MARIA DE BARRO Clerisvaldo B.   das Chagas, 17 de outubro de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.784   Uma das c...

 

MARIA DE BARRO

Clerisvaldo B.  das Chagas, 17 de outubro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.784

 


Uma das coisas curiosas do Sertão, sem dúvida alguma, é o ninho, também chamado casa, do João de Barro. Motivo de admiração de nativos e forasteiros, de canções e de repentes de violeiros nordestinos. Como pode um casal de passarinhos fazer uma casa de barro, apenas transportando argila e construindo com o bico? Em algumas regiões do Brasil, a fêmea é conhecida como Joaninha de Barro, mas em nosso Sertão alagoano ela é chamada de Maria de Barro. Pássaro canoro, plumagem bela e discreta é muito respeitado pelo homem do campo que não o ataca e vê nos seus atos um grande exemplo da grandeza de Deus. Possui o apelido de “pássaro-arquiteto”, “pássaro-construtor”, “pássaro-engenheiro” e “pássaro-pedreiro”.

Muita coisa se fala sobre o João de Barro, verdades e lendas. Uma delas é que o casal não trabalha dia de domingo. É o homem do campo quem afirma, mas os pesquisadores dizem que trabalha todos os dias quando está construindo a casa. É verdade, porém que, à semelhança dos papagaios e araras, o casal é monogâmico e só arranja outra companhia se por acaso morrer o parceiro ou a parceira. A casa do João de Barro, erguida pelo casal, possui dois cômodos, sendo um deles uma espécie de sala de visitas, que é uma passagem para um quarto onde é feito o ninho que tem uma entrada muito apertada para evitar predadores. O João de Barro e a Maria de Barro, tanto trabalham quanto cantam, momentos em que deslumbram cada vez mais o observador.

A fêmea põe e choca os ovos, três a quatro, cujos filhotes irão nascer catorze dias após. As penas do João e da Maria de Barro têm a cauda avermelhada, peito branco e o restante cor de terra ou ligeiramente marrom. Alimentam-se de larvas, insetos e grãos. A casa de barro tem a entrada sempre virada contra o vento e a entrada pode ser mais à direita ou mais à esquerda, conforme as habilidades para o trabalho. O João de Barro costuma fazer a limpeza da sala, retirando fezes e as jogando fora. A arquitetura é realizada quase sempre num galho mais robusto com formação de forquilha. De qualquer maneira o casal de pássaros não faz o ninho às escondidas, é sempre visível ao homem e aos bichos.

No Brasil inteiro o casal João e Maria de Barro, é símbolo de AMOR

JOÃO E MARIA DE BARRO (CRÉDITO: PINTEREST).

  CARRO DE BOI – ALGODÃO Clerisvaldo B. Chagas, 14 de outubro de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2783   Nada mai...

 

CARRO DE BOI – ALGODÃO

Clerisvaldo B. Chagas, 14 de outubro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2783

 


Nada mais bonito de que um carro de boi carregado de palma forrageira gemendo pelas estradas do sertão. Muito mais bonito ainda e esperançosa, era uma carga de algodão no rumo das algodoeiras, sinônimo de esperança e progresso para o campo. Roçados enormes alvos e repletos de algodão fizeram feliz a área sertaneja do meu estado, por muitas e muitas décadas. Vi muito, morador de fazenda enchendo e socando sacas de algodão. Sacos enormes de estopa que em comprimento tomava toda a mesa do carro, eram pendurados nas linhas dos telhados dos armazéns, bocas abertas, escoradas por rodas finas de pneu e o agricultor ali dentro do saco, de pé, recebendo o algodão e o apiloando com os pés. Tempos depois, o saco era pesado em balança de peso de chumbo, empilhado para “ser levado à rua”.

E o carro de boi em frotas, seguia para a vila, para à cidade, onde era vendida a mercadoria nos armazéns ou diretamente às algodoeiras que transformavam o produto em capulho, retirando o caroço vendido como ração para matar a fome do gado leiteiro.

As máquinas complexas daquelas indústrias, Santana do Ipanema, Olho d’água das Flores, já deixavam o algodão preparado em fardo envolvido com fita de metal. Ali aguardavam os caminhões para o transporte aos grandes centros do País. Muito dinheiro circulando, fazendo enricar cada vez mais o chamado industrial do algodão e impulsionando para cima o homem do campo. O fechamento de todas as indústrias têxteis de Alagoas, depois o inseto “bicudo” que arrasou os algodoais Sertão/Agreste, deixou a grande região nordestina gemendo até hoje.

Verdade que não vínhamos tantos empregados assim nas algodoeiras, mas os campos formavam muita gente para a colheita; cada lote de 100 trabalhadores era chamado “batalhão”. Homens e mulheres protegidos do sol com chapéu de palha e/ou panos amarrados à cabeça, bisaco grande a tiracolo. Tempo depois das tragédias, inventaram o plantio de sorgo, mas não deu certo. Partiram para o incentivo à mamona para a indústria do biodiesel, mas não houve êxito. Naturalmente a mamona ou carrapateira prolifera por todos os quintais de Santana do Ipanema e até no leito seco do rio Ipanema, nos trechos urbanos mais poluídos. Usada como produto medicinal, era a mamona que, com a extração do seu óleo, azeitava o eixo do carro de boi, tornando-o cantador; ainda iluminava nas candeias e em postes de rua.

CARRO DE BOI, TRANSPORTE DO ALGODÃO (FOTO: COMUNIDADE COEP).

 

 

 

 

  BASÍLICA DE APARECIDA Clerisvaldo B. Chagas, 12/13 de outubro de 2022 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.782   A cated...

 

BASÍLICA DE APARECIDA

Clerisvaldo B. Chagas, 12/13 de outubro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.782

 

A catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, também conhecida como Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, é um templo religioso católico localizado no município brasileiro de Aparecida no interior do estado de São Paulo. É o maior templo católico do Brasil e o segundo maior templo do mundo, menor apenas que a Basílica de São Pedro no Vaticano. É a maior catedral do mundo, visto que a Basílica Vaticana não é catedral. Também é o maior espaço religioso do País, com mais d 143 mil m2 de área construída ao longo de todo o Santuário.

A estrutura foi solenemente consagrada em 4 de julho de 1980 pelo Papa João Paulo II quando ele visitou o Brasil pela primeira vez. Em 1984 a Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) elevou a basílica a Santuário Nacional. Localizada no centro da cidade tem como acesso a “passarela da Fé” que liga a basílica atual com a antiga Já recebeu a visita de três Papas: João Paulo II, Bento XVI e Francisco. O Santuário é visitado anualmente por aproximadamente 12 milhões de romeiros de todas as partes do Brasil.

O local teve sua origem na descoberta de uma estátua da Virgem Maria. Segundo a tradição local, três pescadores tentavam pescar uma grande quantidade de peixes no rio Paraíba do Sul para

 Um banquete em homenagem à visita do governador paulista Pedro de Almeida, em 1717. Apesar das suas orações, suas tentativas foram infrutíferas até o final do dia, até que um dos pescadores lançou sua rede e encontrou a estátua da Virgem. Após achar o corpo da estátua, ele encontrou a cabeça.

O grupo limpou a estátua, envolvolveu-a em um pano e voltou à, um tarefa para descobrir se sua sorte havia mudado e eles conseguiram obter todos os peixes de que precisavam.

Acredita-se que a estátua seja obra de Frei Agostino de Jesus, um monge residente em São Paulo.

A estátua estava originalmente alojada na casa de Felipe Pedroso, um dos pescadores que a encontrou. Este se tornou um local popular para os visitantes que desejavam orar pel estátua, levando a família de Pedroso a construir uma capela.

(Compilado da Wikipédia em trechos escolhidos).

BASÍLICA DE APARECIDA (WIKIPÉDIA)

 Ela foi substitúida em 1734 por uma capela maior e, em 1834 pela primeira basílica do local. Em 1955, com o número de peregrinções ainda crescendo, as obras começaram no prédio atual, em um local próximo.mTem espaço para mais de 30.000 pessoas e é o segundo em capacidade depois da Basílica de são Pedro, em Roma.