SÓ O
IBGE SABE
Clerisvaldo B.
Chagas, 27 de novembro de 2013.
Crônica Nº 1094
Imagem de site. |
Santana do Ipanema,
cidade polo do Sertão alagoano, vai penosamente cumprindo o seu destino. Funcionando
como a capital do semiárido, intitulada há muito como “Rainha do Sertão”,
aproveita a excelência da construção civil e expande-se em todas as direções.
Os seus pontos extremos dependem apenas de loteamentos que vão derrubando a
mentalidade antiquária que predominou por décadas.
A região norte,
urbana, estira-se pelo Bairro Lajeiro Grande e aproxima-se do sítio Barroso que
em breve estará fazendo parte do bairro. Precisa apenas uma rodovia entre as
proximidades do cemitério São José, linha reta até a Rua Prof. Ernande Brandão,
saindo nas imediações da Delegacia de Polícia, no Aterro. Mais de três quilômetros
de rodeios seriam evitados para quem se deslocasse naquela direção. Uma obra “para
quem tem peito”, com cara de necessidade.
A parte sul esbarra
na reserva ecológica do serrote Pintado ou nos sopés da serra Aguda. Como a
população ocupa todos os lugares, aguarda-se um grande investimento nos
terrenos acidentados da serra Aguda, para ajudar na expansão rumo ao sítio Olho
d’Água do Amaro e cidade de Senador Rui Palmeira. Entretanto, na direção sul,
todo o Bairro Domingos Acácio e Floresta estão praticamente ocupados.
O Oeste funciona como
direção contrária à capital, mesmo assim o perímetro urbano chega perto da
entrada do sítio Remetedeira, pé de serra. Importantes construções procuram às
margens da BR-316.
O rumo leste que puxa
para as bandas de Maceió está sendo ricamente ocupado. Se o complexo educacional
de Santana, Ensino Médio, cansou na parte baixa do Bairro Camoxinga, surge
agora um polo universitário no Bairro Lagoa do Junco, juntamente com o polo de
Justiça.
Em todas as direções
contemplamos as modificações da paisagem, porém, ficamos sem entender como
cresce tanto o comércio e as prestações de serviços, mas as pesquisas nunca
deixaram que Santana ultrapassasse os 49.000 habitantes. É certo que o município
era o maior do estado, perdendo terras para vários outros lugares que se
tornaram municípios também, mas seu progresso atual não combina com a
quantidade de habitantes apresentada. Nem eu sei, nem você entende. SÓ O IBGE
SABE.
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