promover o desenvolvimento da região.

Sempre para avançar nesse aprendizado, é fundamental estendermos diante dos nossos olhos, os mapas políticos e físicos do Brasil e da América do Sul. Não dizem que uma imagem vale por mil palavras!

Quando a Floresta Amazônica. ou Floresta Equatorial, vai descendo pelos estados brasileiros da Região Norte, encontra-se com outros biomas que se tornam seus vizinhos. É o caso do Pantanal  no Mato Grosso do Sul, do Cerrado e de parte da Floresta Tropical ou Atlântica do Maranhão que, como estado faz parte do Nordeste.

A vegetação intermediária entre um bioma e outro, na fronteira desses biomas, geralmente têm nomes geográficos ou populares de cada uma dessas localidades. E se sair puxando o fio é grande. É melhor pararmos por aqui.

FLORESTA EQUATORIAL OU FLORESTA AMZÔNICA (PIXABAY).

  PINDOBA GRANDE Clerisvaldo B. Chagas, 6 de julho de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.921   Censo de 2022, para ...

 

PINDOBA GRANDE

Clerisvaldo B. Chagas, 6 de julho de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.921

 

Censo de 2022, para uns sem surpresas em Alagoas, para outros, um susto. Mas nada de grandes novidades em se tratando da população de cada uma das cidades, para mais ou para menos. Para nós o que chamou atenção mesmo foi Maceió, Delmiro e Gouveia e Satuba. Explicaremos mais abaixo. Pindoba foi a cidade pesquisada pelo IBGE como a de menor população: 2.731 habitantes. Pindoba já foi chamada Pindoba Grande e estar situada em lugar alto imediações de Viçosa, Cajueiro... E se vê muito bem o seu acesso ao trafegarmos pela BR-316, entre Atalaia e Maribondo. Foi originária de uma igrejinha motivo de promessa e seu nome provém de uma espécie de palmeira chamada Pindoba, cujos frutos, em cachos, parecem coquinhos e são comestíveis. Seu óleo se presta a combustível para iluminação.

Maceió que havíamos colocado por fontes seguras em nosso livro “Repensando a Geografia de Alagoas” e que teria passado de um milhão de habitantes (cidade milionária) não chegou nem a um milhão, segundo o IBGE, apenas 957.916 habitantes. Temos que corrigir o erro. Delmiro Gouveia, conseguiu sair com mais de 3.000 habitantes à frente de Santana do Ipanema e, Satuba, a cidade alagoana que mais cresceu no estado. Aliás, desde que foi construída a usina hidrelétrica de Xingó, que Delmiro começou a crescer como cidade-dormitório que abrigou milhares de construtores da magnífica obra. Após, ganhou asfalto pela face até Piranhas para ligação com a capital, enquanto, na época, a BR-316 que passa em Santana estava péssima.

E voltando a Pindoba, surgiu em Santana um fiscal de renda vindo daquela cidade, gente boa e que logo se entrosou com a sociedade local. Zé Mendes, se não nos trai a memória, chegou a lecionar no “Ginásio Santana”. Não cansava de falar sobre sua terra. Certo dia convidou uns camaradas para uma visita à sua propriedade, em Pindoba. No meio estava o saudoso Juca Alfaiate que nos contou que foram surpreendidos na porteira da fazenda por um capanga armado, cara feia e exigindo a senha de entrada. Mas era tudo encenação, a senha era tomar um gole de cachaça para a passagem livre. Descoberta a brincadeira, muitas gargalhadas dos santanenses visitantes.

Era uma fase de ouro da nossa “Rainha do Sertão”.

PINDOBA (AGRO DO BRASIL).