SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
PRINCÍPIOS DA GEOGRAFIA Clerisvaldo B. Chagas, 20 de setembro de 2024 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Cônica: 3.112 Caso v...
PRINCÍPIOS
DA GEOGRAFIA
Clerisvaldo B. Chagas, 20 de setembro de 2024
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Cônica:
3.112
Caso você seja um admirador da Geografia, ama
pesquisar sozinho ou em grupo, sem muito compromisso, acostume-se a anotar suas
observações que podem ser importantes para outrem. Mas veja que se você
observar os princípios desta Ciência, ficará mais fácil alcançar o que procura.
Os Princípios da Geografia, isto é, as Leis dessa Ciência fortificarão suas
pesquisas. São cinco: Extensão, Analogia ou da Geografia Geral, Causalidade,
Atividade e Conexidade.
Extensão
–
O geógrafo localiza, delimitando em um mapa, a paisagem ou o fato geográfico
que deseja estudar.
Analogia
ou da Geografia Geral – O geógrafo compara as características da
área estudada com as de outras regiões da terra, estabelecendo semelhanças e
diferenças existentes.
Causalidade – O
geógrafo explica a origem e a evolução das paisagens por ele estudadas.
Atividade
– O
geógrafo encara a paisagem, em caráter dinâmico, admitindo que ela está em
constante mutação.
Conexidade
–
O geógrafo focaliza o fato estudado, observando as suas conexões com outros
fatos e não com fato isolado.
Os autores destes princípios, foram Frederico
Ratzel (extensão); Karl Ritter e Vidal de La Blache (Analogia); Alexandre de
Humbolt (Causalidade); Jean Brunhes (Atividade, Conexidade). Todos franceses
menos Humbolt.
Entretanto, suas pesquisas, individuais, podem
alterar a ordem dos princípios, de acordo com seus métodos e sua facilidade de
compreensão, contanto que as leis sejam aplicadas, para mais segurança e
credibilidade.
Estamos fora das atividades geográfica, porém,
surgiu um caso a ser estudado e compreendido no sítio serrano Camoxinga dos
Teodósio, em Santana do Ipanema. Ninguém sabe explicar com precisão o que
aconteceu. Pelo jeito trata-se de afundamento de terra, surgimento de fontes ou
coisas assim. Estamos aguardando uma criatura interessada no fenômeno para nos
guiar até ali, onde dizem que o local estar sendo usado com balneário. Só vendo
a coisa para estudar o comportamento da Natureza.
Estamos à disposição.
PEDRA DOS BEXIGUENTOS NO RIO IPANEMA (LIVRO
230/B. CHAGAS).
SERTÃO/HISTÓRIA Clerisvaldo B. Chagas, 19 de setembro de 2024 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.111 Vê-se na foto...
SERTÃO/HISTÓRIA
Clerisvaldo B. Chagas, 19 de setembro de 2024
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.111
Vê-se na foto abaixo, uma cena do sertão
nordestino, provavelmente de início dos anos 60. Trata-se da feira livre de
Santana do Ipanema, Alagoas, em dia de sábado. O lugar é da maior concentração
da feira, mas com certo espaço para o trânsito dos veículos rurais da época, o
carro de boi. Era ele quem trazia os produtos do campo para à venda na cidade e
vice-versa, notadamente mercadorias mais pesadas que não davam para transporte
em caçuás de jumentos, burros e éguas. O grosso desse aglomerado é no Largo da
Feira, onde se encontra até hoje o Mercado de Carne e a grande algodoeira que
comprava todo o algodão produzido na região, separava o caroço do capulho,
vendia o primeiro para o gado leiteiro regional e exportava o capulho em forma
de fardos.
A foto histórica de domínio público, mostra ao
fundo a serra do Poço, altitude que divide os municípios entre Santana e Poço
das Trincheiras. Na parte direita da foto, parte da Algodoeira do saudoso
industrial Domício Silva. Na parte esquerda, pedaço do prédio da Mercado de
Carne, mercearia destaque entre os outros prédio e beco do Mercado, (não
visível) entre o Mercado e a mercearia. O restante são as variadíssimas
situações momentânea dos feirantes. Naqueles momentos dezenas e dezenas de
carros de boi, aguardavam mercadorias no leito seco do rio Ipanema, ponto
principal de estacionamento e espera.
São essas fotos antigas, tiradas por
profissionais da época ou por algum curioso amador. O certo é que elas nos
ajudam aqui, acolá, a recompor partes da história do Sertão e, particularmente,
de Santana do Ipanema. Toda movimentação feireira estar baseada na pecuária e
na agricultura com os produtos, feijão, milho e algodão. Esta, a planta
industrial que gerava riqueza. E como vivemos esses grandes momentos sertanejos,
você pode avaliar se bate ou não a saudade!
PARCIAL DA FEIRA DE SANTANA ANOS 60 (FOTO:
DOMÍNIO PÚBLICO/ ACERVO DO AUTOR).
CURRAL DO MEIO NOVO BAIRRO Clerisvaldo B. Chagas, 18 de setembro de 2024 Escritor Símbolo do Sert...
CURRAL
DO MEIO NOVO BAIRRO
Clerisvaldo B. Chagas, 18 de setembro de 2024
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3. 110
No
município de Santana do Ipanema, existem dois sítios rurais com o nome de
Curral do Meio. Um mais distante do centro, outro nas imediações da cidade.
Portanto, Curral do Meio I (mais perto) Curral do Meio II (mais longe). Pois
bem, No Curral do Meio I, foi implantada uma estação agrícola experimental que
revolucionou a agricultura sertaneja no ano de 1925. Então, a região do sítio
Curral do Meio II, também passou a ser chamado pelo povo de Sementeira. Nos
últimos anos, dizem que a Sementeira do governo passou a ser um Reserva
Biológica, mas todos seus arredores ainda são denominados Sementeira ou Curral
do Meio. Vale salientar que antes de se chegar ao Curral do Meio I, tínhamos
que passar por outro sítio rural chamado Cipó.
Pois bem, a expansão Leste da cidade, engoliu o
sítio rural Cipó, lugar que perdeu a referência e o nome. Poucos lembram que
ali era chamado Cipó. Agora, a expansão urbana avanço pelo antigo Cipó e está
aos poucos se ligando ao sítio Curral do Meio I que têm muitas residências.
Curral do Meio I ou Sementeira, já está ligado à cidade por calçamento de
paralelepípedos. Apenas um vazio de cerca de 500 metros separa as últimas casas
da urbe com o Curral do Meio/Sementeira. Podemos dizer que, como previmos o engolimento
do sítio Cipo, com muita antecedência, Prefirimos chamar, não oficialmente já,
o sítio rural Curral do Meio/Sementeira de bairro. O mais novo bairro de
Santana. Pedimos apenas ao futuro prefeito que ao oficializar o lugar como
bairro, conserve esse belo nome tradicional de Bairro Curral do Meio.
No momento não temos nenhuma outra ameaça de
partes extremas da cidade deglutir sítios rurais. Pelo menos por alguns anos,
está tudo estabilizado. Porém, daqui para 10 anos à frente, o sítio Riacho do
Bode poderá estar ocupado. Aguardemos o impacto urbano para melhor análise após
a ligação da AL-120 com a BR-316 contornando a cidade e passando nas faldas da
serra Aguda, onde ficará a estátua de Senhora Santana. O roteiro para evitar
carros pesados entrando pela cidade, poderá fazer efeito contrário com a
própria cidade se expandido pelos novos trechos. Aí ficaria tudo no mesmo.
Aguardemos, pois.
CENTRO DE SANTANA (FOTO: B. CHAGAS).

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.