SOBRE MIM

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.
VLT Clerisvaldo B. Chagas 31 de agosto de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.280 Muito bem pensado, o VLT em ...
VLT
Clerisvaldo B.
Chagas 31 de agosto de 2025
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica:
3.280
Muito
bem pensado, o VLT em Arapiraca, cidade que mais cresce. Tem que haver várias
opções de mobilidade urbana para uma grande população. Em Santana do Ipanema, o
deslocamento coletivo é a pé ou em moto que na cidade tem mais do que gente. Os
tradicionais taxistas, sumiram, ônibus não existe e Van, do mesmo jeito. Para
quem trabalha no Comércio, tem que voltar para casa para almoçar e voltar de
novo, é sofrer com a distância, bairros distantes e ladeirosos para caminhar
feito maratonista ou gastar os sofridos reais em garupas de motos. Não existe
incentivo de ninguém pela implantação de um sistema coletivo de transporte de
qualidade. Moto, moto, somente moto a 8.00 cada viagem. O bolso dos menos
favorecidos já não aguenta e ninguém tem esperança de surgir por essas bandas
pelo menos o mínimo do coletivo urbano que não seja moto.
Não,
ninguém estar pedindo VLT, Santana não comporta. Santana sem sorte desde o
projeto do trem que chegaria a Palmeira dos Índios em 1934 e que deveria
continuar até Santana do Ipanema, foi desviado pelos espertos e o trem, ao
invés de seguir rumo ao Sertão, deu um cavalo-de-pau e rumou para Arapiraca e
Porto Real de Colégio. Sem mais ônibus para a capital, bem que um VLT ficaria
muito bem Santana – Maceió. Mas quem vai defender essa causa? Duvido muito que
apareça alguém. Está mesmo faltando lideranças políticas para o Sertão.
Prefeitos, deputados estaduais, vereadores e arrojadas lideranças comunitária,
que vão ficando cada vez mais raras e cuidando apenas do próprio umbigo. Que
faremos nós, pobres mortais?
Já
vimos que para a mobilidade urbana é sem futuro. Mas como no Brasil novamente
estar surgindo a moda dos trens, pode até ser que num futuro muito distante, um
sujeito qualquer pegue essa ideia para implantar uma via-férrea Sertão –
capital, em Alagoas. E nem precisaria ser o trem bala! Por enquanto, o único
trem do Sertão, após o único que existia, Jatobá – Piranhas, é a lembrança do
escritor Oscar Silva, quando falava de um doido que havia em Santana do
Ipanema, chamado “Caipira”. Um doido que tinha um pulmão forte e que ganhava
alguns trocados para imitar o apito da maria-fumaça: “Caipira, eu lhe tantos
mil reis para você imitar o trem”. E Caipira, segundo o escritor, batia asas
como um galo, enchia o peito de ar e apitava igualzinho ao trem. É o que de
tudo restou.
O
amigo sabe imitar o trem?
VLT
CORREIOS Clerisvaldo B. Chagas, 29 de julho de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.279 Os Correios nunca foram...
CORREIOS
Clerisvaldo B. Chagas, 29 de julho de 2025
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.279
Os Correios nunca foram
tão relevantes quanto agora, mas nunca deixaram a sua importância estratégica
esmorecer. Em Santana do Ipanema, Sertão alagoano, está em atividade desde o
século XIX. O tempo do “correio a cavalo”, com alicerce bem-feito para os
avanços de hoje. Vem dos tempos de Santana/vila. Adquiriu um terreno para
construção de sede própria na gestão municipal do senhor Firmino Falcão Filho e
foi inaugurado em 1947, com arquitetura padrão como atualmente permanece. Quem
conheceu os Correios antigos? Quase sempre composto de funcionários de meia
idade dos temos da carta escrita à mão e do telegrama da mesma maneira.
Correios que possuíam rádio amador e se comunicava com outras cidades através
do Código Morse, também.
O salão de atendimento
sempre foi o suficiente. Postar uma
carta tinha preço fixo, enviar telegrama se pagava pelo tanto de palavras a
Havia no balcão para colar o envelope da carta, um recipiente de vidro grosso
com cola arábica derretida e um pincel.
O salão de atendimento estava quase sempre com o mínimo de pessoas ou
vazios, muito diferente de hoje com filas e muita morosidade. A pessoa
encarregada de comandar a repartição, caso fosse de fora, hospedava-se no
primeiro andar do edifício, com a família, lugar que nunca tive oportunidade de
conhecer. Os Correios, em Santana do
Ipanema, sempre foi uma repartição pública federal respeitada. Não me lembro de
nenhum tipo de referência desabonadora. Quando das nossas andanças por outras cidades,
ficávamos impressionados com a arquitetura/padrão dos Correios, inclusive na
capital, Rua do Sol.
Lembro
ainda de um pluviômetro que havia no quintal da repartição e que todos os dias
recolhia os dados e enviava para algum lugar, se não me engano, para o IBGE,
sobre a quantidade diária de chuvas. Estacionamento não havia, assim como
outras repartições, continuou e continua sendo na rua. Quando mataram Lampião,
Maria Bonita e mais nove cangaceiros, em Sergipe, a primeira notícia chegada a
Santana do Ipanema, para a sede do Batalhão de Polícia, foi através de Código
Morse e telegrama. Continuam os Correios do Brasil prestando inestimáveis
serviços de qualidade ao povo brasileiro. Motivo de orgulho nacional.
CORREIOS
(ARQUIVO DO AUTOR/ LIVRO 230).
O POVO DE DEUS Clerisvaldo B. Chagas, 28 de julho de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano...
O
POVO DE DEUS
Clerisvaldo
B. Chagas, 28 de julho de 2025
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.278
No
Bairro São Pedro, tem a Rua São Paulo; na margem direita do rio Ipanema, tem a
rua e Bairro Santa Quitéria e Santo Antônio; na Região Oeste tem o Bairro São
José; no Bairro Camoxinga tem a Rua Santa Sofia, numa demonstração de muita
religiosidade da população santanense. Já no livro O BOI, A BOTA, E A BATINA,
HISTÓRIA COMPLETA DE SANTANA DO IPANEMA, estar registrada uma pesquisa feita em
todos os bairros da cidade, na minha época como professor de Geografia e feita
por alunos que responde entre dez opções o que o santanense mais gosta. Estar
incluído Carnaval, Natal e mais. O vencedor foi MISSA, a coisa que o santanense
mais gostava. Hoje ainda parece ser a mesma coisa. Uma opinião em pleno festejo da PADROEIRA, SENHORA SANTA
ANA.
Baseado
no que foi apresentado, novamente vem a indagação insistente e sem resposta:
“Quem colocou a estátua do Cristo no serrote do Gonçalinho? Ninguém sabe. Desde
criança que ouço o nome original de serrote do Gonçalinho, ser chamado de
serrote do Cristo. Tentando desvendar
quem ali o colocou, já fizeram comparações entre o Cristo do serrote e o Cristo
que existe em um túmulo no cemitério local Santa Sofia. Túmulo da família
Rocha. Daí se dizer que poderia ter sido o Cristo colocado no serrote, pelo
ex-intendente de 1930, Frederico Rocha. Mas vem outra pergunta: “Como, se
Frederico não era católico? É certo que ambas as estátuas são parecidas com a
diferença que a do Cemitério é tão branca e brilhante que parece de metal. Já foi crítica do escritor Oscar Silva em
visita ao cemitério, quando falou que um braço parecia ser mais curto do que o
outro.
Quando
no serrote, foram colocadas atenas de telefonia, surgiu o terceiro nome do
monte: “Serrote ou serra da Micro-ondas”. Nunca procuramos saber qual é o
material componente de ambas as estátuas. Na gestão Nenoí Pinto, a estátua do
Cristo foi iluminada e passou a ser um belo ponto noturno visto de longe,
malgrado o rude acabamento da figura. O que é certo mesmo, é que do topo do
serrote se avista uma bela paisagem, principalmente da região leste de Santana.
Atualmente existe um bairro que se formou rapidamente no pé-da-serra, com
extrema pobreza, chamado Santo Antônio. Agora nos parece que evoluiu muito e se
acha bem moderno. Mas o bairro está às costas do Cristo.
PROCISSÃO
DOS CARREIROS NA ABERTURA DA FESTA DE SENHORA SANTANA. (FOTO: ÂNGELO
RODRIGUES/ARQUIVO DO AUTOR).

Sou Clerisvaldo B. Chagas, romancista, cronista, historiador e poeta. Natural de Santana do Ipanema (AL), dediquei minha vida ao ensino, à escrita e à preservação da cultura sertaneja.