O CRISTO E O SEU CORPO Clerisvaldo B. Chagas, 4 de junho de 1015 Crônica Nº 1.345 PROCISSÃO EM CAMPO ALEGRE. Foto: (Divulgaç...

O CRISTO E O SEU CORPO



 O CRISTO E O SEU CORPO
Clerisvaldo B. Chagas, 4 de junho de 1015
Crônica Nº 1.345

PROCISSÃO EM CAMPO ALEGRE. Foto: (Divulgação).
Como hoje é a primeira quinta-feira depois do domingo da Santíssima Trindade e também 60 dias após o domingo de Páscoa, temos o Corpo de Cristo, comumente chamado Corpus Christi. Essa festa católica foi instituída pelo Papa Urbano IV no século XIII. O termo vem do latim e significa Corpo de Cristo e propõe celebrar a Eucaristia, ou seja, para uns, a presença simbólica do corpo de Cristo na hóstia, para outros, a presença verdadeira.
Esse dia, tradicionalmente era considerado Dia Santo, mas, de acordo com as leis atuais do país, passou a ser ponto facultativo.
No Brasil, é costume católico enfeitar as ruas por onde irá passar a procissão. Usa-se serragem colorida para confecção de tapetes, mas também areia, farinha e outros materiais nessa prova de amor ao Cristo. Costumam-se, além disso, usar toalhas brancas e lençóis às janelas complementando essa mensagem de fé. Tudo retrata, especialmente a Eucaristia.
É uma Festa de Guarda, que significa para a obrigatoriedade em participar da Santa Missa na forma estabelecida pela conferência episcopal do respectivo país.
“Quanto à procissão pelas vias públicas, atende a uma recomendação do Código de Direito Canônico (cânone 944) que determina ao bispo diocesano que a providencie, onde for possível, para testemunhar publicamente a adoração e a veneração para com a Santíssima Eucaristia, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo. É recomendado que, nestas datas, a não ser por causa grave e urgente, não se ausente da diocese o bispo (cânone 395)”.
A tradição do mundo católico sertanejo de Alagoas, sempre apresenta o sentimento fecundo procurando honrar nas avenidas e igrejas a bela representação do Corpus Christi.
Essa é uma boa oportunidade de reconciliação com o Senhor e com a vida.






“DIEGO CONTINUO AGUARDANDO O SEU TRABALHO” A SINA DA CONVIVÊNCIA Clerisvaldo B. Chagas, 3 de junho de 2015 Crônica Nº 1.434 ...

A SINA DA CONVIVÊNCIA



“DIEGO CONTINUO AGUARDANDO O SEU TRABALHO”

A SINA DA CONVIVÊNCIA
Clerisvaldo B. Chagas, 3 de junho de 2015
Crônica Nº 1.434

Foto: (gazetadopovo.com.br).
A meninada da escola do meu neto já me avisou. Vem me fazer uma visita para conversarmos sobre a seca. Muito bom que a escola mostre a esses pequenos habitantes o fenômeno climático de fundamental importância no lugar em que nasceram, vivem e convivem.
Enquanto isso também, compartilhamos a tristeza e preocupação pelas previsões meteorológicas que apontavam maio como o início das chuvas para esse inverno que insiste em nos driblar. Por escrever tanto sobre o nosso sertão e seus problemas, estou adotando, as mensagens que chegam afirmando que a nossa literatura representa o nosso semiárido. Sendo assim, acrescento ao título “Escritor Símbolo de Santana do Ipanema” ao também “Escritor Símbolo do Sertão Alagoano”. Humildade na frente, mas com afirmação dos nossos assíduos leitores.
Espontaneamente, faço como Jesus mandou: servir sempre como fez meu pai e meu avô paterno, cuja ilustração representa abaixo:
Meu avô, José Celestino das Chagas, conhecido como Zuza, era proprietário da Fazenda Trindade, no sítio Poço da Pedra, em Santana do Ipanema. Certa feita uma seca braba tomou conta da região. Na fronteira de Santana com o atual município de Carneiros, todas as fontes da redondeza haviam secado, tornando-se comum a passagem de retirantes pela sua fazenda. O único reservatório de água por ali, era o açude do meu avô. Todos vinham apanhar água naquela barragem artificial, até que um dia alguém advertiu a José Celestino da seguinte maneira: “Seu Zuza, o açude está quase seco. Se eu fosse o senhor não permitiria mais a ninguém retirar água, pois, poderá ficar sem nada”. E o meu avô, que era um homem sábio, filósofo matuto e temente a Deus, disse: “Deixe que todos venham a minha fonte”. A pessoa insistiu indagando: “E se a fonte secar?” Então, o meu avô Zuza, concluiu: “Quando a minha fonte secar, eu irei com os outros em busca de novas fontes”.
Vamos rezar junto aos agropecuaristas pelas fontes de nós todos.

59 ANOS DE RODOVIA EM ALAGOAS Clerisvaldo B. Chagas, 2 de junho de 2015 Crônica Nº 1.433 ANTES ERA TREM. Foto: (alagoastempo.c...

59 ANOS DE RODOVIA EM ALAGOAS



59 ANOS DE RODOVIA EM ALAGOAS
Clerisvaldo B. Chagas, 2 de junho de 2015
Crônica Nº 1.433

ANTES ERA TREM. Foto: (alagoastempo.com.br).
Completamos 59 anos da primeira rodovia asfáltica de Alagoas. Foi no dia 29 de janeiro de 1956 quando aconteceu a inauguração do trecho Palmeira dos Índios – Maceió, ainda no governo estadual de Arnon de Mello. A citada rodovia pegava os limites do Sertão/Agreste, Zona da Mata e litoral. Isso representou um marco e tanto no desenvolvimento do estado e um suspiro de alívio profundo para os habitantes do sertão extremo. Pelo menos se excluía a metade do sofrimento de viagens longas até a capital. A metade porque a banda oeste ainda teria de enfrentar a lama, a poeira, atoleiros e catabis até encostar-se à “Princesa do Agreste”, Palmeira dos Índios, oásis dos viajantes sertanejos.
Nos anos 70 e 80 já estavam definidos os pontos de paradas que os interioranos empreendiam até Maceió, em carro pequeno. Palmeira estava fora, e resumiam-se em três os lugares do desjejum. O primeiro era na “Cabeça d’Anta”, entre Palmeira dos Índios e Belém, lugar de terras férteis, barro vermelho e pomares. Era a parada da fruta, onde à margem direita da BR-316 havia uma pequena construção repleta de frutos, sendo o coco verde o carro-chefe mais um engenho manual para caldo de cana. Os automóveis faziam fila no acostamento. Ainda hoje a pequena construção existe, sem as vendas.
A segunda parada ficava após Maribondo, nas curvas de sopé de montanhas, de nome Salgado, lugar de águas excelentes. Era um bom café da manhã. Atualmente a casa de varanda ainda resiste, quase em ruínas.
DEPOIS O ASFALTO. Foto: (agenciaras.al.gov.br).
A terceira parada, para quem queria café reforçado era no sítio Corumbá, perto de Atalaia, onde havia um restaurante à margem direita e, um tipo de macaxeira chamada macaxeira ouro (tinha essa cor), muito saborosa. Mas, como os outros marcos, pelo menos ainda resta à construção azul para os que não apagaram da lembrança
Para quem ia a Maceió nos antigos ônibus da Companhia Progresso, de motor à frente, a parada se dava em Maribondo na “Churrascaria Brasília”, de um italiano, repleta de pensamentos escritos nas paredes.
E antes? Ah, sim! E antes? Pesquise, pesquisador.