sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

O FASCÍNIO PELOS MONTES



O FASCÍNIO PELOS MONTES
Clerisvaldo B. Chagas, 11 de fevereiro de 2017
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano.
Crônica 1.633.
 
Serrote do Cruzeiro em Santana do Ipanema, na seca. (Foto: em 5.2.2017. Clerisvaldo B. Chagas).

Notamos nos diversos tipos de literatura de todos os países, uma admiração respeitosa pelos montes. A própria Bíblia exemplifica as montanhas como coisa sagrada. Desde os picos mais altos do mundo aos simples serrotes dos sertões nordestinos parece mesmo existir uma magia inexplicável. A história confirma o sentimento humano beatificando os altos atestando a morada dos deuses gregos, egípcios ou palestinos. Os picos parecem furar as nuvens ficando a alguns palmos do céu.
Os homens sobem as serras para glorificar a Deus mais de cima, erguem capelas, cruzeiros, templos e abrem os braços como comandantes da Terra. Em todos os países, em todas as regiões as montanhas quebram não somente a monotonia física da paisagem, mas a unidade da crença negativa. E a esperança surge no Monte Tabor, no Monte Sinai, nos Alpes, no Pico da Neblina com seus quase três mil metros ou mesmo no serrote do Cruzeiro em Santana do Ipanema com seus em torno dos cem metros.
É o morro da Maranduba, em Arapiraca, a serra da Onça em Mata Grande, a serra Naceia em Boca da Mata e em qualquer município que tenha o privilégio de possuir essas elevações, quem sempre chamam o povo. As ermidas estão ali, como motivos de promessas ou apenas pelo fascínio das alturas. Tempo de Semana Santa esses lugares de tradição católica, enchem-se de peregrinos que espantam os meses de solidão das capelas.
E ainda são lá mesmo no cimo do morro onde deixamos os nossos pecados e renovamos as nossas energias. Parece até que Deus fez os planaltos, as planícies, as depressões, para moradias dos homens e desenhou as montanhas como forte opção de refúgio.
Alegria é avistar a cordilheira; penosa é a subida; divino o que se vê; saudosa é a descida.
Glorifiquemos o fim de semana.


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