A SANTA DA SERRA Clerisvaldo B. Chagas, 18 de junho de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano. Crônica: 3.252   Em visita ao U...

 

A SANTA DA SERRA

Clerisvaldo B. Chagas, 18 de junho de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano.

Crônica: 3.252



 

Em visita ao Unidade de Saúde do Ba

irro São José, mais uma vez fiquei de boca aberta com a paisagem que se vê dali. É o cenário da parte alta das barreiras do outro lado do rio, onde se localiza o Hospital Regional. Acontece que quando chove, as barreiras do rio ficam muito verdes e parecem com uma floresta tropical. Dali a gente vê muito próxima, a estátua da santa que estão construindo na serra Aguda. A estrutura da estátua, ainda não concluída, parece muito perto de nós e que fica a cerca de quase 20 km de rodeio. Além disso se tem a impressão também que a serra está pegada com a barreira do rio Ipanema. Tudo é ilusão de óptica.  Tirei a foto abaixo para “matar a cobra e mostrar o pau”.

Por enquanto as obras estão paradas, dizem que aguardando verbas. A serra Aguda, geograficamente falando, é uma serra residual, isolada e que fica a cerca de quatro quilômetros por trás do Hospital Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo e já na zona rural. Tem a forma de sela e com apuro se vê o seu desgaste no meio, causado pelas enxurradas. Faz parte hoje do Quarteto Turístico: Santuário de Senhora Santana, Represa Isnaldo Bulhões, Igrejinha das Tocaias e Reserva Tocaia. Tudo vizinho.  Estamos aguardando a conclusão também do Anel Viário que ligará a AL-130 com a BR-316 e passará por ali. Além disso, estar se formando um bairro novo entre os seus pés e o hospital e que deverá tomar impulso com o asfalto.

Mas, voltando as barreiras – só existem barreiras no trecho do rio que vai do bairro Barragem ao final do Bairro Paulo Ferreira – As cores da vegetação são amostras do que acontece com as chuvas ou sem elas, conforme a estação, no município. Nesse momento estão tão verdes que vistas de longe parecem uma floresta tropical como já foi dito. Então, o restante do município deve estar do mesmo jeito, graças às últimas chuvas que serenaram por aqui. Antes que as barreiras fiquem ralas de novo, sem as chuvas, querendo, aproveite para filmar como se estivesse na selva amazônica. Enquanto isso, são muitas as máquinas fotográficas dirigidas rumo a pré-estátua da santa da serra Aguda.

ESTÁTUA DA SERRA À CERCA DE 6 Km. VEJA A COR DAS BARREIRAS (FOTO: B. CHAGAS).

 

  AS IGREJAS Clerisvaldo B, Chagas 17 de junho de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.251   Em nosso livro “O Boi ...



 

AS IGREJAS

Clerisvaldo B, Chagas 17 de junho de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.251

 



Em nosso livro “O Boi a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema”, temos páginas dedicadas a todas as igrejas da cidade, com o título de “IGREJAS E IGREJINHAS.   E são citadas as construídas ou reformadas pela paróquia ou erguidas por particulares, distribuídas no Centro e nos bairros de Santana. Quando as igrejas são relativamente grandes, são chamadas Igrejas, quando são menores, são denominadas pelo povo de igrejinhas. Em resumo, ou é igreja ou igrejinha, na avaliação instantânea do sertanejo. Estão entre elas, a Matriz de Senhora Santana, a Matriz de São Cristóvão, a da Sagrada Família, a de São Pedro, de São José, de São Sebastião, de N.S. Guadalupe, de Santo Antônio, de seu Carrito, de seu Euclides, de Zé Rosa, de São João, de Santa Terezinha a de padre Cícero, e assim por diante.

Achei, entretanto, que tem muita igreja para poucos padres, fazendo com que as igrejas com menos evidência fiquem ociosas e mesmo abandonadas, inclusive, encontrei uma que servia de depósito. Raramente ou nunca se chama uma igrejinha de ermida, capela, templo ou coisa parecida, por aqui. É como disse no início: É igreja ou igrejinha. Entretanto, ociosa ou não, ao entrarmos em qualquer uma delas sentimos uma atmosfera divina, muita ou pouca, mas sentimos. Queremos dizer ainda, que após a publicação do livro falado no início, ainda foi inaugurada uma igreja no Bairro Clima Bom, e que há muito havia sido iniciada e estava esquecida só com as paredes. De qualquer maneira a fonte de pesquisa ficou aberta para outros.

Nos tempos de movimentações do Centro Bíblico, era expansão da religião católica e verdadeiras festas de tanta gente. Com a morte dos seus líderes, o senhor José Vieira e o senhor José Nogueira, o movimento foi minguando, perdeu o rumo e nunca mais se ouviu falar. Até mesmo o Retiro de Carnaval desapareceu. Então, vem a pergunta: Para que tanta igreja sem assistência nenhuma? Caso fôssemos registrar as igrejas e igrejinhas do município, seria outro tanto de páginas que precisaríamos. Visitei duas delas, uma mais arrumada de que a outra, em propriedades particulares. O campo é vasto, quem entrar por aí poderá registrar mil coisas incríveis.

IGREJA DA SAGRADA FAMÍLIA, BAIRRO DO MONUMENTO, SOBRE PARTE DO PRIMEIRO CEMITÉRIO DE SANTANA. (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230).