CORAGEM PARA DIZER
(Clerisvaldo B. Chagas, 9 de dezembro de 2010)
Sei que trabalhamos para leitores diversos dos mais variados gostos. Muitos preferem temas locais ou regionais. Mas como escrevemos para o mundo, não podemos deixar à vontade relevantes assuntos que interessam a todos, direta ou indiretamente. Tudo que falamos aqui, antecipadamente, sobre organizações mundiais vão se confirmando muito mais cedo do que imaginávamos. É somente está atento ao xadrez mundial com seus jogadores em busca de xeque-mate. Vamos confirmar, então, o que falamos anteriormente nas palavras de ontem, quarta-feira, pelo representante do FMI, segundo jornal virtual A Folha.
O diretor gerente do FMI (Fundo Monetário Nacional) Dominique Strauss-Kahn, advertiu nesta quarta-feira que “existe um grave risco de que o G20 (Grupo dos 20, bloco dos países ricos e emergentes) se transforme em uma instituição irrelevante”. Strauss-Kahn acha que houve leve melhora econômica, mas existem tendências de lideranças de se concentrar em seus problemas nacionais.
Em conferência na sede da ONU em Genebra (prossegue a Folha) Dominique manifestou seu convencimento que o euro continuará existindo dentro de cinco anos. Mas tece críticas a sua administração. Diz ainda o diretor gerente do FMI, a crise segue na Europa, “mas também em outras partes do mundo”. “O problema real é a situação de alguns países europeus”. Sobre a legitimidade do G20, Strauss apontou que o grupo exclui 170 países representantes de um terço da população mundial, argumento usado para defender o FMI “que tem 187 membros”. “O modelo global de crescimento se mostrou desequilibrado e insustentável”, assinalou.
Voltamos com a palavra. No segundo parágrafo, sobre um grave risco, Dominique quer dizer que, mesmo o mundo sendo representado por tão poucos países, pelo menos tem regras, superadas, mas tem. Se tudo for abaixo agora, o caos econômico tomará conta do planeta de uma forma muita arriscada. Sobre as lideranças, tem razão o representante. Todos falam no geral, mas a preocupação mesmo é com a própria casa, como se dissessem: o resto que se dane. No terceiro parágrafo, sobre o euro, fica o comentário para os entendidos. Sobre a exclusão de 170 países, é o mesmo caso do Conselho Permanente da ONU. Menos de dez países caducos dando ordens ao restante do planeta como se a Terra fosse exclusiva do Conselho. É uma forma de ditadura e escravidão que precisa ser derrubada. Tanto o Conselho Permanente da ONU, quanto o FMI, tem que ser movimentados pelos verdadeiros donos que são todos os países da Terra. Essa crise veio para acontecer uma mudança geral, cujo estouro do dique não pode ser barrado com um dedo no suspiro. Estamos apenas no início de uma Nova Ordem Mundial. Muitas mudanças estão para acontecer. Enquanto isso, Brasil passa a ser a maior potência agropecuária do mundo e a quinta economia, 2011, superando, quem diria, a imperialista Inglaterra e a França. Parabéns ao senhor Dominique Strauss-Kahn, porque precisa ser muito macho para falar o que os ricos falidos não querem ouvir: CORAGEM PARA DIZER.
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