BANCO DO BRASIL Clerisvaldo B. Chagas, 9 de junho de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.245   Passei a vist...

 

 

BANCO DO BRASIL

Clerisvaldo B. Chagas, 9 de junho de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.245

 




Passei a vista no livro sobre o Banco do Brasil em Olho d’Água das Flores, do escritor Antônio Machado, lembrando que vi a construção do Banco do Brasil em sua sede própria em Santana do Ipanema. Antes o Banco funcionara no Comércio, onde fora a sede do PRODUBAN, depois, no lugar onde era a Cadeia Velha à Rua Nilo Peçanha. Não demorou essas coisas todas e iniciou a construção da sua sede própria no Bairro do Monumento, vizinho aos Correios. Lembro perfeitamente de um caminhão com a parte da grade, arreada e os homens empurrando com as pás, a carga de pastilhas para o chão. Pastilhas essas que ainda hoje permanecem na parede externa do Banco do Brasil. O encarregado da carga era o senhor Arnóbio Chagas que no momento conversava na calçada durante o serviço de descarga.

O Banco do Brasil chegou com muita moral em Santana do Ipanema, ganhando prestígio cada vez mais. Foi de fato um baluarte na sociedade sertaneja e afora a injeção de milhões e milhões em nossa sociedade, prestou ainda relevantes serviços sociais, tendo com exemplos a colaboração de muitos dos seus funcionários como professores da Escola Cenecista Santana, Ginásio Santana. Nunca tive tendência para o ramo, porém, asseguro   que vi e senti o progresso chegar e se estabelecer em Santana através do Branco. A modernização das suas linhas arquitetônicas, foram motivos de inspiração para novos estabelecimentos que tomaram chegada pelas suas imediações.

Foi em 8-2-1952, a inauguração do Banco do Brasil em Santana do Ipanema. Quer dizer, fazem 73 anos da sua existência em nossa cidade. Já em 8-7-1957, o banco fundava também a sua sede social ainda no bairro do Monumento, a Associação Atlética Banco do Brasil – AABB. E, lamentavelmente o que se diz por aí é que cerrou as suas portas.  Ficou lá ocioso o grande patrimônio físico. Outros edifícios semelhantes, dizem estão para seguir o mesmo destino. É inevitável a transformação do mundo. Mas pelo menos deveria alguém registrar as páginas gloriosas da AABB. Um livro contando os seus feitos e a sua imensa satisfação em servir funcionários do Banco e população de Santana do Ipanema.

Salve, salve...

CONSTRUÇÃO DO BANCO (FOTO: DOMÍNIO PÚBLICO). (IMAGEM DO BANCO DO BRASIL. (SEDE PRÓPRIA 1961)

FOTO: B, CHAGAS/LIVRO). 230).

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RECESSO DE UMA SEMANA. DESCANSO!!!

RECESSO DE UMA SEMANA. DESCANSO!!!

  JUNHO CHEGOU Clerisvaldo B. Chagas, 2 de junho de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.243   Entra o mês de junho...

 

JUNHO CHEGOU

Clerisvaldo B. Chagas, 2 de junho de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.243

 



Entra o mês de junho com aquela esperança do todos os junhos da tradição junina. Uma esperança forte de que o mês traga boas chuvas e naturalmente, a colheita de milho que se tenta adivinhar. Já se disse que as chuvas chegaram atrasadas para o plantio e por isso não teremos milho no mês de junho e nem julho, isto é, sobre os terrenos normais sob as ordens das chuvas. Tudo nos conformes para o plantio das áreas irrigadas. Aí chega o produto no tempo certo para a canjica, a pamonha os diversos bolos de milho das nossas mães, avós ou mesmo esposas, exímias na cozinha sertaneja. O tal “quentão” não vemos mais que era aquela bebida à base de cachaça e gengibre, feita pelas próprias mulheres para os homens. Olho no céu, olho na terra.

O céu passa o tempo todo nublado, branco como marfim, as chuvas são muito poucas, mas, dizem os especialistas que esse tempero entre Sol e chuva, é muito bom para as plantas. É muito certo que a lavoura agradece e vamos para o próximo inverno num cenário bonito e verdejante no Sertão. Porém, quem cria todo o tipo de gado, não vai gostando muito, não. Diz ele que a água que estar vindo dos céus, não vai dar para encher barreiros e açudes e assim poderá tornar mais difícil a travessia para o próximo inverno. Na verdade, ninguém nunca está satisfeito com o tempo, reclamando de alguma coisa como se Deus não entendesse o que estivesse fazendo. É preciso entender somente o seguinte: tudo tem uma razão de ser.

Podemos dizer, entretanto, que o céu do primeiro dia de junho, foi de um domingo belo, de Sol, de vitalidade e desejos de passear pelos campos. Um domingo para o abrir um mês radiante e feliz. Mas, isso não assegura de forma alguma um bom inverno. Vamos confiar no Divino, olhar para frente e marchar sempre confiante e feliz. E como o mês é de forró junino, nem estou bem-informado, onde é que vai haver forró para você aqui na cidade. Raramente uma bomba estoura por aqui, um foguete ou coisa parecida. Como foi dito, a medida em que o tempo passa, muitas coisas das tradições da gente vai arrefecendo e morre. Fazer o quê? Tudo se transforma e ainda somos felizes em vivermos essa transformação. Lembre-se das pregações de uma Nova era. Vamos com ela.

RUA E CHUVA (FOTO: B. CHAGAS).