O MITO NO
CHÃO
Clerisvaldo B.
Chagas, 7 de agosto de 2015
Quando se critica o
Brasil, parece que este país é o único do mundo onde ainda existe pobreza.
Tomando os Estados
Unidos como parâmetro, nação rica norte-americana, vemos que nem tudo é como se
conta por aqui. Mesmo sendo uma superpotência do mundo, costuma mostrar suas
mazelas no que tange aos seus problemas socioeconômicos.
Várias medidas
tomadas como aumento de juros e cortes de verbas para habitação, saúde,
educação, fizeram empobrecer alguns segmentos sociais nas últimas décadas.
Houve concentração de riqueza, mas também, aumento do número de pobres que corresponde
a 16% do total da população (55 milhões de habitantes).
No caso, a falta de
moradia, fez com que muitos jovens fossem morar nas ruas ou nos lugares piores
da cidade, em bairros violentos, com alta criminalidade e tráfico de drogas.
Esses problemas cruciais atingem, em cheio, a população negra e os imigrantes,
discriminados pela sociedade norte-americana.
No caso da
discriminação racial, a lei proíbe, mas na prática esse olhar social ainda
persiste nas ruas. Os negros são extremamente marginalizados e muitos dos
crimes no país são de cunho claramente racistas.
Os imigrantes também
não são olhados com bons olhos. Eles se inserem na população mais pobre. O
governo procura restringir a imigração, usando até mesmo muro de fronteira como
o usado pelos alemães, o muro da vergonha, para barrar mexicanos e de outras
nacionalidades.
São vistos lixões a
céu aberto, como no Brasil e, poluição nas águas como aqui.
A poluição industrial
e o consumo sem critérios afetam terrivelmente o meio ambiente local e o
planeta.
É muito fácil falar
mal do seu país e elogiar as terras alheias e distantes. Mas quando bate a
luneta da verdade é que se vê sem cor e sem filó o mito no chão.
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