ALFHA CRUCIS Clerisvaldo B. Chagas, 31 de maio de 2012.   Não tem para onde correr, o estudo, atualmente, é à base de tudo. Ai daquel...

ALFHA CRUCIS

ALFHA CRUCIS
Clerisvaldo B. Chagas, 31 de maio de 2012.

 Não tem para onde correr, o estudo, atualmente, é à base de tudo. Ai daquele que ficar sem estudar. Dentro dos estudos a palavra chave é “pesquisa” em todas as áreas do conhecimento humano. Estamos marchando para a extinção do professor simples, com já foi previsto há muitos anos. A sobrevivência triunfal, atualmente, está em saber pesquisar e, quase sempre o pesquisador é um animal solitário mergulhado noite e dia no seu mister. O navio de pesquisa oceanográfica comprado pelas ações da USP e da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) diz bem da necessidade urgente de investigações no oceano. O preço de um navio desse porte, por mais caro que seja, não é nada diante dos benefícios que virão para o país. O Brasil tem que estar afinado com todas as fontes de pesquisa, no mar, no espaço, na terra, para não viver a reboque de outros países, sempre dependente de tudo e importado tudo. Esse navio, que poderia ter sido construído em nossos estaleiros, tem muitos anos de uso, comprado aos “estranjas”, mesmo sendo bem conservado e com reformas.
          As pesquisas permitem construções de navios, aviões, veículos terrestres para guerra, submarinos, remédios, cosméticos, desenvolvimento na medicina e em outras inúmeras áreas em que estamos apenas engatinhando. Triste para o aluno ainda é a grande realidade brasileira de se estudar numa universidade, onde apenas o velho giz e o quadro-negro são peças do século XXI. Veja o que se fala do navio Alfha Crucis: “O Alpha Crucis já soma 39 anos em operação. Antes de chegar ao Brasil, ele pertenceu à Noaa (agência nacional de oceanos dos EUA) e à Universidade do Havaí”. "Mas o navio está em excelentes condições. Além de ter sido extremamente bem cuidado, ele sofreu uma grande reforma antes de chegar até nós”. Quando se fala do complemento de pesquisa, veja como muda o cenário para melhor, no usufruto do nosso próprio produto: “Além do novo navio, um barco de porte menor, novinho em folha, também entrará em operação em breve. Com 27 metros, o Alpha Delphini está sendo construído em um estaleiro do Ceará e deve ficar pronto em setembro. Primeira embarcação do gênero totalmente construída no Brasil, ela custou R$ 4,75 milhões. Os recursos são da Fapesp e da USP”. (Fonte: Folha.com).
          Dizem que “quem não tem cão caça com gato”. Acontece que almejamos promoção. Chega de gato! Precisamos de centros de pesquisas para tudo e verbas para esses objetivos como prioridade. Vamos transformar o gato “Alfha Crucis” em cão Alfha Crucis, pelo menos é o imenso desejo da juventude estudiosa do Brasil e seus talentosos cientistas e pesquisadores. Brasil sem o segundo e o terceiro pum. O Brasil do seu próprio novinho, novinho, ALFHA CRUCIS.














  AS BARBAS DE LULA Clerisvaldo B. Chagas, 31 de maio de 2012.   Entre pecados, virtudes e tolices, o Lula, que saiu de uma situação...

AS BARBAS DE LULA


 AS BARBAS DE LULA
Clerisvaldo B. Chagas, 31 de maio de 2012.

 Entre pecados, virtudes e tolices, o Lula, que saiu de uma situação de seca nordestina para os píncaros da política brasileira, aqui, acolá vai decepcionando. Como cada qual tem sua própria opinião, tenho comigo que o barbudo  foi o melhor presidente do meu alcance. Entretanto, como agora não é a sua vez, Inácio deveria estar em situação mais discreta possível, até mesmo para não se desgastar tanto para pretensões futuras. Conquistou o voto do povo e particularmente o meu que, decepcionado com os nomes antigos, apelei de última hora para o desconhecido e me dei bem. Suas ações voltadas para o social derrubou o próprio sociólogo mauricinho que não soube conquistar as massas. Lula entrou nos braços do povo e saiu nos braços do povo. Além de fazer um governo diferente de tudo o que já foi visto, a falta de uma nova liderança pesou muito e continua pesando na decisão popular. Não existe de fato nenhum líder no momento com capacidade de conquistar a nação. Mas, se o Lula foi o melhor governo, cometeu pecados cabeludos que foi o de passar a mão nas cabeças corruptas de muitos cabras de peia.
          O novo governo, que não possuía antes do poder carisma nenhum, foi uma nova aposta do meu precioso voto. Dilma tem se revelado digna da confiança dos brasileiros, principalmente em não alisar os safados, nem do Brasil, nem do estrangeiro, pústulas geradas pela falta de fibra dos sem força donos dos poderes anteriores. Foi preciso subir à presidência uma fêmea de sangue no olho, porque macho nenhum foi capaz de dá conta do recado. Já não quero mais o Lula de volta, perdeu meu voto para Dilma, porque não sabe ser discreto e valoroso quando a fama subiu para cabeça. Acha-se ainda o dono de tudo, continua agindo como se ainda protegesse os sacanas e pressionando à justiça como se estivesse acima do bem e do mal. O ministro Gilmar Mendes, pelo menos em Alagoas, pelo cochicho dos políticos nos julgamentos de causas políticas, ai, ai! Mesmo assim o Lula, ao invés de estar cuidando da saúde, vai se tornando cada vez mais ridículo. Mete-se em tudo e começa a enjoar muito mais do que doce repetido.
          Lula vai perdendo a simpatia pouco a pouco com as besteiras que diz e que faz. Seu tempo já passou, mas o pior é que não surge um macho sequer trazendo carisma, honestidade e confiança que possa inspirar o cidadão brasileiro para a etapa seguinte. E se o ex-presidente ainda pensa que está abafando, perde feio para a mulher que está no poder. Prefiro, no momento o topete da Dilma de que a volta das BARBAS DE LULA.









A CORNETA DE CORISCO Clerisvaldo B. Chagas, 30 de maio de 2012. Crônica nº 784            Depois das apresentações de Del...

A CORNETA DE CORISCO




A CORNETA DE CORISCO
Clerisvaldo B. Chagas, 30 de maio de 2012.
Crônica nº 784
           Depois das apresentações de Delmiro da Cruz Gouveia, no seu automóvel preto lustroso em Alagoas, outros começaram a surgir na capital. As importantes firmas de Maceió, Aracaju, Salvador e Recife, tiveram a ideia primeira de alugar esses automóveis para seus caixeiros-viajantes. Até quatro passageiros faziam as praças do Sertão, retornando com economia e sem perda de tempo. Algumas firmas adquiriram seus próprios automóveis, logos apelidados de “baratinhas”. Uma dessas firmas foi a portuguesa Alves de Brito & Cia., importadores estabelecidos no Recife. Para chamar bem a atenção, colocaram uma buzina tipo toque de corneta que espantaria muito bem os animais das estradas poeirentas.
          Em uma das vezes em que o automóvel da firma Alves de Brito, transitava entre Santana do Ipanema e Mata Grande, Alagoas, Corisco estava acampado nas proximidades da estrada. Lá vem, lá vem a “baratinha”, chiando, chiando com seus ruídos característicos de carro novo, cortando as caatingas povoadas de xiquexiques, facheiros e mandacarus. Por coincidência, bem perto de onde o cangaceiro achava-se acampado, o motorista lascou o berro da buzina assustando mocós, preás e passarinhos que estivessem por ali. Corisco também se assustou pensando ser o toque de corneta em ataque dos “macacos”. Recuperado do susto, mandou um coiteiro sondar o ambiente. Descoberta a verdade, Corisco virou uma fera no desejo doido de pegar o motorista, pois achava que ele tinha feito aquilo de propósito. Queria capá-lo e tocar fogo no veículo vermelho para servir de lição a outros desavisados. Como algumas pessoas têm sorte na vida, um coiteiro correu a avisar o motorista que era um conhecido seu. O motorista quase morre com a surpresa e ficou apavorado sem saber o que fizesse. Estava marcado para a capação e outros prejuízos de periferia. Ainda branco de susto a vítima assinalada correu para o Recife, levando o caso para os patrões e ficou aguardando o que fazer.
          Os portugueses da Alves de Brito contrariaram as piadas contadas sobre os patrícios. Simplesmente substituíram a excomungada barata vermelha por um auto de outra marca, meteram uma buzina convencional e, pronto. O representante da firma continuou a viajar sem susto novamente pelos velhos sertões alagoanos. No resto, mandaram Corisco papocar as costas na casa da peste! Acabou-se A CORNETA DE CORISCO.
          (Adaptado de Valdemar de Souza Lima).