SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
OLHO d’ÁGUA DAS FLORES Clerisvaldo B. Chagas, 18 de setembro de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.964 Tendo Sant...
OLHO
d’ÁGUA DAS FLORES
Clerisvaldo
B. Chagas, 18 de setembro de 2023
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.964
Tendo
Santo Antônio como padroeiro, a cidade de Olho d’Água das Flores é,
geograficamente, um brejo de pé-de-serra. Estar situada nas faldas da serra do
Gavião e emancipada de Santana do Ipanema em 2 de dezembro de 1953. Seu relevo
é plano com ladeiras suaves e seu comércio e serviços lideram entre às cidades
da vizinhança. Faz parte da bacia leiteira. Vive da agropecuária, do comércio e
dos serviços, suas terras são consideradas férteis e o lugar bom de chuvas. Os
filhos de Olho d’Água são chamados de olho-d’aquenses. A cidade está situada a
mais ou menos 206 km da capital, Maceió. Com uma população de mais de 20.000
habitantes, é uma das mais habitadas do Sertão. Quanto a sua altitude, está
localizada a 287 metros acima do nível do mar.
A
cidade dispõe de bons restaurantes e churrascarias com uma culinária geral
típica sertaneja. Na parte esportiva brilha o Centro Esportivo Olho-d’aquense –
CEO, que vem disputando na série de elite do futebol alagoano. Seu clima
semiárido e suas terras férteis, sempre permitiram excelente produção de
grãos. É uma cidade bem ensolarada e que
se comunica constantemente com o centro maior (sua antiga sede) com uma rede de
transportes alternativos pela AL-120. Na periferia de Olho d’Água, existe um
entroncamento muito importante Norte-Sul, Leste-Oeste. Uma estrada vai para
Palestina, Pão de Açúcar; outra vai para São José de Tapera, Piranhas e mais; a
terceira para Batalha, Maceió; e a outra vai para Santana do Ipanema.
Em
1926, Lampião, após assaltar a zona rural de Santana, tirou direto para a,
então vila de Olho d’Água das Flores com 106 e cabras, corneteiro tocando à
frente. Passou muitas horas ali, assaltou o comércio, mas no fim, ninguém
morreu nessa invasão. Fatos narrados pelos escritores Oscar Silva e Valdemar de
Souza Lima. A prosperidade da vila com bom comércio e produção de milho,
feijão, mamona, castanha, algodão e industrialização deste produto, contribuiu
para a sua independência de Santana do Ipanema. Essa prosperidade nunca parou
de acontecer, fazendo da terra um centro importante para o agronegócio e
equilíbrio de comércio na sua região. A posição geográfica da cidade é
profundamente estratégica e atrai cidades vizinhas para os intercâmbios básicos
da economia.
OLHO
d’ÁGUA DAS FLORES (FOTO PARCIAL DIVULGAÇÃO).
PRIVILÉGIO EM SONHAR COM ELAS Clerisvaldo B. Chagas, 15 de setembro de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.963 ...
PRIVILÉGIO
EM SONHAR COM ELAS
Clerisvaldo
B. Chagas, 15 de setembro de 2023
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.963
As
formações geológicas, belas e exóticas representam um presente da Natureza para
apreciação, contemplação, pesquisas e devaneios. Elas estão distribuídas nos
quadrantes do mundo com exuberantes pujanças ou com dimensão mínima, mas sempre
um ponto de reflexão do observador atento. Iremos encontrar em Alagoas várias
dessas formações continuadas ou individuais no relevo geral. Deixando os
cânions do São Francisco ou o cânion da Telha, no Ipanema, vejamos três
formações isoladas que vale a pena escalar com normalidade. O “serrote do
Vento”, em Estrela de Alagoas; o “serrote do Cruzeiro”, em Santana do Ipanema;
e o serrote do Carié, em Canapi. Todos eles exigem um certo esforço de subida,
mas de fáceis acessos.
O
serrote do Vento, é visto da BR-316, de alguns pontos da cidade Estrela de
Alagoas. Deve ficar entre três a quatro quilômetros do centro da cidade. Corpo
longo e cabeça de águia, tem esse ponto rochoso e fraturado pelas intempéries.
Como é exuberante de longe, deve ser espetacular de perto. E com toda formação
desse tipo parece mágica, a população do município é atraída para aquele monte
durante a Semana Santa. Vem gente até de Pernambuco para essas ocasiões
místicas. Seu sítio de localidade tem estrada larga, boa e de barro vermelho
que passa pelas faldas do elevado. Quando de longe, é melhor visto no período
de plena estiagem. Durante a época chuvosa fica um pouco camuflado para quem o
aprecia da BR-316.
O
serrote do Cruzeiro fica na periferia de Santana do Ipanema, tem degraus de
subida nos trechos mais íngremes. É monte arredondado onde foi fincado um
cruzeiro de Madeira como marco de início do século XX. Em 1915, foi ali
construída uma igrejinha que ruiu duas vezes e hoje possui uma substituta mais
moderna, dedicada à Santa Terezinha. Sempre foi o Monte Sagrado de Santana e o
melhor mirante da cidade.
O
serrote do Carié fica no povoado do mesmo nome e que muito se desenvolveu. Tem
forma de lagarta e é avistado de longe nas planuras de caatinga rasa da região.
Sua forma rochosa tem a crista
fragmentada pela ação do tempo e um guarda um cenário belíssimo, notadamente
para os lados do Maciço de Mata Grande. É muito visitado por estudiosos e
aventureiros.
Amém,
Alagoas!
SERROTE
DO VENTO ( FOTO: MAPIO NET.)
PALMEIRA DOS ÍNDIOS E A PIPOCA BONI Clerisvaldo B. Chagas, 14 de setembro de 2023 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.962...
PALMEIRA
DOS ÍNDIOS E A PIPOCA BONI
Clerisvaldo
B. Chagas, 14 de setembro de 2023
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.962
No
velho costume de olhar a origem de produtos industrializados, fiquei surpreso e
feliz ao consultar um simples saquinho de pipoca. Aquele tipo de pipoca que nós chamamos por
aqui de “pipoca de isopor”. Rótulo hermeticamente fechado, desenhos de
palmeiras e crianças indígenas, já sai na frente na estampa. Gostosinhas,
semelhantes às de Gravatá, Pernambuco, mas sem aquele sal em excesso no
exterior do produto. Gostei bastante, embora questione o apenas 15 gramas para
mastigação. Mas o que matou a pau foi um produto simples ser industrializado na
zona rural, gerando emprego, renda e perspectivas de futuros com outros
derivados do milho. Portanto, a “Pipoca Boni”, vem da comunidade Bonifácio que
eu muito gostaria de conhecer. Um exemplo a ser seguido por cidades que, como a
nossa, não possui sequer uma fábrica de picolé.
Assim
a cidade vai gerando trabalho na zona rural que poderá pegar gosto e chegar a
surpreender desenvolvendo o agronegócio, fixando o homem no campo e estimulando
a juventude local ao estudo superior de áreas afins como a agronomia,
zootecnia, engenharia florestal e mesmo outras profissões na área da computação
para desenvolver todos os tipos de indústria, notadamente as ligadas a terra. É
certo que uma fábrica de pipoca é aparentemente simples, mas mexe muito com a
cadeia do milho e até que poderá atrair outras fábricas para o seu entorno. E
se os primeiros passos são firmes, imaginemos as grandes passadas do futuro.
Mesmo
com uma cidade muito forte e próxima como Arapiraca, que leva para lá grande
parte de indústrias que surgem em Alagoas, o Bonifácio não se intimidou com a
concorrência geográfica e lançou seu produto no mercado, só não sabemos a
quanto tempo. É motivo de orgulho sim, qualquer que seja a indústria implantada
em nossa região. Estamos felizes com as informações do rótulo da “Pipoca Boni”.
A “Cooperativa de Trabalho dos Produtores do Bonifácio LTDA”, estão de parabéns
pela iniciativa, pela qualidade do produto, pelo destaque de Palmeira dos
índios e pela exposição da zona Rural da “Terra da Pinha”. Cidade que não tem
iniciativa, fica chupando o dedo e roxa de inveja.
A
propósito, o povoado Bonifácio fica nos sopés de montanhas que levam até à
cidade de Quebrangulo. Região belíssima, por sinal.
Viva
o milho de Palmeira dos Índios!
EMBALAGEM
DA PIPOCA BONI (FOTO: B. CHAGAS).

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.