230: DEVER COMPRIDO E CUMPRIDO Clerisvaldo B. Chagas, 16 de abril de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.880 LIV...

230: DEVER COMPRIDO E CUMPRIDO


230: DEVER COMPRIDO E CUMPRIDO
Clerisvaldo B. Chagas, 16 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.880

LIVRO 230. FOTO: (B. CHAGAS).
O livro/enciclopédia 230, que homenageia a cidade de Santana do Ipanema, nos seus 230 anos de fundação, atingiu plenamente a sua meta. Prédios históricos, lugares e situações agora estão ao alcance de professores, pesquisadores, estudantes de todos os níveis e povo santanense em geral. A parceria costurada entre cem pessoas acaba de encerrar o “Ciclo dos 100”, com todas as obras vendidas, edição especial e histórica esgotada e, o ciclo quite com a gráfica responsável pela impressão da obra. Todos tiveram a oportunidade da parceria. Alguns poucos se excluíram por seus problemas pessoais, mas nós superamos os percalços e cumprimos com a nossa palavra. Substituímos os compromissos capengas, repassando a obra para outros adquirentes, sem problema algum.
Estamos agradecendo a todos os parceiros comprometidos com o livro histórico iconográfico, cuja força reunida permitiu entregar à sociedade essa obra que se transformou em relíquia do nosso município; apresentadores da enciclopédia, gráfica, cada um dos membros do Ciclo dos 100, adquirentes, clube da AABB e seus funcionários, Imperador do Forró, violonista, Escola Helena Braga, Departamento Municipal de Cultura, mestre de cerimônia, recepcionistas, dono do som e, em particular, ao escritor e parceiro literário Marcello Fausto, que foi um gigante em todas as etapas e o segundo responsável pela chegada à luz do 230.
Todos que estavam em dia receberam a obra e um brinde de dois ou três livros outros do autor, assinando diretamente ou através de terceiros, o recebimento da encomenda. Praticamente todas as escolas da cidade, oficiais ou particulares, adquiriram o “230”, como guardiãs da cultura santanense e multiplicadoras da nossa história. Algumas delas já estão trabalhando com seus professores e alunos debruçadas no livro 230.
Quanta satisfação no peito em poder servir a nossa terra com um trabalho dessa magnitude!
Em breve estaremos nos movimentando com mais nove livros que estão na fila, entre eles: “O boi, a bota e a batina; história completa de Santana do Ipanema”, o maior documentário jamais produzido no interior do estado. O DNA de Santana. Fique em alerta!
Caso queira adquirir o 230, poderemos arranjar dois ou três ainda, na Escola Helena Braga, turno matutino.

UFAL E HOSPITAL TRAZEM COMÉRCIO Clerisvaldo B. Chagas, 13 de abril de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.879 CONS...

UFAL E HOSPITAL TRAZEM COMÉRCIO


UFAL E HOSPITAL TRAZEM COMÉRCIO
Clerisvaldo B. Chagas, 13 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.879
CONSTRUÇÃO DA UFAL, EM 11.04.2018. FOTO: (B. CHAGAS).

Vai acontecendo o que prevíamos desde a fundação do Hospital Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo, o Gigante da Colina, também chamado Hospital da Cajarana. A parte alta do Bairro Floresta, onde não havia perspectiva nenhuma de progresso por ser um recanto isolado e fim de linha urbana, estar mudando. É ali onde estão o Alto dos Negros, o Conjunto Residencial Marinho e o lugar Cajarana. Uma pobreza, que só você vendo! Com a construção do Hospital, os casebres da rua principal, defronte, começaram a se valorizar. Foi surgindo um comércio miúdo de barracas de madeira e nas salas dos casebres, para atender aos familiares e visitantes do Gigante. A princípio um comércio acanhado à base de café e fracos complementos.
Ultimamente, porém, os casebres foram transformados em modernos pontos comerciais que vão rapidamente se espalhando pela rua principal, Abdias Teodósio. A construção dos edifícios da UFAL, defronte a casa hospitalar, acelerou o ritmo do comércio emergente, visando à estudantada e professores como futuros clientes. Ótimas residências vão surgindo, várias com primeiro andar e nos parece que até pousadas também chegam. Como grandes empreendimentos trazem novos empreendimentos, ainda veremos boas surpresas por ali. Além do Hospital, colado a ele na parte de cima, o Conjunto Marinho e, por trás, o lugar Cajarana, continuam, entretanto, abandonados numa pobreza sem fim.
Esperamos que quando a UFAL estiver funcionando a pleno vapor, possa transformar o físico e o social desses dois últimos lugares.
Passando-se pelo Hospital Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo e pelo Conjunto Marinho, inicia-se a estrada rural que leva até a serra e ao sítio Remetedeira. Estivemos ali, ontem, eu e o professor Marcello Fausto, como geógrafo e historiadores, inspecionando por conta própria a terra em que nascemos.
Continuamos louvando o cenário dos arredores visto da frente do hospital, como excelente colírio para olhos empoeirados.
Em breve, morar no cimo da colina será chique. Para que duvidar?



CASSIMIRO COCO VOLTA OU NÃO VOLTA? Clerisvaldo B. Chagas, 12 de abril de 2018 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.878   ...

CASSIMIRO COCO VOLTA OU NÃO VOLTA?


CASSIMIRO COCO VOLTA OU NÃO VOLTA?
Clerisvaldo B. Chagas, 12 de abril de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica 1.878
 
CASSIMIRO COCO. ILUSTRAÇÃO: (GRANJA CEARÁ).
“Mão mole, molenga, mamulenga. Parece ser esta a origem etimológica do mamulengo, teatro de boneco nordestino em que se usa como técnica de manipulação luvas ou varetas. Apesar de, no resto do país, ser usado para definir essa linguagem nordestina do teatro de bonecos, o termo mamulengo é tipicamente pernambucano, sendo que cada Estado da região tem sua própria designação – Cassimiro Coco no Ceará, João Redondo no Rio Grande do Norte, Babau na Paraíba”.
Na década de 50, assisti ao Cassimiro Coco, teatro de bonecos, na minha Rua Cleto Campelo (atual Antônio Tavares). A pessoa que mexia com essa arte, chegou a morar na casa vizinha a nossa por algum tempo. Depois, lembro-me de apresentações na Rua São Pedro e na Rua Delmiro Gouveia. Nunca vi nada tão divertido do que o Cassimiro Coco. Nós, os meninos, sentávamos no chão, diante de uma lona vertical, onde os bonecos apareciam na parte superior. Era uma sequência de peças curtas cujas presepadas faziam a plateia mirim se esbaldar em gargalhadas. Lembro-me apenas de uma dessas peças em que havia um negrão lustroso vestido de cangaceiro e um magrelo amarelado que se desafiavam e brigavam entre si.
Quando a confusão rolava, o apresentador dos bonecos batia em qualquer coisa como se fosse abrindo e fechando mala de madeira, com força, para provocar bastante zoada.
Recentemente o Cassemiro Coco, quase extinto no Nordeste, teve um momento de glória quando foi apresentado em uma novela da Rede Globo.
No caso de Santana do Ipanema, assistíamos aos bonecos apresentados nas suas formas mais antigas e rudes. Mas cada um daqueles personagens de pau de aparência em exagero conquistava danadamente à meninada.
Não consigo lembrar nem os nomes nem as feições de proprietários de Cassemiro Coco. Será que ainda existe algum artista em nosso município capaz de reviver o nosso teatro de bonecos?
Se houvesse incentivo...